Política

Guarda Costeira recebe mais uma embarcação de patrulha

Arch Angel, é o nome da embarcação de patrulha que o governo norte-americano ofertou a Unidade da Guarda Costeira que segundo a nova lei da defesa Nacional, passa a ser um ramo autónomo das forças armadas. É a terceira embarcação de patrulha que os Estados Unidos de América oferecem a guarda costeira são-tomense.

A primeira embarcação ofertada pelos Estados Unidos, chama-se Falcão. Uma vedeta que chegou mesmo a voar, uma vez que no final da década de 90, desapareceu do cais da guarda costeira e foi aparecer em péssimo estado numa das praias da Nigéria.

Em 2004 os Estados Unidos entregaram ao estado são-tomense, mais uma embarcação. É pequena e segundo o sector da guarda costeira consome muita gasolina. A verba disponibilizada pelo orçamento geral do estado, não chega para manter a embarcação funcional durante 24 horas.

Por tudo isso, as águas territoriais do país ficaram desprotegidas, sem qualquer fiscalização. A zona económica exclusiva são-tomense estende-se por cerca de tem cerca de 200 milhas. Uma grande extensão do território nacional rica em pescado e outros recursos, que durante anos mantém-se desprotegida. Espaço fértil para piratas, e para prática do todo tipo de criminalidade como o tráfico de drogas, pesca ilegal, e acções de poluição marinha.

O arquipélago que nunca investiu na protecção das suas fronteiras (mar), tem na terra um exército que não tem conseguido travar o roubo de areia nas praias. Um tenente-coronel na Reserva que pediu anonimato, explicou ao Téla Nón, desde a independência nacional que o país tem beneficiado de ajudas dos países amigos em embarcações para fiscalização da zona económica exclusiva mas sem sucesso.

Segundo o Tenente-coronel, ainda na década de 80 a antiga União Soviética ofertou ao país duas embarcações, a falta de manutenção sentenciou a degradação das mesmas. A Líbia também ofertou duas outras embarcações, pouco tempo depois se transformaram em ferro velho sem que o país pudesse tirar proveito das mesmas. «Não por serem velhas. Mas sim porque não se deu importância as mesmas», frisou o tenente-coronel na reserva, que foi no passado ministro da defesa.

Com a entrega da embarcação Arch Angel, esta quinta feira, a ajuda dos Estados Unidos, situação em 3 embarcações. O novo barco tem capacidade para transportar 24 fuzileiros navais. Atinge uma velocidade máxima de 40 nós por hora. Podendo assim intervir nas águas da ilha do Príncipe, em apenas 2 horas.

A Embarcação nova, custou mais de 1 milhão de dólares. Um donativo que segundo a Ministra da Defesa Nacional, Elsa Pinto, prova a importância da cooperação militar com os Estados Unidos de América, considerado como principal parceiro do país na criação da unidade da guarda costeira. «A cooperação com os estados unidos vem registando crescimento visível, e hoje é marcado com este momento de grande importância, a entrega de um meio de fiscalização e patrulhamento das nossas águas», frisou Elsa Pinto.

O Governo norte-americano, mais concretamente o departamento de defesa que instalou sistemas modernos de radares em 3 regiões de São Tomé e Príncipe, para fiscalizar toda movimentação de embarcações na Zona Económica Exclusiva do arquipélago e na região do Golfo da Guiné, foi convidado pelo executivo são-tomense a cooperar na criação de meios que permitem a guarda costeira abordar as embarcações suspeitas que circulam na região. «Em negociações claras dissemos aos Estados Unidos que não bastava apenas deter alvos, mas que era preciso ir lá, onde as coisas acontecem e efectivamente poder resolver os problemas. A nossa petição foi considerada e hoje dispomos deste meio de patrulhamento e fiscalização das nossas águas» declarou a ministra da defesa nacional.

O governo diz que agora a Guarda Costeira tem que dar provas de competência na fiscalização da Zona Económica e Exclusiva do país, principalmente no combate ao tráfico de drogas, pirataria, e outras ameaças que começam a aumentar nas águas do golfo da Guiné.

A cooperação com os Estados Unidos de América, deve segundo Elsa Pinto intensificar nos próximos tempos através da formação dos militares guarda costeira. Proposta ta defendida também pela embaixadora norte americana Eunice Reddick, qure realçou as várias acções de formação realizadas pela marinha norte americana em São Tomé e Príncipe numa parceria com as forças armadas de vários países africanos.

O Comandante do Exército, o Tenente-coronel Idalécio Pachire, que ainda comanda também a Guarda Costeira, considerou que face as novas formas de ameaça a paz que o mundo enfrenta, nomeadamente o terrorismo, a pirataria, trafico de seres humanos e outras, os Estados Unidos são considerados como parceiros privilegiados de São Tomé e Príncipe. «É neste contexto que os Estados Unidos de América são um parceiro privilegiado para connosco trilhar o caminho que nos conduzirá ao futuro que todos almejamos», precisou o Tenente-coronel de Artilharia.

Prova de que as forças armadas são-tomenses têm sede dos ensinamentos norte americanos, a Ministra da Defesa Nacional, desafiou o governo americano, através da embaixadora Eunice Reddick, a realizar no país, uma das sessões do Centro de Estudos Estratégicos Norte Americano. «Gostaria de lançar o desafio para recebermos um brilhante espaço, uma catedral, onde se partilha conhecimentos científicos e técnicos sobre a componente da defesa e segurança no mundo. São Tomé e Príncipe, será um dos países que será eleito para albergar esta catedral do saber», concluiu.

Estados Unidos de América, na linha da frente no processo de construção e consolidação da Unidade da Guarda Costeira são-tomense.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Manuel Jorge

    9 de Julho de 2010 at 16:02

    «Gostaria de lançar o desafio para recebermos um brilhante espaço, uma catedral,…..» A ministra quiz dizer: preperem-se que a base naval é o próximo passo.

  2. cesarjesus

    9 de Julho de 2010 at 16:43

    Espero que desta vez possamos tirar exemplos dos anteriores barcos ofertados pela Uniao Sovietica e a Libia…temos que aprender a valorizar os bens donados, para isso sao necessarios formacoes de quadros, para uma manutencao constantes deste equipamento que dificilmente comprariamos com os nossos proprios meios…vejamos o caso do navio PRINCIPE que durou menos k um ano apos a sua compra e que custou uma fortuna ao Pais!!!
    Temos no exercito homens competentes, mas nao basta ser competentes, e preciso formacao e acompanhamento constante durantes os primeiros meses do uso, pois trata-se de equipamento de tecnologia de ponta!
    Esperemos k a nossa costa apartir de agora seja protegida dos contrabandistas!!!

    Forca povo STP…

  3. "Nós por cá e a nossa maneira"

    9 de Julho de 2010 at 18:28

    …..só espero que num dia ventoso o referido barco não vá aparecer do nada nas água territoriais de Nigeria………

  4. Hiláro Veloso

    9 de Julho de 2010 at 21:09

    Apenas para fazer uma correcçao. Não se diz nós por hora, mas sim, só nós, porque nós quer dizer milha nautica por hora.

  5. jaka doxi

    10 de Julho de 2010 at 9:15

    SÓ ESPERO QUE ESTA CANÔA NÃO SEJA IGUAL AO FALSO NÁVIO PRÍNCIPE.
    JÁ AGORA… ALGUÉM SABE ONDE PARA OS DOIS BARCOS DESPORTIVOS QUE VIERAM DENTRO DO FALSO NÁVIO PRÍNCIPE?
    ALGUEM DISSE-ME QUE UM DESSES BARCOS DESPORTIVO PERTENCE AO MINISTRO BENJAMIM VERA CRUZ.O TAL QUE TÉM UMA CASA NO CAMPO DE MILHO EQUIPADO COM UM GINÁSIO NO SEU INTERIOR E AS JANELAS TODAS EM VIDROS DUPLOS.
    POR ACASO FOI O MESMO QUE NEGOCIOU A COMPRA DO FALSO BARCO PRÍNCIPE.
    AGUARDO RESPOSTA.
    FUI!!!

  6. luisó

    30 de Julho de 2010 at 10:37

    o problema da guarda costeira de STP é igual ao problema do exército e do País.
    Podem receber os meios mais modernos e de que no momento necessitam.
    mas o problema é a manutenção e o uso das coisas. se alguém por querer ou sem querer parte um vidro ou um aparelho o culpado nunca vai ser encontrado e a coisa vai continuar danificada porque não há como reparar e aos poucos e poucos destroi-se tudo. assim como a manutenção é preciso trocar óleos e filtros limpar máquinas, limpar o fundo etc mas ninguém faz. falta de vontade ou atitude ? não sei.
    por vezes coisas deixam de trabalhar e toda a gente diz está avariado, mas ninguém percebe o porquê nem quer saber.
    a guarda costeira tem um gerador que os americanos deram e mesmo a faltar a energia constantemente não o ligam. Porquê? é simples quem paga o gasóleo ?
    o problema é este: falta de liquidez para as despesas diárias e constantes.
    eu vi os unimogs que os tugas deram há dez anos; já só existem dois no quartel e admiro-me como ainda andam pois não têm tablier nem manómetros, só pedais e volante. para onde foram as peças? e então onde estão os outros ? foram dados ás roças disseram-me. ás roças viaturas militares ?
    depois em passeio pela cidade e nas principais vias encontrei sem querer um encostado ao pé do estádio e de um estúdio de som e um outro na rua do quilombo em frente a um oficina de arranjar furos de pneus. estiveram parados lá nos seus sitios meses e meses e quando vim embora lá continuaram. mas então ninguém vê isto ? não são vioaturas das forças armadas ?
    assim é em S. tomé….

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