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Relatório da OMS sugere aumento de políticas de controle do tabaco

 

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Organização Mundial da Saúde afirma que 63% da população mundial têm acesso a advertências gráficas contra o produto, entre outras medidas; segundo Secretariado da Convenção Quadro da OMS sobre o Controle do Tabaco, Brasil seria líder no controle do tabagismo.

Medidas preveem ajuda para quem quer deixar de fumar e mensagens de advertência sobre os perigos do uso do tabaco. Foto: Banco Mundial

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

Desde a última década, o mundo tem registrado um aumento importante em políticas de controle de tabaco.

Em relatório, divulgado nesta quarta-feira em Genebra e Nova Iorque, a Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que 4,7 bilhões de pessoas, o equivalente a 63% da população mundial, têm acesso a advertências contra o uso do tabaco.

Medidas

Entre as medidas estão imagens e gráficos de advertência e lugares públicos livres do fumo.

Segundo o oficial técnico do Secretariado da Convenção Quadro da OMS sobre o Controle do Tabaco, Rodrigo Santos Feijó, o número representa 3,6 bilhões de pessoas a mais que em 2007.

Cerca de 63% da população mundial tem acesso a advertências contra o uso do tabaco. Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

Brasil

De Genebra, Santos Feijó disse à ONU News que “o relatório da OMS apresenta o Brasil mais uma vez como um líder no controle do tabagismo”.

“E o Brasil aparece como um dos oito países que conseguiram dentro do grupo de países de rendas baixa e média que conseguiram implementar quatro ou mais dessas medidas custo efetivas no seu mais alto grau. Então, o Brasil continua aparecendo como uma liderança e uma referência para outros países no cenário global no que se refere ao controle do tabagismo.”

Doenças associadas

O documento “Epidemia Global de Tabaco 2017” alerta que num esforço conjunto, os países podem ajudar a evitar milhões de mortes todos os anos por causa do tabaco ou de doenças associadas ao uso do produto.

Desde 2007, as políticas abrangentes de controle quadruplicaram. Naquela época, apenas 15% da população mundial tinham acesso a informações. E para a agência da ONU, estratégias para formular políticas de controle poderiam ter salvado milhões de vidas.

Planos nacionais

A OMS afirma que a indústria do tabaco impede tentativas de governos de implementar medidas contra o produto.

Políticas de controle também ajudam a economizar bilhões de dólares com gastos de saúde e a perda de produtividade de vítimas do tabaco.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, governos de todo o mundo devem incorporar as orientações da Convenção-Quadro sobre Controle de Tabaco nos planos nacionais.

Países podem ajudar a evitar milhões de mortes todos os anos por causa do tabaco ou de doenças associadas ao seu uso. Foto: ONU/Martine Perret

Comércio ilegal

O chefe da agência acredita que o comércio ilegal de tabaco está agravando a epidemia.

Segundo a OMS, a cobertura atual de 63% da população envolve pelo menos uma medida de controle do tabaco daquelas previstas na Convenção da agência sobre o tema.

A OMS lembra que desde 2008 existe um conjunto de diretrizes chamado de medidas Mpower para promover ações de governos em seis estratégias de controle  entre elas está o aumento nos impostos sobre a venda do produto e a proibição de anúncios e propagandas assim como patrocínio de tabaco.

As demais medidas são o monitoramento de medidas de uso e prevenção, proteção das pessoas do fumo, ajuda para quem quer deixar de fumar e mensagens de advertência sobre os perigos do uso do tabaco.

Uma em cada 10 mortes no mundo é causada pelo fumo. O embaixador da OMS para doenças crônicas, Michael Bloomberg, disse que esse quadro pode mudar como auxílio das medidas Mpower, que são eficientes.

A agência da ONU lembra que até países com recursos limitados podem usar e implementar as políticas. Um dos diretores da OMS, Douglas Bettcher, afirma que os países podem proteger melhor seus cidadãos incluindo crianças através desse sistema.

A Convenção Quadro da OMS sobre o Controle do Tabaco entrou em vigor em 2005.

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