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África Austral continua com mais da metade das infeções por HIV do mundo

PARCERIA / Téla Nón – Rádio ONU

Onusida sublinha necessidade de investir em recursos suficientes para programas de prevenção; em meninas e jovens do sexo feminino novas infeções ocorrem entre cinco a sete anos mais cedo em relação aos do sexo oposto.

A África Austral e Oriental reduziram o número de novas infeções em 21%. Foto: Unaids

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A África Austral regista mais da metade das novas infeções pelo HIV do mundo, mesmo com a diminuição registada nos últimos anos.

Entre 2010 e 2014, a região e a África Oriental reduziram o número de novas infeções em 21%.

Icasa 2015

O Programa da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida,  destaca o papel crítico da comunidade internacional em investir em recursos suficientes para programas de prevenção.

A expectativa da agência é que a Conferência Internacional sobre o Sida e as Infeções de Transmissão Sexual em África possa debater o tema. O evento, com a sigla Icasa 2015, decorre em setembro na cidade sul-africana de Durban.

O outro avanço destacado na região é a contribuição para se chegar aos 15 milhões de pessoas com medicamentos antirretrovirais no mundo até o final de 2015. A meta foi atingida em março, nove meses antes do fim do prazo.

Rapazes e Meninas

Mas os desafios regionais incluem as 3,7 mil novas infeções, por semana, entre as adolescentes e as mulheres jovens. Nestes grupos, as novas infeções por HIV ocorrem entre “cinco a sete anos mais cedo em comparação com homens e meninos da mesma idade”, incluindo na África Oriental.

A agência disse que isso significa que os parceiros sexuais das mulheres jovens e raparigas, que são muitas vezes muito mais velhos, são uma população prioritária para programas de prevenção e tratamento.

Marginalizados

O outro desafio é chegar aos grupos em alto risco de infeção como os homens que têm sexo com homens, os usuários de drogas e os trabalhadores de sexo. O Onusida defende que estes são marginalizados muitas vezes devido às barreiras legais de acesso aos serviços devido ao estigma e à discriminação.

Além disso, a falta de informações estratégicas ou de recursos leva a que muitos programas de prevenção do HIV de alto impacto não sejam implementados no padrão ou na escala necessários.

Especialistas

Recentemente, a cidade sul-africana de Joanesburgo acolheu especialistas do Onusida, do Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, e do Banco Mundial.

Os participantes abordaram o caminho a ser seguido, que inclui adaptar metas mundiais para acelerar as metas regionais e o reposicionamento de planos para prevenir o HIV com base nas evidências.

Metas

O Onusida pretende que até 2020, 90% das pessoas das pessoas infetadas com vírus conheçam o seu estado, 90% dos seropositivos recebam tratamento e 90 das pessoas tratadas tenham as cargas virais suprimidas.

Os objetivos incluem reduzir o número de novas infeções para menos de 500 mil e atingir a discriminação zero.

 

 

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