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Militares da Guiné-Bissau decididos a ficar à parte da cena política, diz enviado

PARCERIA – TÉLA NÓN / RÁDIO ONU

Representante do secretário-geral afirmou que a comunidade internacional continua disponível a dar apoio à nação africana; embaixador guineense disse que é “é preciso acabar com a instabilidade” após reunião no Conselho de Segurança.

 

Conselho de Segurança: Foto: ONU/Loey Felipe.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau afirmou, nesta sexta-feira, que a comunidade internacional continua disponível a apoiar o país em seu caminho em direção ao desenvolvimento e progresso.

No Conselho de Segurança, Miguel Trovoada declarou ainda que os militares afirmaram “estar decididos a ficar à parte da cena política e observar uma atitude republicana de submissão ao poder civil e de obediência à Constituição e às instituições democráticas do Estado”.

Manifestações

O também chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis,  afirmou que as manifestações populares realizadas até o momento decorreram de forma pacífica e sem violência.

Na sessão que abordou os progressos alcançados para a estabilização e restauração da ordem constitucional, o representante do país junto às Nações Unidas disse que é preciso acabar com a atual instabilidade na Guiné-Bissau. Após o encontro, o embaixador  João Soares da Gama falou à Rádio ONU.

“As nossas responsabilidades são grandes, são tão grandes, que de fato as gerações futuras nos darão culpa de que nós não conseguimos na nossa era, no nosso período de vivência, não conseguimos resolver os nossos problemas quanto mais resolver os problemas das gerações futuras. Portanto, temos que ter a consciência de que temos que acabar com esta instabilidade. Temos que por a mão na consciência, temos que primar pela verdade, temos que primar pelo diálogo, temos que dialogar.”

Preocupação

O embaixador do Brasil junto à organização também falou à Rádio ONU após o encontro. Antonio Patriota é também presidente da Configuração Guiné-Bissau da Comissão das Nações Unidas para Consolidação da Paz.

“Tanto a reunião da Configuração para Guiné-Bissau da Comissão da Constituição da Paz como a reunião de hoje no Conselho de Segurança demonstram um grau relativamente elevado de preocupação da Comunidade Internacional para que os ganhos realizados ao longo dos últimos anos, em particular do último ano, não sejam comprometidos por esta nova situação política que nos preocupa a todos. Eu falei também na minha intervenção da necessidade de se examinar a questão da delimitação das competências entre a função do presidente, a função do primeiro-ministro, eventualmente a Comunidade de Países de Língua Portuguesa poderá prestar alguma assessoria.”

O Conselho já fez um apelo ao diálogo para o fim da tensão que culminou com a demissão, este mês, do governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira. A medida foi anunciada pelo presidente guineense José Mário Vaz.

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