PARCERIA – TÉLA NÓN / RÁDIO ONU
Bloco deve integrar 1 mil milhão de pessoas e Produto Interno Bruto de mais de US$ 3,4 biliões; em Nairobi, especialistas pediram mais compromissos políticos aliados a experiências no terreno.
Peritos mencionaram ameaças da economia mundial como os acordos comerciais mega regionais. Foto: Unctad
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Peritos africanos reiteraram que a Zona de Comércio Livre Continental de África
deve entrar em vigor até outubro 2017.
O plano é que a iniciativa, que prevê reunir 54 países africanos, envolva uma população combinada de mais de 1 mil milhão de pessoas com um Produto Interno Bruto de mais de US$ 3,4 biliões.
Desenvolvimento
Um painel de peritos reuniu-se na capital queniana Nairobi, à margem da 14ª Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad14, que decorreu esta semana. O evento foi organizado pela Comissão Económica da ONU para África, ECA.
Uma das expectativas dos participantes é que Zona de Comércio Livre Continental contribua para transformar as estruturas das economias através da promoção do comércio e da diversificação das exportações no continente.
A organização Third World Network-Africa, cujo foco é no desenvolvimento estratégico, esteve no encontro e observou que os benefícios da zona de comércio livre associam-se à criação de empregos de qualidade.
Compromissos Políticos
Para que o bloco seja uma realidade são “necessárias políticas para ajudar a consolidar as capacidades produtivas a nível nacional e continental”.
Os peritos concluíram que muitos programas e decisões continentais já são desenvolvidos, mas recomendam mais compromissos políticos aliados a experiências no terreno para que a aplicação da área de comercial seja mais forte.
Matérias-Primas
Os participantes consideram urgente criar uma agenda da zona de comércio livre “devido às crescentes ameaças da economia mundial como os acordos comerciais mega regionais e os baixos preços das matérias-primas”.
A dependência de África dos bens primários e o seu papel marginal na economia global torna a região mais vulnerável a estes desenvolvimentos. Ao mesmo tempo, não se deve ignorar a questão da inclusão pelo “perigo de se comprometer a visão de integração regional”.
A reunião destacou o papel da sociedade civil para a prestação de contas dos negociadores e para garantir que neste processo ninguém seja esquecido. Os peritos apelaram ainda que melhorem os canais de influência para que a iniciativa seja uma realidade.
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Admirado
24 de Julho de 2016 at 16:45
Gracas a deus, e hora de colocarmos ordem nas nossas economias e trabalhar juntos!