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Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo em fase de elaboração

Membros de todos os estratos da sociedade, reuniram-se esta quinta-feira num seminário, que pretende recolher contributos para a visão estratégica do turismo. Uma iniciativa da Direcção Geral do Turismo e Hotelaria, que pretende incluir todas as forças vivas do país, no processo estratégico para impulsionar o turismo como factor de desenvolvimento económico e social.

Myrian Daio, Directora Geral do Turismo, que abriu o seminário, recordou aos presentes que o primeiro plano estratégico para o desenvolvimento do turismo data do ano 2001. Previa acções que deveriam provocar um aumento do fluxo turístico na ordem de 25 mil turistas no ano 2010.

Uma meta que segundo a Direcção Geral do Turismo ficou longe de ser atingida. Dados divulgados no seminário, indicam que São Tomé e Príncipe, tem 49 unidades hoteleiras, com um total de 696 quartos e 1454 camas.

Após a elaboração do plano estratégico em 2001, o país acabou por ter o seu primeiro hotel de 5 estrelas. As acções de promoção do destino São Tomé e Príncipe nas feiras internacionais de turismo, permitiram o aumento paulatino de visitas.

Hotel BombomA Direcção Geral de Turismo, diz que nos últimos 3 anos, o arquipélago, regista um importante crescimento do fluxo turístico. A isenção de vistos de entrada no país, para cidadãos de quase todo o mundo, terá contribuído para a explosão de visitas.

É neste contexto de pequeno boom turístico, que a Direcção Geral do Turismo, decidiu empenhar-se na elaboração de um plano estratégico e de marketing de turismo. O objectivo principal segundo Myrian Daio, é definir o caminho e as metas a atingir pelo país através da exploração da indústria turística.

O Banco Mundial apoia o projecto, e destacou no país um consultor para ajudar na elaboração da nova estratégia.

Segundo a Directora do Turismo, os recursos e potencialidades já foram inventariados, e os turistas já deram a sua contribuição através de um questionário. Esta quinta – feira foi a vez da sociedade civil e os operadores turísticos darem a sua contribuição para a construção do plano inclusivo para o desenvolvimento sustentado do turismo.

Abel Veiga

 

 

6 Comments

6 Comments

  1. Brasileiro

    12 de Maio de 2017 at 17:27

    O Turismo sustentável e socialmente consciente, respeitando as peculiaridade da sociedade, sua identidade, dignidade humana e meio-ambiente pode ser uma das melhores válvulas de escape para a sobrevivência da sociedade de STP.

  2. Dubai

    14 de Maio de 2017 at 16:55

    O nosso exército deve estar a preparar para receber os turistas. Deve ser o primeiro plano que o governo está a preparar.

  3. Xavier

    14 de Maio de 2017 at 20:38

    Mais um plano estratêgico do turismo? Como mínimo conheço dois precedentes!

  4. Xavier

    15 de Maio de 2017 at 6:25

    Que número de Plano estratêgico do turismo é esse? O terceiro em 10 anos?

  5. Ralph

    22 de Maio de 2017 at 6:52

    Na minha opinião, a disponibilidade de vistos turísticos após chegada por a maioria de países é um passo pequeno mas importante no desenvolvimento de turismo. Já voltei à Austrália de férias na Ilha Maurícia e não tive de requerer nenhum visto antes da minha chegada. Isto fez que apenas tive de planear a minha viagem sem ter de me preocupar sobre vistos, fazendo mais fácil todo o processo.

    Outro factor importante para considerar é identificar os mercados acertados e assegurar que todos os elementos turísticos possam satisfazer os requerimentos desses mercados, incluindo a construção de todas as instalações e infraestruturas que eles esperem, tais como hoteis com serviços modernos. Depois, é muito importante promover fortemente a oferta a esses mercados. Por exemplo, quando eu estava na Maurícia, notava que a maioria da indústria se dirigia ao mercado de falantes de francês. Para um falante de inglês como eu (que fala tambêm português mas não francês), foi mais difícil navigar o país, fazendo com que será menos provável que voltarei. Porém, imagino que muitos franceses vão voltar ao país porque, aliado com a beleza da nação, é tão fácil por eles comunicarem e circularem.

  6. Zeca Menezes

    22 de Maio de 2017 at 20:59

    Esta noticia me deixa um pouco inquietante. Não vi na noticia a se dizer que a Direcção Geral do turismo já tenha feito um pré-projecto de um plano estratégico do turismo para o país, isto é, no turismo dizemos Plano estruturante do Turismo (PET). De quantos anos estamos a falar para conseguir atingir esse plano estratégico?Qual é a visão que se pretende ter para alavancar o nosso turismo? Focaram na parte da formação? Todos nós sabemos que é necessário termos pessoas capacitadas para dar resposta a um turismo de qualidade e não de quantidade (precisamos de profissionais qualificados em todas as áreas turísticas). Existe vontade por parte dos Governantes do país apostar mesmo nessa área? Esqueçam participar em feiras internacionais de turismo. Primeiro arrumem a casa, criem acções coordenadas e complementares, fomentem a cooperação público-privada. Simplifiquem o licenciamento de projetos turísticos (mas também não aceitem todos sem os analisar pormenorizadamente). Criem a Marca do turismo Santomense (criem algo apelativo, genuíno, não colem nos outros países). As companhias aéreas que operam no nosso país, têm algum beneficio por parte do Governo? Porque não se sentem com eles e discutam a melhor solução para reduzir o custo das passagens aéreas. Com o preço que se vem praticando muitos turistas mesmo que queiram conhecer nosso país não o poderão fazer, o que lhes fará escolher outra rota mais barata que a nossa.
    Quanto a isso dos vistos, não vejo isso como a solução mais viavel para impulsionar o nosso turismo. Revejam bem isso. Recordem que estamos numa fase de atentados, sabemos quem são essas pessoas que entram no nosso país? Temos controlo sobre as mesmas? A segurança do país está capacitada para enfrentar qualquer adversidade de entradas em quantidade no país?
    Revejam bem o que queremos para o turismo de STP. Essa é a minha singela contribuição. É bom estar fora para enxergarmos bem o rumo que leva o nosso turismo. Ainda estamos com fraldas e não é de uma hora para outra, de um dia para o outro que iremos mudar isso.
    Comecem a valorizar os quadros nacionais, não fiquem só esperando que outros nos venham ensinar aquilo que sabemos bem e conhecemos.
    Bem haja.

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