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Cabo Verde quer cooperação científica para “dominar o seu mar”

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Arquipélago revela aposta para aproveitar melhor a economia dos oceanos; país pede maior atenção internacional a desafios como falta de recursos, atração de investimentos e conservação marinha.

Luís Filipe Tavares disse contar com a comunidade internacional para conservar e usar os recursos marítimos. Foto: ONU/Martine Perret

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Cabo Verde quer explorar melhor as vantagens da economia do mar através da maior cooperação internacional.

A intenção foi revelada pelo Ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros em entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque. Luís Filipe Tavares falava à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

O responsável disse que o arquipélago conta com a comunidade internacional para conservar e usar os recursos de forma sustentável, na área do seu domínio marítimo.

Alternativas

As Nações Unidas sugeriram aos Estados insulares a investir na chamada economia azul e a buscar melhores alternativas para explorar os recursos internos. O governante cabo-verdiano declarou que o arquipélago carece de mais do que fundos.

“Cabo Verde precisa de apoios muito concretos, mas precisamos de um apoio mais no conhecimento da realidade oceânica do nosso país. O conhecimento científico para nós é fundamental e mais do que dinheiro muitas vezes. Como dizia o ditado chinês: em vez de querermos peixe queremos pescar para sabermos tirar maior proveio do nosso mar. Cabo Verde já tira produtos do mar. Nós temos, no âmbito da cooperação com os Estados vizinhos de África, uma cooperação intensa nesta área. Nós acreditamos que a comunidade internacional possa trazer conhecimento científico, para que Cabo Verde possa, se eu posso dizer assim, dominar o seu mar.”

Na Assembleia Geral, Luís Filipe Tavares destacou uma série de desafios nas pequenas ilhas em desenvolvimento como a falta de recursos, as limitações para atrair investimentos externos e a necessidade de preservar mares e oceanos.

O chefe da diplomacia cabo-verdiana destacou a importância da comunidade internacional para prestar atenção ao processo de desenvolvimento do grupo de países.

*Apresentação: Denise Costa.

Leia Mais:

Discurso na Assembleia Geral: Luís Filipe Tavares

 

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