Política

“MT Duzgit Integrity” deixou São Tomé rumo a Istambul é o fim da novela dos barcos do contrabando

“MT Duzgit Integrity”, propriedade de um empresário turco de Istambul, registado em Malta, é o último barco implicado em operações ilegais, a deixar o país. Zarpou após negociações em que o proprietário para além de pagar multas e taxas, pediu desculpas ao Estado são-tomense.

Em Outubro último o Estado são-tomense se apropriou das mais de 8 mil toneladas de combustíveis que estavam no petroleiro “MT Duzgit Integrity”. A opção do Estado são-tomense satisfez a uma das decisões do Tribunal.

O Téla Nón apurou que o Estado são-tomense terá encaixado mais de 3 milhões de dólares com a venda do combustível que não tinha certificado de origem.

Após a operação de trasfega do combustível, o Governo através do Primeiro ministro Gabriel Costa, anunciou que o seu governo iria convidar o proprietário do navio para negociar a sua devolução.

Assim aconteceu, no último sábado 23 de Novembro a empresa maltesa DS Tanker Limited, que tem o registo da embarcação, assinou acordo com o Estado são-tomense com vista a libertação da mesma.

O Téla Nón apurou que no acordo assinado, a empresa maltesa e o proprietário do navio, se comprometeram em nunca intentar qualquer queixa judicial contra o Estado são-tomense, ou seus representantes, em tribunais nacionais ou internacionais.

Sabe o Téla Nón que no acordo a empresa DS Tanker Limited, o proprietário do Navio e os operadores técnicos do navio, reconhecem que operavam ilegalmente nas águas nacionais, e pediram desculpas ao Estado são-tomense.

Apresentaram o pedido de desculpas, e enalteceram a guarda costeira assim como as demais autoridades competentes, pela solução amigável a que se chegou.

Antes de o navio deixar São Tomé, o seu proprietário pagou multas e taxas ao Instituto Marítimo e Portuário na ordem de 28 mil euros. Outras coimas foram pagas ao Estado são-tomense, o que segundo apurou o Téla Nón, fez elevar o valor total muito acima de 28 mil euros.

“MT Duzgit Integrity”, deixou as águas nacionais por volta das 21 horas da última segunda – feira.

Merida Melissa outra embarcação que foi capturada junto com “MT Duzgit Integrity”, em Março passado pela guarda costeira, foi a primeira a zarpar. Aconteceu em Outubro último, após negociações entre o proprietário e o Estado são-tomense. O proprietário de Merida Melissa, também pediu desculpas ao Estado são-tomense, e assumiu o compromisso de não intentar qualquer queixa crime, e retirar qualquer acção judicial que estava em curso contra o Estado são-tomense, antes da assinatura do acordo.

Merida Melissa registado nas Ilhas Marshal, pagou taxas e multas superiores a 28 mil euros.

Com os proprietários dos navios satisfeitos em relação aos acordos que conseguiram com o Estado são-tomense, e que permitiram recuperação dos seus patrimónios, só a empresa STENA OIL fic em campo de batalha com o Estado são-tomense.

STENA OIL, foi a empresa que fretou as embarcações para fazer tais operações de transbordo de combustíveis. Até Outubro último a Stena somava prejuízos na ordem de 6 milhões de dólares, por causa da detenção dos dois navios nas águas nacionais.

Em Março quando foram capturados pela guarda costeira Marida Melissa se preparava para se abastecer com o combustível que se encontrava no “MT Duzgit Integrity”.

Termina assim a presença na baía de Ana Chaves, dos dois barcos que foram capturados em Março passado pela guarda Costeira.

Abel Veiga

23 Comments

23 Comments

  1. Caçô múmu.

    27 de Novembro de 2013 at 7:50

    Parabéns a existência de dálogo como forma de solução para PAZ em STP. Sigdá na Priáma.

    • Juka Valentim

      27 de Novembro de 2013 at 16:16

      Excelente desfecho. Parabéns ao Governo e ao seu chefe.

  2. César Alexandre

    27 de Novembro de 2013 at 8:57

    Tudo isso tem que ser esclarecido. Os deputados devem pedir ao Governo explicações sobre todo esse processo, quanto é que o país ganhou o que é que esteve em causa, em vez de andarem aí com esquemas, só esquemas.

  3. Maria Abrantes

    27 de Novembro de 2013 at 9:03

    Mais um sinal claro de maturidade e competência dada por este governo. 3.000.000 de dólares por uma carga sem certificado de origem (contrabando) foi muito bom. Por isso é que os senhores deputados do ADI nunca mais falaram sobre o assunto. Já devem estar na posse de todos os documentos e viram que foi tudo feito com transparência. Mas infelizmente haverá compatriotas que não estarão contentes com esse final feliz. Porque será? Quero ouvir o senhor Abilio Neto e a Corja toda da RDPáfrica. Engolem mais essa.

    • Zeze

      27 de Novembro de 2013 at 10:23

      Mais um exemplo, após o desfecho deste caso, do descalabro comunicacional e político, em que caiu o ADI. É triste ver um partido que deixou recentemente o governo transformar-se num bando de desorientados sem qualquer agenda política que sirva os interesses do país e do povo.
      Quem ouviu o senhor Abílio Bragança Neto, militante e representante do ADI na R.D.P.-África dizer que o país cometeu um grande crime com o aprisionamento destes navios, que o país tem que pedir desculpas aos donos dos navios, que era uma vergonha o presidente da república e o primeiro-ministro correrem o risco de ser julgados num tribunal internacional, etc., pensava que este senhor estava louco ou, pelo contrário, que ele estava a prestar um serviço a estes donos dos barcos e empresas estrangeiras.
      Nunca pensei que a falta de caráter fizesse com que as pessoas pudessem atingir estes limites. Depois de ter dito tantas asneiras nos comentários políticos q

    • Diogo Vaz

      27 de Novembro de 2013 at 10:40

      Depois do senhor Abílio Neto tem dito tantas baboseiras sobre esta caso nos seus paranoicos comentários políticos seria bom que ele parasse para pensar nestes disparates que ele anda a dizer que não o dignifica nem dignifica o país. É tudo muito triste e mau. Que raio de comentador ou analista é este senhor?

    • homem honesto

      27 de Novembro de 2013 at 11:23

      Srª. Maria, todo esse blá blá o valor mencionado pelo telanon acima não foi creditado ainda na conta do tesouro público (Finanças.
      Aonde anda o dinheiro?
      O povo precisa saber.

    • febronio

      28 de Novembro de 2013 at 15:42

      esta conversa é pra boi durme esta sobre tutela de governo mas 6 milhoes não 3 milhoes como dizem fonte segura ja tem massa pra campanha pena são os militares da Guarda Costeira que trabalharam arduamente dia e noite e coreu risco de vida na operação de tranferencia de combustivel sei que a lei os conferre uma parte deste dinheiro mas como militar não faz creve não a como revendica com um salario pessimo mas tenho fé que um dia eles vão fazer sentir os valores delles bem aja Guarda Costeira bom trabalho mesmo que não foi reconhecido sei que foram louvado mas louvor não põe cumida na messa pra vossos filhos…

  4. Jaca doxi

    27 de Novembro de 2013 at 10:04

    Com muita inteligência o nosso Estado soube sair desta situação airosamente e, mais do que nunca, ficou demonstrado que algumas pessoas, que se dizem patriotas e gostar do povo pequeno, ficaram retratadas porque foram muitas as acusações, injurias, insultos, desprezo, etc., ao Presidente da República, Primeiro-ministro e Juízes, que se viram e se ouviram serem propaladas por aquelas bocas “espertas” na matéria.
    Gostaria, depois disso, que essas mesmas pessoas tivessem a coragem de vir aqui, neste mesmo espaço que usaram para denegrir, pedir desculpas pelo mal que fizeram, com as suas declarações, ao Estado são-tomense.

  5. armando

    27 de Novembro de 2013 at 10:06

    Um trabalho bem feito. Parabens ao governo de Gabriel Costa.

  6. védé

    27 de Novembro de 2013 at 10:34

    Ok. Vendeu-se os combustíveis. ..E o barco? Lhes foi doado? Vendido? Sim, porque se foram declarados perdidos a favor do estado é nosso património e não apenas a carga. Pode o Estado oferecer o nosso património assim, sem mais nem menos?
    Se o Estado doa o navio, quer dizer que não reconhece a decisão do tribunal que o declarou perdido a favor do Estado. deste modo e nessa linha de raciocínio, não podia vender os combustíveis que estavam no seu interior. Muito estranho!!! Enfim!

  7. Trinta Mil

    27 de Novembro de 2013 at 10:54

    Se é assim que consideram negocio transparente, de que transparência se fala? Um produto de 8 milhões o ESTADO, arrecada apenas 3 milhões!! Como não custou, se calhar fica bem assim. Aonde foram parar os MILHOES?

    Fonte contactada pelo Téla Nón, no cais de Ana Chaves garantiu que estava em curso o processo de transbordo dos mais de 8 mil toneladas de combustível do navio “Duzigit Integrity” para a outra embarcação que veio buscar a mercadoria por ordem do Estado são-tomense. A Stena Oil diz que a quantidade de combustível armazenado no navio capturado pela guarda costeira, está avaliada em 7,5 milhões de dólares. TRANSPARENCIA.

    • Cinco

      27 de Novembro de 2013 at 11:47

      Sinceramente que eu quando ouvi o Abílio Neto a falar disto na rádio fiquei convencida que o país estava a cometer um grande crime. Tudo isto é só politica. Toda a gente quer tirar dividendos de casos para os seus objetivos políticos. Sinceramente que eu acreditei neste senhor Abílio Neto quando ele falou sobre isto na rádio. Agora vejo que era uma grande mentira para denigrir o governo e certas pessoas. Peço desculpas aos governantes por aquilo que disse sobre este caso.
      As pessoas têm que ser responsabilizadas quando falam numa rádio ou televisão. Não basta verem um microfone a frente e começarem a dizer tudo aquilo que lhes apetece.
      O país não pode continuar neste clima de terra queimada em que as pessoas só estão interessadas nos seus partidos políticos e prejudicam a imagem do país por meia dúzia de dólares.

    • Venâncio

      29 de Novembro de 2013 at 10:07

      SENHORA CINCO, gostei do seu comentário e seu pedido de desculpas em relação ao comentário que fez anteriormente sobre esse assunto, isto significa que a senhora tem q estar mais atenta e abrir bem os olhos e a mente para perceber e analizar bem muitas barbaridades que se ouve nesta rádio RDP-África. e Eu fico admirado como é que pessoas acreditam nestas barbaridades meu Deus Céu!!! Uma rádio completamente partidária que até os surdos conseguem ouvir e perceber. Eu como sou suficinetemente Lúcido e com mente aberta nunca acredito em determinadas informações e comentários que são divulgados pela RDP-Africa.

    • Maria Abrantes

      27 de Novembro de 2013 at 12:56

      Sr trinta mil, 7 milhões é o valor da carga se a carga fosse legal, se tivesse declaração de origem. Como a carga era ilegal (contrabando) sem o certificado de origem, 3 milhões foi um bom preço. Até porque poucas companhias compram cargas sem certificado de origem. foi um bom negocio.

  8. gritodosolhos

    27 de Novembro de 2013 at 12:40

    Brincadeira, passamos de 8 000 000 USD à 3 000 000. Queremos a publicação no telanon dos comprovativos da venda do combustivel.
    TRANSPARENCIA

  9. Deodato Capela

    27 de Novembro de 2013 at 21:48

    O Rei fazia a guerra, a justiça, a moeda e garantia a livre circulação nas águas territoriais ZEE. Certo? O Estado faz o mesmo. São as funções de soberania. Tudo o resto, por muito importante que seja, e é, não é nuclear. Esperamos cada vez mais transparência nos “negociatas” em que envolvem o estado st.

  10. Jaca doxi

    28 de Novembro de 2013 at 9:40

    Há ainda “patriotas” nossos que lamentam o facto dos referidos navios terem sido apressados nas nossas águas territoriais pelas autoridades. Maldisseram do país, do nosso Estado, riram-se às fartas com a figura dos nossos Governantes e era bom que os interventores mais críticos de toda essa novela, a “República das bananas”, como apelidaram este glorioso recanto que é São Tomé e Príncipe, assumissem de cara levantada, que tudo não passou de uma grande artimanha para enganar, uma vez mais, o povo ignorante.
    O Estado São-tomense saiu de cabeça erguida na montagem de toda esta palhaçada, mais marcada por frustração política do que uma atividade política séria e convincente. Sejamos limpos! “Nancê cugí”???

  11. Mina Malé

    28 de Novembro de 2013 at 11:24

    Bom negócio srª Mari Abrantes???? Uma vergonha!! Só pode indiciar uma coisa :Corrupção!!

  12. Trinta Mil

    28 de Novembro de 2013 at 11:37

    Senhora Abrantes. A nossa policia costuma a correr atras de pessoas que compram objetos roubados. Porquê será?
    Os chamados recetores de roubo.
    MAs é assim em todas as paragens? Se fosse Cocaína? Outra droga?
    As formas de destruição, como seriam? Venda aos desbarato, por causa de certificado de origem, grau de pureza. Temos Bloco 1, podíamos dizer que é nossa Produção? Foi publicitado a venda, Leilão quem da mais! Não lhe passa pela cabeça uma certa atrapalhação neste escuro negocio, de ambas partes?

  13. Trinta Mil

    28 de Novembro de 2013 at 11:41

    Mais uma questão de conceito, meditem sobre:
    Valor, Preço, Receita e proveitos.
    Não são a mesma coisa, por isso estamos nesta.

  14. Filho de Deus

    28 de Novembro de 2013 at 15:33

    Muito boa trde gente…
    Oque quero apenas chamar atenção é que pudessimos de uma vez por toda abrir os olhos gente, pensem, pensem bem no próximo ano nas eleições devemos votar na nossa coinciência e votar naquele que na verdade consiga promover o bem de todos nós os santomenses.
    Abrem os olhos gente por favor por favor, por favor….

  15. Nilton Almeida

    29 de Novembro de 2013 at 19:40

    BUDU SÉ SA NANDGI

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