Cultura

O aniversário de 5 anos do Centro Cultural Brasil – São Tomé e Príncipe

No dia 21 de março realizaram-se, no auditório do CCB-STP, as comemorações do quinto aniversário desse Centro. A grande originalidade da festa brasileira, consistiu, contudo, na participação de artistas são-tomenses, que cantaram músicas em cada uma das línguas crioulas faladas em São Tomé e Príncipe (santome, ngola e lungu’Ie), no português cantado que só se fala – e canta – aqui, além de canções, escolhidas pelos próprios artistas, da nossa música brasileira.

Nezó – cantor e compositor, além de artista plástico – e seu grupo levaram a música povo Angolar para nossos ouvidos, de maneira simples e delicada, tal que pudemos sentir a sua melodia e seu orgulho de se expressar em sua língua. E ainda tocou o “Morango do Nordeste”!

Gilberto Gil Umbelina – cantor e compositor – com seu violão, levou-nos ao Pico do Papagaio, ao Rio do Papagaio e ao papagaio cinza da ilha do Príncipe, e também nos agraciou com uma canção em lung’Ie e o nosso “Xodó”, e mais, em parceria com a menina Leidy, pisou na fulô (“Pisa na fulô”, de João do Valle).

Finalmente, Guilherme Carvalho – também artista plástico – e seus músicos cantaram uma canção em santome, nos homenagearam com a “Garota de Ipanema” (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e o “Trem das Onze” (Adoniran Barbosa), e cantaram uma canção de sua própria autoria, “Guitarra companheira minha”.

Os músicos fizeram da festa um maravilhoso ato de manifestação e convívio harmonioso da diferença, o que reflete também uma atitude democrática, solidária e acolhedora entre o povo de São Tomé e Príncipe e os povos estrangeiros que aqui estão, de passagem ou não.

Um país tão pequenino em dimensões geográficas mostrou-nos a força de sua identidade, marcada basicamente pelas línguas lá representadas e pelo seu português, e nos ensinou – creio que a todos que ali estavam – um pouco mais o que é conviver com o Outro (no sentido mais amplo e diverso que a palavra pode ter).

Em tempos de pleno usufruto da liberdade de expressão, tempos de rememorar, resgatar culturas e não deixar que o passado seja rasurado ou o presente condenado à intolerância de resquícios dolorosos; em tempos de necessidade de valorizar e respeitar a diferença, a música nos uniu a todos em um tom, para comemorar a casa de São Tomé e Príncipe, com nome de Brasil.

Naduska Palmeira / Embaixada do Brasil em STP

8 Comments

8 Comments

  1. santola

    26 de Março de 2013 at 13:48

    terra que carregou mais vadio é STP.veêm de todos os cantos!não queremos a cultura de capoeira pra ja isso não traz desenvolvimento economico e sustentavel pra STP ate quando que os governantes abram os olhos e peçam apoio que traz o desenvolvimento rapido ao pa´s como apoio a Educação;Saúde;combate a corupção a branquiamento de capital ao comate ao inrequecimento a custa do povo?será que não estão entereçados em desenvolver o país? seá não não viajam e copeiam o modelo para desenvolvimento do Países irmão e visinho? digam qual é o desenvolvimento que a Cultura de capoira vem trazer para STP?

  2. santola

    26 de Março de 2013 at 13:55

    digam não ha outra modalidade que o Brasil pode apoia STP? acho que sim temos o desporto o factor chave hoje em dia para desenvolvimento do País.- onde vamos com a capoeira? só Brasil?não ha varios club de futebol que deveriam ser apoiado? não deveria ser umas escolas de futebol? para verder o nosso País nos quatro cantos do mundo.-

  3. santola

    26 de Março de 2013 at 14:00

    carros companheiro sabem como surjiu a capoira? esta pratica de Dança e ataque ao Branco, era uma forma como os escravos negros no Brasil matavam o Brancos, precisamos disso em STP?

  4. santola

    26 de Março de 2013 at 14:04

    esta pratica é uma forma de fugir o desemprego no Brasil! como STP é terra de vadio aceitamos.- NÃO QUEREMOS CAPOEIRA QUEREMOS APOIO AO FUTEBOL!

    • Zunu

      26 de Março de 2013 at 17:57

      Raízes africanas

      A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas.

      No Brasil

      Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

      Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

      A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

      Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

      Três estilos da capoeira

      A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

      http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm

  5. santola

    2 de Abril de 2013 at 16:40

    SR.ZANU, NÃO PRECISO DESSA EXPLICAÇÃO se calhar vc é um dos praticantes da capoeira pos não? diço sei a evolução mas não precisamos pra já ta isso não traz o desenvolvimento sulsentavel para o País ta abra os olhos…… estó a referir no campo do desporto amis concretamente o futebol vc não vê que passamos vergonnha com o futebol alem fronteira?

    • Zunu

      6 de Abril de 2013 at 11:21

      to de olhos abertos, pá. o que q o futebol vai ajudar? so mandei essa explicação pra tu parares de falar asneiras. passamos vergonha com futebol e com asneiras. e com politica e com o povo mau infomado. nao pratico capoeira e se praticasse seria bom, melhor q a vergonha do futbol.

  6. augusto

    23 de Maio de 2013 at 19:40

    algum dos alunos tomeenses no brasil, poderia me enviar um e-mail por fineza?
    preciso de informaçoes sobre STP que permitam viajar para lá.
    grato
    agostinho pita

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