Política

Crise no partido de Patrice Trovoada ADI

A única forçabancada-da-adi.jpg política que representa a oposição no parlamento está fragmentada. A crise interna que se reflectia nas sessões parlamentares com um grupo de deputados a defender sempre as propostas do governo, contrariando as decisões da liderança do grupo parlamentar, desembocou na decisão do partido em afastar os 4 deputados da sua bancada. A oposição parlamentar fica mais fragilizada. Agora a ADI só tem 7 assentos no parlamento.

Desde o anterior governo de Tomé Vera Cruz, que um grupo de deputados da Acção Democrática Independente (ADI), tem assumido posições favoráveis as propostas do governo, contrariando as orientações da sua liderança.

A posição política dos 4 deputados, ficou mais vincada em Novembro de 2008, a quando da discussão e aprovação do orçamento geral do estado para 2009. O líder da bancada parlamentar e secretário-geral do partido, anunciou que a ADI rejeita o OGE 2009 do Governo de Rafael Branco. Mas no momento da votação o grupo de 4 deputados do partido liderado por Patrice Trovoada, manifestou-se a favor do projecto de Orçamento Geral do Estado. 2 abstiveram-se e outros dois votaram a favor.

O Governo de coligação tripartido, que conta com 44 assentos no parlamento de 55 deputados viu a sua base de apoio fortalecida com mais 2 votos da ADI que tem apenas 11 assentos na Assembleia Nacional.

Na altura do Chefe do Governo Rafael Branco, sorriu de felicidade. A oposição para além de fraca estava dividida. Uma espécie de humilhação para o líder da bancada parlamentar da ADI e para o líder partidário Patrice Trovoada.

Na sessão parlamentar desta quinta-feira, foi lido no plenário um documento do partido ADI, a anunciar a retirada de confiança e o consequente afastamento da sua bancada dos 4 deputados, nomeadamente Júlio Silva que representa o círculo eleitoral do distrito de Caué, Alberto Luiz também do mesmo círculo eleitoral, Herodes Rompão que representa o distrito de Mé-Zochi, e Daniel Ramos deputado eleito no círculo eleitoral da região autónoma do Príncipe. O debate foi mais aceso em torno do pedido feito pela ADI para que um dos deputados que integra a mesa da Assembleia, Alberto Luiz, fosse simplesmente afastado, uma vez que não tem a confiança do partido.

Os deputados não conseguiram chegar ao entendimento, remetendo a concertação para as comissões competentes. Os 4 depu7tados passaram a categoria de independentes.

Crise aberta na ADI que fica mais fragilizada no parlamento agora com apenas 7 deputados. A avaliação das consequências da crise na ADI, poderá ser apurada nos próximos escrutínios eleitorais, tendo em conta o peso que os 4 deputados agora afastados das suas fileiras, exercem junto ao eleitorado das suas regiões de origem.

Abel Veiga

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