PARCERIA – Téla Nón Rádio ONU
Órgão destaca queda acentuada dos preços do petróleo; autoridades bancárias informaram que a inflação acumulada em 12 meses atingiu 10,41% em julho; crescimento da produção deve atingir em média 3,5% até o próximo ano.
Bandeira de Angola.
Eleutério Guevane, Rádio ONU em Nova Iorque.
A inflação em Angola deverá atingir o pico até ao fim deste ano, antes de diminuir gradualmente ao longo do tempo.
A previsão foi avançada pelo Fundo Monetário Internacional, FMI, que esta terça-feira concluiu uma avaliação no país.
Condições Monetárias
As autoridades monetárias angolanas informaram que em julho a inflação acumulada em 12 meses registou 10,41%. O FMI disse que o aumento dos preços está a avançar como reflexo da depreciação da moeda local, o kwanza.
O órgão destaca também que as condições monetárias foram pouco restritivas no primeiro semestre do ano, numa economia que tem sido gravemente afetada pela queda acentuada dos preços do petróleo no ano passado.
O peso do produto nas exportações é de 95%. Cerca de 75% das receitas fiscais provém do petróleo.
O nível confortável de reservas internacionais está a permitir que a economia angolana enfrente melhor as consequências da queda dos preços do recurso do que em 2008 e 2009, destaca o FMI.
Estabilidade
Entretanto, os peritos alertam que os últimos desenvolvimentos destacam que é importante promover a diversificação da economia, preservando a estabilidade macroeconómica e avançando para uma ambiciosa agenda de reformas estruturais.
As previsões apontam que em 2015 e 2016, a taxa de crescimento da produção deve atingir em média 3,5% anuais.
A atividade económica deve desacelerar num momento em que a indústria, a construção e o setor de serviços ajustam-se aos cortes no investimento público e do consumo privado devido ao facto de haver poucas divisas ao país.
Reservas
As recomendações do órgão ao país incluem que as políticas monetária e cambial estejam focadas em conter a inflação, preservando um nível adequado de reservas internacionais.
O FMI considera essencial preservar a saúde do setor bancário, para permitir que a economia se recupere da atual desaceleração.
Mais importante que nunca, segundo o FMI, será acelerar a agenda de reforma estrutural para aumentar o potencial de crescimento e reduzir a pobreza.
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