Política

Conselho de ministros aprovou algumas acções urgentes para a ilha do Príncipe e protelou outras para 2012

A primeira reunião do Conselho de Ministros realizada na ilha do Príncipe, prometeu mais energia eléctrica para a região autónoma. A partir de Junho próximo a população do Príncipe terá acesso a 18 horas de energia por dia.

A questão energética que provocou alguma agitação no Príncipe, no mês passado, encontrou luz após reunião do Conselho de Ministros na cidade de Santo António. A população da ilha vai ter 18 horas de energia por dia, a partir de Junho próximo. O Governo prometeu aumentar o fornecimento de combustíveis para o gerador regional.

Por outro lado foi projectada a construção de uma barragem hidroeléctrica na região autónoma. O valor da obra não foi revelado, nem tão pouco anunciada a data para o início dos trabalhos.

Noutro capítulo, o Governo orientou o Ministro da Justiça para concertar posições com os Tribunais e o Ministério Público, no sentido de garantir a presença de magistrados judiciais na região autónoma, ou seja a fixação de tais operadores judiciais na ilha. Ao mesmo tempo, pediu ao ministro da Justiça para trabalhar no sentido de construir uma cela na região para que os reclusos do Príncipe possam ficar na sua terra natal.

Note-se que Príncipe não tem um estabelecimento prisional. Os reclusos cumprem a pena na cadeia central em São Tomé.

O acordo de investimento assinado entre o Governo Regional e a Sociedade HBB – Vida Boa Limitada, composta por empresários sul-africano e holandês, envolvendo mais de 100 milhões de euros, mereceu atenção do conselho de ministros. O governo diz que reconhece o impacto de tais investimentos previstos para a região do Príncipe.

Para avaliar as implicações do acordo e adoptar medidas que viabilizem a sua implementação o executivo central, decidiu criar uma comissão constituída pelos ministros das Finanças e da Cooperação Internacional, das Obras Públicas e Recursos Naturais, do Plano e Desenvolvimento, Ministro Secretário-geral do Governo, Presidente do Governo Regional e os Secretários Regionais para Assuntos Financeiros e das Infra-estruturas.

Por outro lado a população de várias localidades do Príncipe, debate-se com a falta de água potável. Para resolver a situação, o conselho de ministros da cidade de Santo António, orientou o ministro das Finanças e Cooperação Internacional, no sentido de deitar mãos no donativo financeiro de Taiwan.

O governo mandou o ministro retirar 70 mil dólares do donativo de Taiwan e transferir o valor para a conta do Governo Regional. Caberá a este último, comprar um tractor e uma cisterna, assim como outros equipamentos, para distribuir água às populações.

O alto nível de degradação das estradas da ilha autónoma, chamou atenção dos executivos Regional e Central. Analisaram a situação das estradas da ilha, e decidiram realizar um estudo para depois incluir tais estradas no Orçamento Geral do Estado para 2012.

No que concerne as obras de reabilitação do aeroporto da ilha, o Governo de Patrice Trovoada, considera que há incumprimento do acordo, uma vez que o concessionário nunca apresentou o projecto de reabilitação da infra-estrutura. Mais ainda, o governo criticou o facto da pista reabilitada permitir concentração de água e crescimento de capim ao longo dela. Por isso decidiu contratar uma equipa internacional para avaliar o estado da obra de reabilitação do aeroporto regional.

Abel Veiga

11 Comments

11 Comments

  1. O Visionario

    23 de Março de 2011 at 13:34

    No quarto Paragrafo sera: ” a FIXAçAO de tais…” em vez de a “afixaçao”. Serao de facto operadores judiciais mas convinha utilizar mesmo Magistrados judicias”. Conferir dicionario portugues.

    Ainda no quarto paragrafo: …construir uma “cadeia/estabelecimento prisional”em vez de: construir uma “cela”na regiao…
    CELA sera uma parte da cadeia/estabelecimento prisional.

    • Tagarela

      24 de Março de 2011 at 10:26

      E Magistrados do Ministério Público não devem fixar residência naquela Ilha? “Operadores judicias” parece-me apropriado. Viva STP!!!

  2. Roberto Carlos

    23 de Março de 2011 at 16:00

    Povo do principe, abrem os olhos.

    Não me convenceu essas decisões.

    Muito fracas e sem princípios de crescimento econmico sustentável. vejamos: 70mil euros para compra de um tractor e uma cisterna. Porque não compra de tubos de canalização de agua incluindo torneiras?

    Custo de oportunidade! Decisões precipitadas e sem qualquer análise de avaliação financeira.

    Pode-se dizer mesmo “campanha baixa”.

    Por favor sejam imaginatórios.

  3. Nikols(ARCVST)

    23 de Março de 2011 at 16:29

    Uma coisa é certa,nós temos que deixar de dar geitos as coisas.Temos todas as condições para instalação de uma central hidroelectrica ou mesmo instalação de uma central electica composta de 2 grupos de marca CATERPILLAR funcionando a base de FUEL OIL 380 ou 180,com uma capacidade de produção a volta de 7-10MW.Para colmatar a problematica da água; ao vez de estarmos a usar tractores e camiões cisternas,temos de pensar mais alem.Pode-se muito bem criar um sistema de captação de água doce trata-la para consumo tendo em conta que o nosso arquipelago é rico de água.

  4. Afinal

    23 de Março de 2011 at 18:38

    “A população da ilha vai ter 18 horas de energia por dia, a partir de Junho próximo. O Governo prometeu aumentar o fornecimento de combustíveis para o gerador regional”, “O governo mandou o ministro retirar 70 mil dólares do donativo de Taiwan e transferir o valor para a conta do Governo Regional. Caberá a este último, comprar um tractor e uma cisterna, assim como outros equipamentos, para distribuir água às populações.”

    Nao obstante que o irmao Roberto Carlos me tenha precedido, mas ainda posso sublinhar estas decisoes do Governo! E’ preciso ter uma visao do futuro, pensar ao longo prazo! Essas decisoes deixam a desejar, porque comprar tractor e cisterna gastando 70 mil dolares, em vez de fazer um projecto de canalizaçao, penso essas deciçoes um pouco emotivas e precipitadas! E’ preciso uma visao de desenvolvimento sustentàvel! Até parece que estas decisoes foram tomadas para a gestao de uma pequena vivenda. Meus senhores, estamos a falar de uma porçao do paìs, uma ilha… Que nao construam uma cela pra os reclusos da Ilha, se nao morreram asfixiados!!! Mais seriedade na governaçao do Paìs! Com Humildade

  5. Takora Mohamed

    24 de Março de 2011 at 9:30

    Caro leitor “Visionario” a expressão indicada no texto esta correcta, pois trata-e de fixar a residencia de alguém e não de o pendurar na parede.

    Estejamos atentos ao português, pois antes de recomendar o dicionário ao editor deverias tê-lo consultado.

    Takora Mohamed

  6. che-guevara

    24 de Março de 2011 at 10:27

    1º- Gostaria de pedir ao gorno do Sr. Patrice o seguinte;Quando queren exibir as vossas peças teatral, para não escolher a cidade de stº. António como palco.
    2º- Quero tb pedir ao presidente do governo regional”Tozé Cass.” para despertar, acho que o senhor anda a dormir ou já ficou igual a eles.
    3º-Fico triste em saber que na ilha de príncipe os buracos nas estradas ainda vão ficar, mais uma vez adiadas, agora para o ano de 2012.
    Cadê o financiamento dado pela união europeia no ano de 2008 salvo erro, para reabilitação das mesmas?
    4º-acho que o dinheiro que se gasta com as deslocações dos tás magistrados judiciais de s.tomé- príncipe-s.tomé, já se construia não uma mas sim duas ou mais celas na região. E quanto a isso, lanço este forte apelo ao T. Cassandra.
    dê mais atenção aos nossos quadros.
    5º- Fico por ai.
    6º-bgd.

  7. Mimi

    24 de Março de 2011 at 12:58

    Muita palha e pouco trigo…

  8. NANDO VAZ (ROÇA AGOSTINHO NETO)

    24 de Março de 2011 at 13:44

    Nenhuma profissão é mais nobre do que a política porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. A actividade política só se justifica se o político tiver espírito republicano, ou seja, se suas acções, além de buscarem a conquista do poder, forem dirigidas para o bem público, que não é fácil definir, mas que é preciso sempre buscar. Um bom público que variará de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas o qual se espera que ele busque com prudência e coragem. E nenhuma profissão é mais importante, porque o político, na sua capacidade de ladrão que destroem instituições roubando decisões da vida do povo, pode ter uma má influência sobre a vida das pessoas maior do que a de qualquer outra profissão.
    A ética da política não pode ser diferente da ética da vida pessoal. E além de observar os princípios gerais, como não matar ou não roubar, o político deve mostrar ao povo que o elegeu sua capacidade de defender o bem comum, e o bem estar de toda a sociedade, sem se preocupar com o simples exercício do poder. Além de não distinguir, de qualquer forma, os demais membros da sociedade, deve ser capaz de mostrar há esses membros que assume a responsabilidade pela consecução deste objectivo. Exerce assim, o que se convencionou chamar da “ética da responsabilidade”. nando vaz

  9. INCOMODADO COM ISTO

    24 de Março de 2011 at 15:06

    Pois é axo que no fundo essas medidas tão repentinas deve-se ao facto do tal acordo que o governo Reginal assinou com o milhionário Sul Africano, incluseve já nomearam gentes de S.Tomé para controlar a coisa(100)

  10. PUMBO

    24 de Março de 2011 at 20:04

    … decisao muito mesquinha. Miseravel… compra-se tractor e depois fica a faltar combustivel, manutencao e pecas para o mesmo. Com 70000 Euros pode-se construir um deposito de betao e comprar algum tubo para canalizacao de agua. E em vez de gastos com combustivel, lubrificantes e etc, compra-se restante material para fazer a agua chegar a populacao. Isso de tractor… ate parece que se trata de negocio privado!…

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