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Violência contra estrangeiros já desalojou 5 mil pessoas na África do Sul

PARCERIA – Tela Nón / Rádio ONU

Acnur diz haver um aumento de pessoas em busca de abrigo; OIM defende diálogo entre migrantes, anfitriões e autoridades; país acolhe 65 mil refugiados e 295 mil candidatos a asilo.

Desalojados no acampamento de KwaZulu-Natal, África do Sul. Foto: Acnur/T. Machobane

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Mais de 5 mil estrangeiros foram desalojados devido aos ataques xenófobos das últimas três semanas na África do Sul.

A informação é do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, que confirmou a morte de seis pessoas como resultado da violência na província oriental de KwaZulu-Natal.  O país tem 65 mil refugiados e 295 mil candidatos a asilo.

Governo

Nesta quinta-feira, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse a parlamentares que os estrangeiros devem ser apoiados de acordo com as leis e protocolos internacionais.

Falando à Rádio ONU, de Pretória, o chefe da missão da Organização Internacional para Migrações na África do Sul, Richard Ots, disse que a agência acolhe as intervenções iniciais do governo para tratar da situação na cidade de Durban. Para deter a crise, a entidade trabalha em parceria com o Acnur.

Diálogo

Ots disse que a OIM está ligada a iniciativas para ajudar vítimas em acampamentos, particularmente os situados em áreas onde os estrangeiros têm grande representação. Outro foco é garantir um ambiente de diálogo entre comunidades de migrantes, cidadãos locais e as autoridades.

Apesar de reconhecer o envio de mais membros da polícia para conter a violência, a agência pediu medidas estruturais a longo prazo para evitar futuras crises. Para a OIM, abordagens reativas não vão acabar com a violência.

Melhores Condições

O Acnur alertou para o aumento das pessoas em busca de abrigo e revelou que estas têm se deslocado a mesquitas, igrejas e outros edifícios.

As condições nos acampamentos são consideradas “as mais básicas”. Daí, o apelo da agência para que as autoridades façam mais para garantir instalações sanitárias e de saúde adequadas.

O Acnur disse ainda que tem sido contactado por refugiados com medo de se tornarem alvos da violência. Os ataques começaram no fim de março, depois de um conflito laboral que teria envolvido um sul-africano e estrangeiros.

*Apresentação: Denise Costa.

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4 Comments

4 Comments

  1. Veiga Abel

    21 de Abril de 2015 at 14:38

    Hoje compreende-se porquê existiu apartheid na Africa do Sul. Os zulus não valem nada. São como angolares. Os brancos tinham razão de viver separados daqueles pretos. STP tem d tirar lição disto. Sul- Africanos pretos não valem nada.

  2. INICIATIVA SULISTA

    22 de Abril de 2015 at 13:37

    Como dizem os próprios Angolares:
    O destino lhe atira uma faca. Cabe a você decidir se a pegará pelo cabo e a usará a seu favor, ou se a pegará pela lâmina e se cortará.
    Pois meu caro compatriota! Não posso deixar de lhe responder:
    A tamanha insensatez qualificadora da sua mente e, infelizmente as demais que se revelam entre gentes como você, não merece que os Angolares se cortem.
    Espero que eles aguardem em primeiro lugar que o senhor se qualifique e envide esforços para elevar o seu nível cultural e consequentemente compreender a sua/nossa história e, porque não, a sua capacidade de discernimento e de respeito por todas as comunidades constituintes do nosso país antes mesmo agitar o que quer que seja. E em seguida procurarem compreender se justifica ou não que se cortem.
    Acredito que com mentes análogas, não vislumbraremos tão já a luz de que tanto almejamos. Alias, convido-lhe para ver o que lhe estão fazendo, enquanto gente de baixo; e lute para sair da sua escravidão antes de mais nada, por parecer-me ser este inexoravelmente o seu eminente desafio.
    Toda via devem agradecer a sua opinião, porque ela revela isso mesmo: aparece para justificar a marginalização dos que ainda fazem questão de ser Angolares, são-tomenses/africanos, que em termos comparativos, concorrem para melhor servir os interesses do seu/nosso país do que aqueles que sistematicamente envidem esforços para serem portugueses, europeus e/ou americanos, sem nunca conseguirem sê-los, e por efeito…
    E como não podia deixar de ser, é importante que o Senhor perceba que a desgraça de STP revela-se provir das mentes comparáveis.
    Evitando entrar em delongas, despeço-me salientando de forma afirmativa: abaixo os Zulus, porque é isto que você revela ser.
    Iniciativa Sulista

  3. N'GOLANGUENE

    22 de Abril de 2015 at 14:16

    A culpa não é deste individuo.
    Ele deverá ser perdoado, a culpa é dos próprios Angolares, a alternativa existe, basta quererem. A união faz a força e é contrário da grandiosidade caracterizadora da fragilidade das elites políticas do Distrito de Caué – como é possível? Só Deputados e Deputadas…. Credo!
    Pelo triste que pareça o Presidente da Câmara demonstra ser mais amante de tacho do que de evidenciar esforços para ser alternativa. Não se percebe do seu empenho, passa a vida no nosso 4X4 sem verdadeiramente fazer algo de concreto para por cobro coisas de género – ele se não tem competência deve sair fora e passar a desempenhar a sua função enquanto médico, ou senão deve apenas ser mais dinâmico e dar mais cara pelo Distrito. Consentir tal coisa como se tem consentido há décadas é continuar a ajudar esse tipo de visão sobre os Angolares.
    E finalmente quero que cada um de nós reflita com a cabeça própria lendo e relendo:
    JAMAIS SE DESESPERE EM MEIO AS SOMBRIAS AFLIÇÕES DE SUA VIDA, POIS DAS NUVENS MAIS NEGRAS CAI ÁGUA LÍMPIDA E FECUNDA.
    Os Angolares

  4. santola

    23 de Abril de 2015 at 19:53

    Meu caro VEIGA ABEL seja tu branco ou preto ou de que raça escondes por detrás apos ter lido o teu comentario , a diser que lamento que ainda haja gentes de mentalidade como tu , a sua comparação de nada tem haver com o tamanho de estupides sobre o povo Angolar.Angolares são gentes passivas que democraticamente reivindicam os seus direitos como saotomense .Repito democraticamente. Do lado positivo do teu comentário vejo que querias esprimir o tamanho de isolamento dos angolares . Termino por aqui te encorajando a uma reflexao pessoal!!!!!!!!!!!!!.

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