Política

Primeiro Ministro diz que não há dinheiro para satisfazer aumento salarial de 25% para os professores

Segundo Gabriel Costa as finanças públicas só podem suportar aumento na ordem de 10% para os cerca de 2000 professores e educadores. Para além dessa cifra é impossível, frisou. O Primeiro Ministro deixou entender que a greve na educação que já dura 8 dias, tem motivações políticas.

«Não se pode sobre que pretexto for lançar o país a ferro e fogo, estimular reivindicações que vão para além da realidade do país, só porque se está na oposição», declaração do Primeiro Ministro Gabriel Costa, na quarta – feira antes de deixar o país rumo à República do Congo-Brazaville.

O Chefe do Governo vê motivação política e sabotagem nas acções que têm marcado a actualidade no país. «Temos visto e presenciado actos de autêntica sabotagem como é o caso das lâmpadas que são partidas aqui no aeroporto, cabos cortados, para que o aeroporto não fique iluminado. Estão a prejudicar os interesses do povo São-tomense. Isso como forma de provocar situação difícil, para pescar em águas turvas», frisou.

Declarações ligadas à greve geral no sector da educação que já demora 8 dias. O sindicato dos professores e educadores, exige aumento do salário de base na ordem de 25%. O Governo através do Ministro da Educação, já disse que só pode dar 10% de aumento, reflectido no subsídio de docência e não como salário de base.

Num artigo sobre a greve, por lapso o Téla Nón disse que o SIMPRESTEP tinha aceitado a proposta de 10% de aumento apresentada pelo Governo, mas que não concordava que o valor se reflectisse no subsídio de docência. Na entrevista com o líder sindical, este deixou entender que o SIMPRESTEP estava aberto a negociar a proposta do Governo, mas que o valor a negociar nunca deveria ser reflectido como subsídio de docência, mas sim no salário de base.

No entanto o Primeiro Ministro, reforçou a posição do executivo, segundo a qual, não é possível realizar aumento salarial acima dos 10%. «Não foi falta de diálogo da parte do governo. O Governo simplesmente disse que fez, o que estava ao seu alcance de fazer, que é implementar a lei sobre a carreira docente, e propôs um aumento de salário de base até 10%. Ir para além é impossível não é má vontade nós não temos dinheiro para o fazer», declarou Gabriel Costa.

Segundo o Chefe do Governo, ultrapassar a fasquia dos 10%, significa por em causa os compromissos assumidos com o Banco Mundial e o FMI, em termos de correcção macro-económica.  «Só podemos fazer aquilo que as finanças do estado permitem. Estamos esperançados que o bom senso irá imperar», sublinhou Gabriel Costa.

Abel Veiga

25 Comments

25 Comments

  1. Mixídají

    10 de Outubro de 2013 at 11:42

    «Não se pode sobre que pretexto for lançar o país a ferro e fogo, estimular reivindicações que vão para além da realidade do país, só porque se está na oposição». O mesmo sindicato que andou calado durante 2 anos da governação do Patrice Trovoada. Realmente a mão politica partidária e da oposição nessa confusão toda.

  2. Alê Mado

    10 de Outubro de 2013 at 11:54

    Os professores têm que ser firmes… isso que eles recebem não é salário, mas sim brincadeira ….aumento de 25% já!!!!!!!!

    Força Professores!!!!!!!!!!

  3. zeme Almeida

    10 de Outubro de 2013 at 12:14

    Aquele que mata com o ferro tem medo de ser morto pelo proprio ferro.Querem deitar toda a culpa a oposicao por todo mal que está enfermar o País.Quando voces andavam na opsicao, fizeram o mesmo ou pior,agora andam a reclamar?Se a oposicao está por detras disto,ela simplesmente está a fazer o seu papel.Se assumiram a lideranca do que resolvam.Viva RDSTP

  4. Terra

    10 de Outubro de 2013 at 12:19

    Senhor primeiro-ministro tem toda a razão. Onde já se viu uma coisa desta. Quererem um aumento de 35% de salário. Isto é uma brincadeira ou quê? Num país onde não existe dinheiro e anda-se a pedir ajuda internacional para o orçamento do estado. O que é que as pessoas que nos dão dinheiro vão pensar? Sinceramente. Estes professores também estão a abusar já.

    • PARABENS

      10 de Outubro de 2013 at 16:23

      O que é que as pessoas que nos dão dinheiro pensam quando vêem políticos com carros topo de gama, grandes e bonitas casas e envolvidos nos escândalos de corrupção ? As pessoas que nos dão dinheiro estão mais interessadas no bem-estar social dos professores do que de uma dúzia de abutres. O problema é que vocês continuam a dar razão, ou seja apoiar, quem vos rouba e não a quem vos educa e forma os homens para o futuro da nação. Sejamos sensatos

    • Male

      12 de Outubro de 2013 at 16:11

      Somente esqueces que mesmo com toda esta pobreza no pais e comsequentemente os professores a ganharem mal , ha pessoas no pais , que ganham um salario 50 vezes mais alto ao deles ,,,,,, Forca Professores

  5. PARABENS

    10 de Outubro de 2013 at 12:20

    Um Primeiro ministro visionario. Sempre a tomar a oposição como bode expiatório. Assim é mais facil resolver os problemas e remeter a culpa no outro. O Sr. vai muito bem

  6. Joao Batepa

    10 de Outubro de 2013 at 12:34

    O Gabriel é fraco.

  7. observador

    10 de Outubro de 2013 at 12:58

    O Primeiro Ministro deve sim, com serenidade resolver os problemas da Nação e não estar permanentemente a encontrar justificações com motivações Politicas…..Se há pessoas ligadas a outros partidos a tentarem sabotar o País, desde que haja prova, a justiça que faça o trabalho….

  8. madalenas

    10 de Outubro de 2013 at 14:27

    Se pode aumentar 10%, porque razão não procedeu a este aumento sem que houvesse greve.
    De duas uma, ou pretendem escravizar os professores, o governo não conhece as disponibilidades financeiras do país.

  9. CEITA

    10 de Outubro de 2013 at 14:49

    não se pode reivindicar neste país, tudo que é reivindicação é cunha politico…, cuidado com desculpa do mau pagador, vejam sempre na oposição como bode expiatório. Tentam resolver problema das pessoas que ganha mal e resolver o problema do povo

  10. João Martins

    10 de Outubro de 2013 at 15:26

    (Ir para além é impossível não é má vontade nós não temos dinheiro para o fazer) diz o primeiro ministro.

    Mas o governo teve dinheiro para as novas promoções no exercito que tanta falta faz o país, sobretudo o valor de cada prado que os oficiais do exercito que nada fazem nem fizeram para bem deste país.

    Agradecia que o sr. primeiro somasse os valores dos prados oferecidos aos oficiais do exercito e fizesse as contas para ver se dá para atender ou não as reivindicações justas dos professores, estes sim são os verdadeiros mártires da pátria.

    • Dias

      10 de Outubro de 2013 at 16:21

      Ir para além é impossível. Mais essa percentagem segundo a SIMPRESTEP o 1º ministro disse-lhe que já estava contemplado no orçamento de 2013. E porquê essa reviravolta toda meus senhores.

    • Pen Drive

      10 de Outubro de 2013 at 17:43

      Adorei,simplesmente!

  11. Alfredo Gentil

    10 de Outubro de 2013 at 16:45

    Do mesmo lado da Canoa – a propósito da greve dos professores
    Os representantes dos professores devem ser justos e actuar com prudência dentro das normas vigentes. É muito perigoso arrastar uma classe, luz da sociedade, para o cadafalso por motivos estritamente políticos ao serviço do ADI.
    O ministro Bom Jesus, ao chegar uma vez mais ao poder, encontrou o ministério armadilhado com minas deixadas pelo seu antecessor o ministro Padre da Educação. Competia a ele como bom gestor, tomar a primeira medida, remover essas ervas daninhas do caminho. E não foi por falta de aviso, vindo de todos os quadrantes. Conclusão manteve a todo o custo essa escumalha e hoje milhares de crianças estão a deriva, a navegar em águas turvas.
    E o ministro Bom Jesus, homem experiente, deixou as esferas de decisão do ministério, na mão de corruptos, figuras altamente emporcalhadas, expulsas de outros ministérios. E são estes senhores, comprometidos em implementar o famigerado caos, que o ministro Bom Jesus delega poderes para estarem à frente das negociações.
    Ninguém mais acredita num ministro que convive com elementos que toda a gente sabe serem activistas convictos do ADI. O resultado está a vista. As negociações são um completo engodo, uma farsa. Ora vejamos: de um lado estão os cabecilhas do Sindicato – Gastão Fereira e Diosdado Vicente, que são membros do ADI e pelo MEC, estão Alexandre, Amandio Gama e Ifegénio, homens de confiança do ADI, plantados no MEC, pelo então ministro Padre. Estes senhores andam de escola em escola a amedrontar os professores. Resultado manter a greve por tempo indeterminado. E o ministro Bom Jesus acredita na conversa deles. Perguntamos: Aonde estão os assessores do Ministro?
    Durante o mandato do PT, esses senhores fizeram alguma reivindicação por mais pequena que fosse? Nunca.
    O Governo, aceitou dar um primeiro passo na implementação faseada da carreira docente e ainda actualizar o subsídio de docência de 35 para 45% do salário de base a partir de Agosto deste ano. A partir de aí, procederá ao aumento dos salários para a classe, em Janeiro de 2014 em 10%, e estabelecimento da aposentação dos docentes com salário de base, a partir de Agosto de 2013 e a mudança de categoria dos docentes com mais de cinco anos de experiência profissional, em 2014.
    O que fez o Sindicato, contínua irredutível, persistindo em manter a greve, não obstante saber que as crianças são as mais prejudicadas.
    O ministro Bom Jesus navega a sua última viagem neste ministério, porque ninguém se salva com um ninho de cobras dentro da sua própria casa. Entretanto, a decisão da greve está nas mãos dos implementadores do caos, que estão ambos, Patronato e Sindicato no mesmo lado da canoa.

    • SS

      14 de Outubro de 2013 at 14:45

      Não sei quem é este Alfredo Gentil porque nem o conheço e nunca ouvi falar, mas se tens algo contra uma pessoa ou varias delas… meu caro, não embrulha no mesmo saco… é feio mencionar coisas sem fundamento “porque são de partido”, porque é isso que dá… o justiça não funciona por difamação. Vai investigar e depois fala Sr. Gentil… que feio!!! Gente grande, falando a toa.
      Gentilllllll

  12. madalenas

    10 de Outubro de 2013 at 17:42

    A únicas instituições que fazem greve e são finalmente resolvidos e em tempo record, são:
    As Finanças, Aeroporto e os Bancos!
    Vivemos da ajuda externa, Divisas de países doadores, estes valores estão nos bancos comerciais.
    Finanças têm que emitir ordens de desembolso.
    Aeroporto, porta de saída e fuga de dirigente.
    Havendo greve nestes sectores acima referido, com exceção das forças armadas, as coisas se resolvem com um abrir e fechar dos olhos.

  13. Realista

    10 de Outubro de 2013 at 18:39

    Nao ha dinheiro conversa k nem burros acredita so em um mes viagem atraz de viagem tanto do senhor seus auxiliares ate akele k batizaram como Pai grande Mlstp andavam a criticar Patrice Trovoada por nao parar no pais agora Tao fazer pior so neste mes quanto k cofre de financas nao gastou com a deslocacao de ministry de financas, ministro de obra e recurso, presidente da republica finalmente as suas delslocacao deveria ter Mais e vergonha tas num lugar k nao foste eleito pelo povo

  14. Malagueta Quente

    10 de Outubro de 2013 at 18:47

    Verdade seja dita, essa greve tem inegavelmente um cunho politico. Se não sabiam procurem saber quantpo é que Olinto Daio dava mensalmente ao tal Gastão que se diz ser líder do sindicato dos professores.
    Ele e mais uns três ou quatro recebiam regularmente através de um saco azul do ministério da educação.
    Claro que isso é obra do mestre Patrice e que tinha Olinto Daio como seu serviçal para esse efeito e claro está, que Gastão era obrigado a ficar calado. Agora que já não há saco azul, ele decidiu ser um lider de tesão. Lider de tesão porque não sei como é que o Sindicato dos professores vai pagar os professores por eses dias todos de greve e que ficaram parados.
    Outrossim, convém dizer que não nos Estados Unidos nem em parte nenhuma do mundo se vai pedir de uma só vez um aumento salarial de 35% e nem mesmo 25%. Faltou estrategia aos professores.
    Pior de tudo é os da “tribo do gastão” estão a impedir outros professores que querem trabalhar, o que fera a lei da greve.
    Abraços

  15. tela mu

    10 de Outubro de 2013 at 21:13

    Minha gente estao a falar de 25% de dubida salarial? acho justo mas pra tempos que corre nem europa pede essa subida se o país nao tem ; esqueceram que s.tome vive de ajuda externa y o mundo anda en crise; se ate estados unidos nao tem para pagar os funcionarios!!!!! imaginam;europa congelou salario y retirou o subcidio de natal y ferias .ok??!!!!!!!

  16. jorge desalmado

    11 de Outubro de 2013 at 0:11

    Boa João Martins, gostei dessa. Um Bem Haja.

  17. malebobo

    11 de Outubro de 2013 at 7:50

    Gabi, faça o teu trabalho, e deixa de usar a oposição como bode expiatório, procuração solução e resolve os problemas e deixa dessa conversas de fazer boi dormir

  18. Homem do campo

    11 de Outubro de 2013 at 8:06

    É bom que a oposição tenha presente o ditado popular “Tlabé ça lenço nguê que na malé fa ca clagué ni gibela”…

  19. Conceicao

    11 de Outubro de 2013 at 11:42

    Nao ha ferro nao havera aulas ponto final.

  20. Anticorrupção

    14 de Outubro de 2013 at 12:10

    AGUEDÊ Ê! ALÊ! (DESCUBRAM)
    Ola leitores e comentaristas do Tela Non
    Não me resisto a tentação e assim não posso deixar de fazer uma crítica em relação ao comentário feito pelo senhor Alfredo gentil relativamente ao artigo sobre a greve dos professores.
    O SENHOR ALFREDO GENTIL Parece muito preocupado com a atitude tomada pelo SINPRESTEP. Culpa o ADI como mandante da greve.
    O senhor Alfredo esperava por uma tomada de decisão do ministro no sentido de expurgar precisamente os senhores Amândio, Ifigénio e Alexandre que por sinal fizeram parte de uma equipa do Ministério da Educação no terreno que segundo ele com a missão de amedrontar os professores.
    Qual seria o interesse do senhor Alfredo nessa expurga? Esperava ocupar um desses lugares? Parece bem que sim!
    A dado passo do seu comentário, o senhor Alfredo diz que não foi por falta de aviso. Só pode ser ele alguém que tenha avisado o ministro sobre a necessidade de saída dessas pessoas. Quem será esse senhor Alfredo? O ministro deve ter uma ideia! Ou quase a certeza!
    Que estratégia? Acusando de corruptos estará a iniciar uma luta contra essas pessoas para no futuro ter caminho livre.
    Está revoltado com o ministro ao ponto de visá-lo. É autêntica instrumentalização apelando com subtileza a um juízo político por parte do partido do Jorge de Bom Jesus.
    Por que motivo a pessoa não se lembrou de mais um elemento do grupo do ministério? Estranho, não? Grande esquecimento!
    Como se pode estar contra os dois lados de uma canoa? Não parece ser uma pessoa que já pertenceu a um dos lados da canoa e que por algum motivo deixou de estar?
    A pessoa está muito bem informada. Tem dados bastantes sobre aspectos ligados a greve a ao estatuto da carreira docente.
    Ora ataca o ministro ora persiste em atacar o sindicato e finalmente coloca ambos do mesmo lado da canoa.

    A conclusão a que se pode chegar é que a pessoa reservou o outro lado da canoa para si.

    TRATA-SE POIS DE UM REVOLTADO. QUEM SERÁ ESSE ALFREDO?

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