PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Nesta terça-feira, os países do órgão elegerão cinco novos membros rotativos incluindo para o assento que é atualmente ocupado por Angola.
Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Loey Felipe
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Assembleia Geral da ONU vai escolher esta terça-feira os novos cinco membros não permanentes do Conselho de Segurança.
Pela primeira vez, a votação ocorre a seis meses do início do mandato, em 1º de janeiro de 2017. Com exceção das eleições de 1946, que ocorreram em janeiro, o mais cedo registrado até agora tinha sido o mês de setembro.
Angola
O Conselho de Segurança é composto por 15 membros, cinco permanentes, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. E 10 não permanentes, que cumprem mandato de dois anos cada e de forma intercalada.
Na disputa pelo grupo africano está somente a Etiópia, que deve substituir Angola, o único país lusófono do grupo, que termina seu mandato de dois anos no final de dezembro.
O grupo da Ásia-Pacífico tem também apenas uma vaga, ocupada atualmente pela Malásia, mas dois concorrentes: Cazaquistão e Tailândia. A América Latina e o Caribe tem uma vaga. A Bolívia disputa sozinha e deve substituir a Venezuela, que deixa o posto no final do ano.
Entre os países do leste europeu e outros grupos, existem duas vagas: as da Espanha e da Nova Zelândia. Neste caso, três nações estão na disputa: Itália, Holanda e Suécia.
Dois Terços
O Cazaquistão é o único país dos que estão concorrendo que até agora nunca ocupou a posição.
No total, 68 países-membros da ONU ainda não fizeram parte do Conselho de Segurança, o que representa aproximadamente 35% deles.
O fato da Etiópia e da Bolívia disputarem sozinhas a votação para seus grupos, não significa que já tenham a vaga garantida.
Para ser eleito, o país necessita receber dois terços dos votos das nações que estejam participando do processo de escolha na Assembleia Geral. Isso significa que o país candidato precisa de 129 votos caso todos os 193 Estados-membros tenham participado.
Se ninguém conseguir o número de votos exigidos na primeira rodada, será necessário realizar novas eleições até que o nível seja atingido.