Política

ADI concorda com as datas para as eleições, mas lamenta falta de diálogo do Presidente da República com os partidos políticos

patrice.jpgO Secretário-geral do partido ADI(na foto), considera como muito importante a indicação pelo Presidente da República Fradique de Menezes das datas para as eleições autárquicas, regional e legislativas. Era uma exigência que o partido repetidamente fez ao Chefe de Estado, nos últimos meses de indecisão sobre a realização das eleições. Por causa da indecisão que marcou o país nos últimos tempos, provocada pela incapacidade do governo em criar as condições para a realização das eleições no prazo previsto a ADI, diz que seria importante o Presidente da República ouvir os partidos políticos antes de marcar as datas.

«Sabendo agora quando é que as eleições terão lugar, para nós é uma indicação muito importante para podermos preparar e participar nelas», afirmou o Secretário-geral da ADI. Única força política da oposição no parlamento desde Junho de 2008 até finais de 2009, a ADI reconhece que o Presidente da República não é obrigado a auscultar as forças políticas para marcar a data das eleições. Mas o momento de indecisão que o país viveu, justifica esta atitude por parte de Fradique de Menezes. «Teríamos tido o prazer de falar com o Presidente da República antes de ele anunciar. É evidente que a lei não obriga o Presidente da República a consultar os partidos, sobretudo aqueles com assento parlamentar. Mas é uma situação única. Desde que estamos em democracia temos um governo que não foi capaz de criar as condições técnicas e financeiras para termos eleições no prazo. Essas eleições vão ser realizadas praticamente 4 meses após o termo do mandato da Assembleia Nacional. Por conseguinte face a uma situação que não é habitual, consideramos que uma concertação com o Senhor Presidente da República, seria importante», reclamou Patrice Trovoada.

As datas estão marcadas, no dia 25 de Julho o povo deverá eleger os representantes dos poderes local e regional e 5 dias depois elege os deputados a Assembleia Nacional. «ADI está a preparar-se para participar nas eleições. Se tivessem pedido a nossa opinião, teríamos sugerido que as eleições fossem em simultâneo», realçou Patrice Trovoada.

Nas eleições legislativas de 2006 ADI conquistou 11 assentos no parlamento. A maioria simples da coligação MDFM/PCD, com 23 assentos, deu ao partido de Patrice Trovoada a oportunidade de funcionar como o fiel da balança no jogo político, tendo por isso influenciado bastante a governação do país até 2008.

Quanto as 6 autarquias em São Tomé, ADI não participou nas eleições de 2006, nem tão pouco nas eleições regionais na ilha do Príncipe.

Abel Veiga

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