Destaques

FAO pede apoio para adaptação de pequenos agricultores à mudança climática

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Para chefe da agência da ONU, falta de ação imediata compromete futuro da produção de alimentos; José Graziano da Silva alerta para ameaça à Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.

Membros de um grupo de agricultores da Índia medem os níveis da água no solo em uma cisterna. Foto: FAO/Noah Seelam

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

Em Dubai, durante a Cúpula Mundial de Governos, o chefe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, fez um alerta.

Para José Graziano da Silva, não agir imediatamente para tornar os sistemas alimentares mais resilientes à mudança climática, “comprometerá gravemente a produção de comida em muitas regiões e pode condenar ao fracasso as ações internacionais para acabar com a fome e a pobreza até 2030”.

Chave

O chefe da agência da ONU ressaltou que a “agricultura tem a chave para a resolução de dois dos maiores problemas” que a humanidade enfrenta atualmente: “acabar com a pobreza e a fome e contribuir para alcançar condições climáticas estáveis para que a civilização possa prosperar”.

Graziano da Silva destacou especialmente a necessidade de apoiar pequenos agricultores em países em desenvolvimento a se adaptarem à mudança climática.

Ele lembrou que a maioria das pessoas extremamente pobres e que passam fome depende da agricultura para seus meios de subsistência.

Inovação

O diretor-geral da FAO mencionou formas inovadoras que podem ajudar a melhorar a produção e a construir resiliência citando, por exemplo, adubos verdes, gerenciamento sustentável dos solos e técnicas agroflorestais.

Graziano da Silva alertou, no entanto, que produtores enfrentam “grandes barreiras”, como falta de acesso a crédito e mercados, insegurança em relação à posse da terra, falta de conhecimento e informação e altos custos para deixar práticas existentes.

Custos e benefícios

Ele mencionou, por exemplo, que 70 países não têm serviços meteorológicos. A FAO está trabalhando com a Organização Mundial de Meteorologia para desenvolver esses serviços de baixo custo que apoiem agricultores.

Para Graziano da Silva, a “adaptação à mudança climática faz sentido econômico”, ressaltando que seus benefícios são “muito maiores que os custos”

Água

Segundo o chefe da agência, a gestão da água é uma área fundamental para ação. Ele alertou que milhões de pequenos agricultores em todo o mundo já estão lutando contra a escassez do produto, o que deve se intensificar como resultado da mudança climática.

Por este motivo, na última conferência da ONU sobre a questão, a FAO e parceiros lançaram uma plataforma global sobre escassez de água na agricultura. A iniciativa busca apoiar países em desenvolvimento.

Notícias Relacionadas:

Mais de dois terços da população do Iêmen está passando fome

Com risco de escassez no Brasil, preço do açúcar subiu 10% em janeiro

Milhões de pessoas a sofrer com falta de comida no Corno de África

 

1 Comment

1 Comment

  1. ANCA

    16 de Fevereiro de 2017 at 2:42

    Nas costas dos outros devemos ver a nossa.

    Comecemos a agir

    O que foi descrito acima constitui desafio para futuro da humanidade e condições de sobrevivência das populações, e hábitat no planeta.

    A questão dos climas, sua alterações derivadas acções do Homem no Território/Planeta.

    A questão da água, sua monitorização, conservação, escassez.

    A questão da produção de alimentos, às secas, chuvas ácidas, temperaturas elevadas, subida do nível da água do mar, desaparecimentos das espécies, sua conservação, monitorização, degradação dos hábitats marinhos, degradação hábitats naturais florestais, degradação contaminação ambiental, o subdesenvolvimento,etc,etc …

    Devem estar assente nas nossas mentes enquanto administradores, gestores públicos/privados, enquanto cidadãos, a cada dia que levantamos respiramos, comemos um alimento, bebemos água, vestimos, atirados lixos ao chão,conduzimos o carro, produzimos, sem nós questionar do acto da nossa acção, enquanto desenvolvemos as nossas actividades, da destruição que podemos estar a causar a nossa casa mãe a terra.

    Se se queres ver o País (Território/População/Administração), bem

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Acredita em ti tu és capaz Santomense

    Juntos podemos fazer mais pelo nosso País

    Crê

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

Leave a Reply

Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top