Cultura

S.T.P. presente no tapete vermelho de Cannes em França

Durante três dias, de 23 a 25 de Novembro último, o chocolate de São Tomé e Príncipe marcou presença no 1º Salão do Chocolate de Cannes no sul de França.

O Palácio dos Congressos ou do Festival de Cannes, palco anual do festival internacional do cinema onde desfilam as celebridades da sétima arte, conheceu no último fim-de-semana de Novembro e pela primeira vez, uma Exposição de Chocolate, entrando esta cidade francesa do Mediterrâneo na rota do apetecível produto.

As ilhas do cacau estiveram presentes neste desfile internacional pelas mãos do Cônsul Honorário de São Tomé e Príncipe em Marselhas, o senhor Jean-Pierre Bensaid, que tinha no pavilhão montado onde exibia-se bandeiras das ilhas do Equador, uma equipa extraordinária de colaboradores que apresentou ao público todo o processo da fabricação do chocolate e dos seus sabores até a sua comercialização.

No domingo, último dia do Festival, os vários pavilhões expostos, a par dos dias anteriores, encheram-se do público francês e estrangeiro que não só quiseram provar o chocolate como gozaram da oportunidade para assistir a tarde cultural preparada ao propósito do evento.

O Cônsul Honorário de São Tomé e Príncipe foi o primeiro a subir ao palco dedicado as ilhas, para vender de forma soberba e convincente aos presentes a marca “São Tomé e Príncipe, ilhas do chocolate”. Jean-Pierre Bensaid viajou aos primórdios da História das ilhas com a chegada dos primeiros portugueses em 1470/71, atravessando os períodos do povoamento, do comércio triangular e da escravatura, da cana-de-açúcar até a introdução do cacau em 1822 e mais tarde da independência nacional a 12 de Julho de 1975, demonstrando um à-vontade nos conhecimentos históricos de São Tomé e Príncipe. Atreveu-se ainda a falar a plateia de centenas de curiosos das condições climatéricas das ilhas tropicais de 1001 km2 que proporcionaram a produção de um cacau de qualidade para só depois em sacos chegar a Europa e ser transformado no delicioso e apetecível chocolate.

Seguiu-se a encenação das etapas do cacau desde a colheita, a fermentação, a secagem e o ensacamento, papel exibido no palco pela psicóloga santomense, Alcinda Dias, radicada há mais de 30 anos em França, pelos jovens músicos do grupo Calema, irmãos António e Fradique Ferreira e, por Helmer dos Santos que utilizando a bandola, o chapéu de palha, o gancho, o botim, o machim, o cesto, a vassoura e o tabuleiro, esforçaram-se em passar aos espectadores a vida laboral nas roças do cacau com a explicação detalhada de Jean-Pierre Bensaid.

Os dois jovens músicos do sul de São Tomé, que vêm dando cartas em França com o seu contributo na divulgação do nome das ilhas santas no estrangeiro e que já contam com um CD no mercado, subiram, pela segunda vez, ao palco com o fundo preenchido por um espectacular quadro colorido de mulheres na colheita do cacau e pintado por Mezo, para brindarem e arrancarem aplausos dos presentes com a oferta dos ritmos das ilhas do centro do mundo, o que lhes sujeitou no final a assinatura de autógrafos e de postarem para fotos com os admiradores.

A tarde animada de domingo terminou com a passagem de modelos, todas vestidas com tonalidades do chocolate, obrigando a enchente no Salão do Chocolate de Cannes que suportou longas filas para a entrada, a exigir do Cônsul Jean-Pierre Bensaid e da organização uma próxima edição do festival onde das terras férteis de São Tomé e Príncipe espera-se continuarem a produzir o cacau de qualidade ímpar, numa aposta dos são-tomenses para saírem do fosso do subdesenvolvimento.

Cannes, 1º de Dezembro de 2012.

Téla Non – França

6 Comments

6 Comments

  1. VER PRA CREER - SAO TOME

    6 de Dezembro de 2012 at 14:41

    COMO QUÊ AINDA EXISTEM OUTRAS AREAS, PARA ALEM DA POLITICA OU POLITIQUICE PARA FAZER FALAR DE s.T.P.
    JULGO SER UMA INICIATIVA SINGULAR E INTERESSANTE DIVULGAR O QUE SE FAZ DE BOM, O NOSSO CACAU E OS SEUS DERIVADOS DE ALTA QUALIDADE, A NOSSA MUSICA JOVEM PODEM SER UTILIZADOS PARA PROMOÇÃO DO PAIS.
    CIDADAOS E ESTRANGEIROS FAÇAMOS O MAXIMO PARA QUE AS BOAS NOTICIAS COMO ESTAS SEJAM A REGRA E A POLITIQUICE, FOFOCA E DIFAMAÇÃO SEJA RESIDUAL. OCUPEMOS A NOSSA MENTO COM O QUE NOS FAZ FELIZ E POSSA PERMITIR O NOSSO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E COLECTIVO.
    AGRADECIMENTOS AO CONSUL, AOS CANTORES E TODOS AQUELES QUE BUSCAM E DIVULGAM O QUE HA DE BOM EM STP.

    PARABENS AOS PROMOTORES

  2. Optimista

    6 de Dezembro de 2012 at 15:43

    Temos de aproveitar ao máximo estes eventos internacionais de modo a promover o país e atrair investidores.
    Sou de opinião que o cacau pode ser um meio de desenvolvimento sustentado para toda população rural e bastante carenciada.
    Mas é preciso uma visão e uma estratégia, e não ficar a espera que as coisas aconteçam por si só.
    Eu acredito em STP.

  3. Lede di alame ça ua

    6 de Dezembro de 2012 at 17:33

    Cuidado e punda cua sa cedo anta uo

  4. Kebla

    7 de Dezembro de 2012 at 9:12

    Deixem de tretas… Chocolate nem sequer é produzio na íntegra em STP. Meus senhores isto é demais. Aproveita-se do nome das ilhas maravilhosas enchem os seus bolsos em nome da mesma e os pretinhos a gritarem vivas aos tipos.

    Produção interna com empresarios nacionais, dinheiro a reverter-se a economia santomense, tudo bem. Aproveitar do nosso, francamente. Todo o lucro desta comercialização fica no estrangeiro. O quê que estes tipos pagam ao Estado santomense? Aposto que absolutamente nada.

    Vamos sim abrir os olhos senhores empresarios santomenses.

  5. fernando rocha

    15 de Dezembro de 2012 at 15:08

    o jornal tela nom sempre nos mantem informado .estao de parabens.

  6. dosReis

    6 de Janeiro de 2013 at 14:05

    É de louvar a iniciativa de divulgação do que é nacional mas de preferência num formato onde possa traduzir-se em ganhos efectivos a São Tomé e Príncipe no que tange ao emprego, formação em cultivo/ trato de cacau e até mesmo confecção dos produtos acabados o que numa primeira analise não me parece conseguir-se com empresários nacionais, devido as tecnologias, as qualidades e conhecimento do mercado hoje exigidos, mas sim suportados em investimentos de empresários estrangeiros da área com criação de empresas no pais e a utilização em percentagem maioritária da mão de obra local.

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