Política

ADI desunido na contestação ao Orçamento Geral do Estado e as Grandes Opções de Plano do Governo de Rafael Branco

ADadi.jpgI, única força política que representa a oposição no parlamento são-tomense, não conseguiu unidade no seio das suas fileiras para contestar o projecto de orçamento geral do estado e as grandes opções do plano. O líder da bancada parlamentar, Evaristo de Carvalho, disse que o seu grupo rejeita categoricamente o OGE para 2009, mas na hora da votação pelo menos dois deputados da bancada votaram a favor, reforçando assim a legitimidade da política do primeiro-ministro Rafael Branco.

O partido que ocupa 11 assentos num parlamento de 55 deputados, só conseguiu garantir 7 votos contra o projecto do orçamento geral do estado e as grandes opções do plano do governo de Rafael Branco.

Antes da votação dos dois documentos, Evaristo Carvalho líder da bancada parlamentar e secretário-geral adjunto do partido, declarou que o orçamento geral do estado é irrealista. O chefe da bancada parlamentar, justificou a posição com base no valor do OGE, 150 milhões de dólares, o mais elevado da história de São Tomé e Príncipe, e numa altura em que o mundo vive uma crise financeira que limita o apoio dos doadores aos países pobres. «Não podemos deixar de fazer referência a conjunta internacional de recessão económica e financeira de grande raridade de crédito a economia e da consequente baixa do investimento directo e da ajuda pública ao desenvolvimento para manifestar a nossa estranheza com esta projecção orçamental», declarou para depois sustentar que a capacidade nacional de absorção e de implementação dos projectos é bastante reduzida.

A única força da oposição fundamenta que mesmo com orçamentos inferiores o país não conseguiu ter sucesso na sua execução, muito menos será com um projecto orçamental de valor duplicado. «Esta proposta de orçamento não merece a nossa credibilidade. Consideramo-la como uma proposta irrealista, e para não dizer de chantagem eleitoralista a pensar nas próximas eleições partidárias e nacionais», reforçou Evaristo Carvalho..

Para concluir, o líder da bancada parlamentar declarou que «o grupo parlamentar da ADI não tem outra alternativa a não ser rejeita-la categoricamente», frisou.

Um apelo a rejeição que não surtiu qualquer efeito mesmo no seio do partido. Dos 11 deputados, apenas 7 votaram contra o orçamento geral do estado para 2009. Dois outros abstiveram-se e outros dois votaram a favor. A votação da bancada da ADI, fortaleceu a larga maioria parlamentar de que goza o governo de Rafael Branco, sustentado pelas bancadas do MLSTP/PSD com 20 deputados, e a coligação MDFM-PCD com 23.

Mesmo com a ausência de 1 deputado da coligação MDFM-PCD, o governo conseguiu encontrar mais votos na bancada da ADI, incluindo a representação do partido novo rumo, que também votou a favor do OGE.

ADI dá sinal de fraqueza nas suas fileiras, para alegria do Primeiro-ministro Rafael Branco, que rasgou um sorriso ardente quando viu as duas mãos da bancada da ADI levantadas para aprovar as grandes opções do plano e o orçamento geral do estado para o próximo ano.

Abel Veiga

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