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Plano sobre risco de desastres cobre Angola e São Tomé e Príncipe em 2017

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Iniciativa regional está alinhada ao Acordo de Paris sobre mudanças climáticas; as 10 nações com maior risco de desastres incluem República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Chade.

Foto: Ocha

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

Angola e São Tomé e Príncipe estão entre as 11 nações que a partir deste ano terão um plano de gestão do risco de desastres e mudanças do clima como parte da Comunidade Económica dos Estados da África Central, Ceeac.

Os dois países lusófonos são vizinhos da República Democrática do Congo, da República Centro-Africana e do Chade que ocupam os 10 lugares mais altos do ranking dos mais expostos a riscos de desastres a nível global.

Perfil de risco

Os fenómenos mais comuns na região são secas, inundações e tempestades. Cerca de 1,5 milhão de angolanos foram afetados pelo El Niño que assolou o país até 2016.

No caso são-tomense destaca-se o facto que quase metade de sua população vive na pobreza. As projeções climáticas a longo prazo indicam que os eventos climáticos serão mais extremos no arquipélago.

A outra razão para que o plano seja adotado é o facto de África ter metade dos 36 países do mundo com perfis de risco “muito alto” e “alto”.

Risco

O Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres destaca que  esses fatores mostram que é importante uma ação coletiva de organizações regionais para ajudar os países a reduzirem o risco de desastres.

O sucesso da medida deve impulsionar os esforços para travar o impacto de vários perigos num momento de crescente pressão das alterações climáticas.

Pobreza e conflitos

Na região estão ainda o Burundi, a República Centro-Africana, o Chade e a República Democrática do Congo conhecidos pelo “risco extremo” no Índice de Risco de Segurança Alimentar pelos altos níveis de pobreza e ou conflitos. Esses fatores associados ao deslocamento podem “agravar o impacto dos possíveis riscos”.

O novo plano foi adotado na 5ª. Sessão da Plataforma sobre a Redução de Risco de Desastres da África Central.

O evento debateu sinergias do Quadro Sendai e do Acordo de Paris sobre as mudanças  climáticas para executar a Estratégia para a Prevenção de Risco e para a Gestão de Desastres na África Central.

*Apresentação: Denise Costa.

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