Economia

Agência Nacional de Petróleo aplaude a possibilidade da Galp e Sonangol se juntarem a Petrogas na exploração de petróleo na zona económica exclusiva de São Tomé e Príncipe

paisagem-aerea.jpgNo dia em que se realiza pela primeira vez o leilão de blocos de petróleo da zona económica exclusiva, a Agência Nacional de Petróleo, através do seu director Administrativo Carlos Neves, considera como fundamental para o desenvolvimento da indústria petrolífera no arquipélago, a parceria entre as petrolíferas portuguesa (GALP), angolana(SONANGOL) e a São-tomense(PETROGÁS), no sentido da exploração conjunta de petróleo na zona económica exclusiva do país.

Segundo Carlos Neves, a decisão de criação de um consórcio entre as três empresas, foi assumida pelas mais altas autoridades políticas do país. «Pensamos que o caso de consórcio entre a petrogás, com outras empresas que tem experiencia q   eu tem meios financeiros seria útil para o desenvolvimento da nossa própria empresa e da indústria petrolífera em sapo Tomé», afirmou o Director Administrativo da Agência Nacional de Petróleo.

O consórcio entre as empresas petrolíferas da CPLP, tinha sido promovido pelo Chefe de Estado são-tomense Fradique de Menezes, há alguns anos atrás e incluía a brasileira Petrobrás.

Para já a petrolífera brasileira deverá ficar de fora. O Primeiro-ministro Rafael Branco esteve em Portugal para convidar a GALP a participar na exploração dos blocos de petróleo que hoje são leiloados, o mesmo já tinha sido feito antes junto a Sonangol, que por sinal é um dos parceiros estratégicos do Governo de Rafael Branco. «As altas instâncias políticas do país, têm manifestado esse interesse. E parece-me ter havido algum acolhimento positivo quer por parte da GALP, quer por parte da SONANGOL. Penso que seria de todo interesse que no quadro das parcerias que o estado são-tomense pretende estabelecer, quer com Angola quer com Portugal que as empresas pudessem fazer parte de um consórcio com a empresa nacional (Petrogás)», reforçou Carlos Neves.

As duas empresas, nomeadamente a GALP e a SONANGOL, deverão estar presentes na abertura as 10 horas desta terça – feira do concurso público para venda de 7 blocos de petróleo da zona económica exclusiva são-tomense.

O Primeiro Ministro Rafael Branco preside a cerimónia em São Tomé, e simultaneamente em Londres o Ministro dos Recursos Naturais Xavier Mendes, preside outra cerimónia numa das maiores praças internacionais do negócio de petróleo. «Estamos convencidos que os 7 blocos que vão ser postos ao concurso, poderão ter alguma aceitação da indústria petrolífera», assegurou o director administrativo da Agência Nacional de Petróleo.

Carlos Neves, disse ainda que antes mesmo da abertura do leilão, algumas empresas manifestaram interesse em avaliar as potencialidades dos blocos que vão ser leiloados.  

O concurso público vai demorar 6 meses. Segundo Carlos Neves o leilão termina no dia 15 de Setembro próximo. «Nessa altura abriremos as propostas e veremos que empresas poderão iniciar o processo de negociação connosco», concluiu.

Note-se que outros 4 blocos da ZEE já têm donos. A ERHC que conseguiu em 1997 assinar acordo com o estado são-tomense, ganhou direito de escolha sobre os blocos existentes tanto na ZEE como na zona de exploração conjunta com a Nigéria. Por isso escolheu dois blocos a seu favor. Também a Equator ficou com 2 blocos, como resultado do acordo assinado no passado com o estado são-tomense.

Abel Veiga

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