Economia

Projecto para melhoria da segurança alimentar envolve 1100 agricultores

O projecto financiado pela União Europeia, e com duração de 15 meses, está a actuar em 24 comunidades agrícolas. Aumento e diversificação da produção, para garantir a segurança alimentar é o principal objecto do projecto executado pela ONG Alisei.

O projecto em causa nasceu com base no estudo feito no ano 2007 pelo Programa Alimentar Mundial em São Tomé e Príncipe. Com base no estudo foram identificadas 36 mil pessoas em situação de insegurança alimentar. O referido estudo do PAM, indicou algumas acções a serem implementadas para combater a insegurança alimentar, nomeadamente facilitar o acesso das famílias camponesas aos insumos agrícolas, formação dos agricultores em técnicas de produção de compostos orgânicos para melhorar a fertilidade do solo, evitando despesas com a importação de fertilizantes químicos.

Assistência técnica aos agricultores e a necessidade de despertar nos jovens o interesse pela prática da agricultura a fim de travar o êxodo rural, é outra importante orientação resultante do estudo feito pelo PAM.

É na base de tal estudo feito pelo PAM, que nasceu o projecto de melhoramento das capacidades de produção agrícola em São Tomé e Príncipe. Um projecto no valor de 1 milhões 111 mil euros, financiado em 90% pela União Europeia e os outros 10% assegurados pelas ONG ALISEI E ADDAPA.

Fundo que segundo a administração do projecto, já está a ser aplicado com vista a reduzir os riscos de vulnerabilidade à segurança alimentar, proporcionando uma maior oferta e melhor acesso a produtos agrícolas de qualidade. Garantia da disponibilidade regular no mercado e a preço acessível de produtos de boa qualidade nutricional, é outra prioridade do projecto.

1100 agricultores de 27 comunidades de São Tomé e do Príncipe, estão envolvidos no projecto de melhoria da capacidade de produção agrícola. Os agricultores beneficiam de insumos agrícolas, sementes, materiais vegetais e pequenos serviços mecanizados. Os agricultores estão a ser formados sobre as técnicas de produção de qualidade e a baixo custo, a melhoria dos solos, e são sensibilizados sobre a problemática da segurança alimentar.

Ainda na perspectiva da segurança alimentar, as comunidades agrícolas estão a ser orientadas no sentido de criar pequenas unidades de transformação dos produtos.

Aumento da produção de soja, milho, matabala e banana pão, tomate, feijão verde, pimenta, cebola, repolho, cenoura e alface é a prioridade inscrita no projecto. Por isso nos últimos meses 1/3 dos agricultores envolvidos no projecto já beneficiaram das plantas seleccionadas para aumento e diversificação da produção.

Segundo ainda a direcção da ONG ALISEI, cerca de 350 agricultores estão a ser formados sobre as técnicas de produção rentável e de qualidade, sobre a problemática da segurança alimentar, e a transformação da produção. O projecto com duração de 15 meses, já distribuiu aos agricultores, mais de 120 mil plantas de matabala, mandioca, banana pão e banana prata.

A par da distribuição de sementes e plantas, os agricultores estão a ser apetrechados com equipamentos de trabalho como picaretas, enxadas, machins, limas, botas, capas de chuva, pulverizadores e moto cultivadoras.

Por outro lado, para garantir a sustentabilidade do investimento, segundo a ALISEI, o projecto está a apostar na sensibilização dos agricultores com vista a sua organização em associações e cooperativas.

Abel Veiga

8 Comments

8 Comments

  1. Franz K

    25 de Fevereiro de 2011 at 12:07

    Notícia “útil”. Mas sem polémica não há comentários. lol

  2. madalena

    25 de Fevereiro de 2011 at 12:48

    As palavras de ordem:
    Aumentemos a produção!
    Construamos com as nossas proprias mãos uma patria renovada!
    Fzer de STP um Canteiro de democracia… para responsabilizar e de justia para merecer!
    ETC foram mal sucedidas, por causa de uma ausencia de politica agraria(Cf, CHAYANOV).
    É por causa de isto e de outras coisas que acho o Pinto da Costa um líder que não deve entrar mais nesta luta politica a procura de lugar que ja foi seu. Como Dizia, Fradique Menezes, nem tinha conflito porque ele mesmo, Pinto da Costa era o Chefe do Governo. Apitava o jogo e jogava ao mesmo tempo.
    Há um ditado chinês que diz:
    “Nunca se deve voltar ao posto em que se foi feliz”.
    Hoje o discurso do Pinto não impressiona ninguém, alias ja não tem que elaborar a retorica.
    Dados de alguns teimosos na politica:
    General Nino Vieira, Mario Soares, Carlos Veiga, KAdafi, MUBarak.
    Temos que respeitar a lei da vida.
    o homem nasce, cresce e reproduz. Os amigos do velho Pinto tenham a coragem de o dizer estas coisas. OLha O Comandante Pedro Pires!!!
    Este nunca tinha sido presidente, depois de ser 1º Ministro varios anos se candidatou a presidente. É diferente do PINTO da COSTA.
    Vamos apoiar uma DILMA!!!!
    Quem será?

  3. Arlindo T. Pereira

    27 de Fevereiro de 2011 at 1:01

    Considero o seguinte: os custos de produção de alimentos em STP ainda são elavados,nesse sentido os consumidores irão consumir produtos importados. Com esta situação não se consegue segurança alimentar.
    O valor envolvido neste projecto não é elástico, irá terminar sem resultado concreto. É preciso consumir mais produtos locais, ou seja, com o aumento do consumo de produtos produzidos localmente, se consiguerá alcançar a segurança alimentar no nosso STP.

  4. Simão Tebús

    27 de Fevereiro de 2011 at 10:03

    Esta é a notícia que todos de bom senso gostam de ouvir; aposta no que à terra dá; consumir mais os produtos nacional, é uma forma de valorizar o que é nosso e diminuir o índice de pobreza em STP

  5. Salvador da Pátria

    27 de Fevereiro de 2011 at 15:30

    É de salutar projectos deste tipo, e STP agradece!
    Os projectos a favor do desenvolvimento das Ilhas Maravilhosas devem ser objecto de grande acompanhamento e de apertada fiscalização por parte dos doadores internacionais, de modo a evitar os desvios de fundo para enriquecimento sem justa causa daqueles que estão a executá-los e, ao mesmo tempo, permitirão o melhor aproveitamento da parte do público alvo.
    S.Tomé e Príncipe carece de ajudas de algumas instituições internacionais vocacionadas para financiar projectos de desenvolvimento sustentado,sobretudo nas nos sectores que geram riquezas(agriculura, pecuária e a pesca), como é o caso específico do projecto para melhoria da segurança alimentar.
    Por isso, sou de opinião, que governo são-tomense deveria recorrer ao fundo de investimento, concedidos pelos referidos organismos, de modo a incentivar à produção interna.Caso contrário, continuaremos a depender exclusivamente de apoios externo,e sem perspectiva para melhoria das condições de vida da população.
    Viva Muita Exportação e Viva Pouca Importação!Abaixo Balança Comercial Desiquilibrada!

  6. Carlos Ceita

    27 de Fevereiro de 2011 at 18:57

    Tem razão Frank falando por mim já comentei neste espaço sobre a pequenos agricultores que estão envolvidos no projecto de baunilha e pimenta.
    Se conseguíssemos diversificar a nossa agricultura e pesca para exportação e produção agro-industrial de certeza que conseguíamos equilibrar a nossa balança de pagamentos
    Apostar na agricultura e pesca é apostar na criação de riqueza.
    Madalen concordo contigo no raciocínio que faz sobre a teimosia. Umas das virtudes da democracia é a alternaria do poder. Por isso não vejo como exemplos de transparecia e alternância presidentes de câmaras e de regiões autónomas como Alberto Joao da Madeira há mais de 30 anos no poder. Em todo caso custa-me muito ver o nome de Mário Soares e Carlos Veiga no meio desses ditadores. No caso do Dr Mario Soares é verdade que errou quando se candidatou a presidência da Republica pela terceira vez mas é um democrata e ficará na história como o pai da democracia portuguesa. Já o Mubarak Nino Vieira e Kadafi a história os referenciará como violadores dos direitos humanos.
    Abraços

  7. madalena

    28 de Fevereiro de 2011 at 11:32

    Não há interesse para as populações serem autonomas!!
    Viverem bem!!
    Não há!!
    Na vila da Madalena, por incrivel que pareça não se produz horticolas. É facil se compreender isto?
    As pessoas vão até a cidade capital comprar, couve, tomate, cenoura, alface, pimentão, feijão verde, etc…
    apenas agrião se cultiva, mas mesmo assim é vendido na capital!!!
    Quem é agricultor(horticultor), nesta Vila. Porquê? Quem me pode explicar??
    Criação de Bovinos nesta zona??
    Coelhos???
    Produção de queijo!!!
    Nunca foi visto !!!
    Desenvolvimento é uma miragem.

  8. madalena

    28 de Fevereiro de 2011 at 13:18

    Cacau no mercado internacional está mais de 36 dolares o kilo.
    Quanto compram nas mãos dos agricultores cada kilo?
    Uma tonelada(1ton)aproximadamente 4000 Dolares.
    É verdade!!!
    O Povinho não sabe destas informações.
    Com 1000 kilos em goma, obtem-se 450 kgs de cacau seco comercializavel.

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