Economia

Equipa do Banco Central que está a gerir o Commercial Bank diz que não há falência

A equipa do Banco Central chefiada por Hélio Almeida, chamou a imprensa esta quarta – feira para pôr água na fervura, face a reacção do público em relação a notícia que dá conta de falência no Commercial Bank. Segundo a equipa que está a gerir o banco privado, a intervenção visa apenas pressionar os accionistas do Commercial Bank a elevar o capital social da instituição para 5 milhões de dólares.

Criado em 2005 o banco privado de direito camaronês, foi inscrito com um capital social de 1 milhão e 800 mil dólares. Assim definia a lei na altura, garante a equipa do Banco Central que desde 14 de Junho assumiu a gestão do banco privado.

No entanto em 2008, o Banco Central, confrontado com a conjuntura mundial e para solidificar o sistema financeiro nacional, decidiu alterar a lei obrigando os bancos comerciais a elevar o capital social para 5 milhões de dólares. «A instituição procedeu a um aumento parcial deste montante mas não cumpriu com o prazo estabelecido. Existem remanescentes que precisam ser actualizados. Daí que a equipa do Banco Central está a trabalhar junto a instituição sem interferir no normal funcionamento do banco, a encontrar mecanismos para que a instituição através dos accionistas possa encontrar mecanismos urgentes e claros para que a norma seja cumprida. É esta a situação. Não se trata de falência da instituição, ou qualquer processo de insolvência», explicou Hélio Almeida.

O Banco Central que emitiu um comunicado de imprensa, sem explicar as razões da intervenção no banco privado, abriu margem para várias especulações, relacionadas com a falência do Commercial Bank. Agora em conferência de imprensa, o Banco Central, garante que o banco privado tem recursos suficientes para fazer face aos depositantes.

A intervenção que deve durar 90 dias, é uma forma de pressão para obrigar os accionistas do Commercial Bank a elevar o capital social para o nível exigido por lei. «Não é o Banco Central que trará os recursos, mas sim os accionistas. É uma forma de dizer os accionistas que o horizonte temporal que foi estipulado para que todas as instituições cumprissem com esse novo nível de capital foi ultrapassado, e que rapidamente precisam encontrar mecanismos para regularizar a situação», reforçou o chefe da equipa do Banco Central que está a gerir o Commercial Bank.

Questionado pelo Téla Nón sobre a designação que se pode dar a um banco que não tem o capital social, exigido pela lei do mercado financeiro nacional, Hélio Almeida, respondeu que apenas «é um banco que está a infringir com uma norma emitida pelo Banco Central», frisou.

Ainda sobre o futuro do Commercial Bank, após a intervenção do Banco Central, admitindo um cenário em que os accionistas não tenham capacidade de resposta a exigência de elevar o capital social, a equipa de intervenção do Banco Central, limitou-se a dizer que acredita na boa vontade dos accionistas em resolver o problema antes de Setembro próximo.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. tagarela

    16 de Junho de 2010 at 15:42

    Para fazer o banco cumprir a lei não é necessário a intervenção do BC a esse nível e por esse tempo e muito menos de emitir tal comunicado. Tenho sérias dúvidas sobre a veracidade dessas explicações que não têm qualquer sentido, ao meu ver. Seguramente, a repercussão de uma notícia de que um banco estaria a beira da falência viria precipitar as coisas…
    Espero estar a encorrer em erro.
    Aguardemos. Viva STP!!!

  2. Terra viva

    16 de Junho de 2010 at 16:14

    A constatação de que a disponibilidade de capital próprio é insuficiente para suportar o ritmo de crescimento, remete ao fato de que mais cedo ou mais tarde grande parte dos novos negócios terá de buscar alguma fonte de capital de longo prazo para sustentar seu crescimento. Com base nestas argumentações, acredita-se ser de fundamental importância para o aumento de capital permitindo objectivar o aumento da taxa de sucesso do crescimento.
    O objetivo principal da capitalização ou aumento de capital próprio, é reforçar a posição financeira da empresa , de modo que a empresa possa empreender novos planos de investimento, ou na ampliação da posição de mercado. Os processos de capitalização em empresas pressupõem a existência de planos de investimento ou plano de negócios, no caso do desenvolvimento de novas linhas de produto. Portanto é fundamental que, antes da busca de capital, a empresa tenha definido o destino deste mesmo fundo.
    Portanto no caso de COBSTP não pode ser uma insolvência, ou falência como têm anunciado, pondo a população em estado de uma agitação. È verdade que infringindo esta norma deste órgão máximo, cabe o mesmo tomar decisões que podem até certo ponto ser penosas. Mas assim como esta equipa de intervenção, também creio na boa vontade dos accionistas daquele Banco, em resolver o problema. Só sai a ganhar a economia de S.Tomé e Principe

  3. Gilberto

    16 de Junho de 2010 at 18:07

    Ora essa! Se o banco não cumprir a exigência queremos saber o que se vai fazer! Quem disse que no mundo de “dinheiro” existe boa vontade!? É muito triste assistir-se a coisas dessas, as pessoas têm medo de falar. Se existe uma “lei” que o banco central segue, diz-nos o que a lei dita para casos como esses e o que banco central deve fazer para o cumprimento da mesma! É tão difícil assim!?

  4. cesarjesus

    17 de Junho de 2010 at 16:21

    >>>Tudo que vem a tona e porque algo de muito grave se passa…quando se trata de banco, que e um organismo em que o sigilo e o factor principal do seu bom funcionamento, tonra esta noticia muito evidente.Se o Comercial Bank esta a infrigir a lei, automatica tera k ser penalizado…nao pode existir boa vontade no negocio de 5 milhoes de Dollares…caso os acionistas do Comercial Bank optarem por nao acatar a verba em causa, k medida o Banco Central podera tomnar? Que situacao ficarao os clientes deste banco!!! No mundo de negocio a funcionalidade e simples, ha dinheiro ha negocio, nao ha dinheiro, nao ha negocio…e ponto final!!!

    Forca povo STP…

  5. J oliveira

    17 de Junho de 2010 at 17:01

    O mais importante em tudo isso é saber se o processo está cumprindo com as regras. Pois, como é hábito, muitas decisões são tomadas fora da legalidade e depoius ninguém assume o erro a não ser os cofres do Estado. Será que a decisão de intervir no Banco é uma decisão legal?

    O Banco não terá motivos para mais tarde exigir indemnizações ao Estado? E se for quem assumirá a responsabilidade do erro?

    Vamos a ver!!!

    • Gilberto

      17 de Junho de 2010 at 23:53

      Apesar de ninguém assumir o erro, digo, ninguém é penalizado! É muito triste! É esse o país que temos! Infelizmente!

  6. CaLima

    25 de Junho de 2010 at 9:41

    Como sabemos o Banco Central, é o banqueiro do Estado, consultor do Governo no domínio financeiro, orientador e controlador das políticas monetária, financeira e cambial, gestor das disponibilidades externas do país, intermediário nas relações monetárias internacionais, supervisor das instituições financeiras. Tendo criado normas que salvaguardam as poupanças da população, os bancos comerciais no seu pleno funcionamento deverão accionar mecanismo para o prévio cumprimento. Ora bem, tratando da matéria financeira, que naturalmente tem o contributo para o crescimento económico do país, não concordo com a divulgação desta informação sem plena conclusão dos serviços estatísticos. A Lei é para todos. O não cumprimento é passivel de sanções. E o BC tem materia suficiente para tal. A nossa população não está preparada para determinadas informações. Este erro certamente levará a empresa para o oceano vermelho.

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