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Estado tenta virar as forças armadas para o mar

As forças armadas de São Tomé e Príncipe, que celebraram 39 anos de existência no dia 6 de Setembro, deverão ser redimensionadas e apetrechadas para responderam com eficácia as ameaças, nomeadamente a pirataria marítima.

O país que tem 1001 quilómetros de espaço terrestre e o espaço marítimo 160 vezes maior, nasceu de costas viradas para o mar, e as suas forças armadas, também nasceram com rosto para a terra coberta de floresta densa.

Por isso, criou um exército e se esqueceu durante 39 anos de instituir uma força capaz de defender o espaço territorial mais extenso, e onde deverá ter as riquezas mais sonantes, a zona marítima.

Nos últimos anos o país, começou a perceber que as grandes ameaças a sua segurança não estão na terra, mas sim no mar. O aumento da pirataria marítima no Golfo da Guiné, e com o registo de situações preocupantes na própria zona económica exclusiva do arquipélago, foi o sinal de alarme.

A guarda costeira foi criada como um ramo autónomo das forças armadas. O Estado são-tomense, esforça-se lentamente para virar as suas tropas para o mar. «A adequação operacional às novas ameaças nomeadamente no que respeita ao fenómeno da pirataria marítima, no combate ao terrorismo, tráfico de droga, defesa do ambiente e na fiscalização da nossa imensa zona económica exclusiva são componentes essenciais do conceito estratégico de defesa nacional sobre o qual deve assentar todo o quadro legislativo relativo às forças armadas e à sua necessária modernização. Um conceito estratégico de defesa nacional que, tal como já defendi, traduza uma aposta decisiva no mar e nos seus recursos a par de outras missões que nos dias de hoje ultrapassam a esfera militar e que dê resposta aos novos desafios que a evolução da conjuntura internacional coloca é uma questão crucial para definir que forças armadas o país necessita e qual o seu futuro, quer quanto à sua dimensão quer quanto ao seu modelo organizacional», declarou o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Manuel Pinto da Costa.

Uma posição de reforma também partilhada pelas chefias militares. O Brigadeiro Justino Lima, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, também referiu-se às ameaças. O Chefe das Forças Armadas, sabe que elas vêm e estão no mar.

Justino Lima, destacou as acções desenvolvidas nos últimos anos, para fortalecer a defesa marítima do país. A guarda costeira recebeu equipamentos, e os militares do mais novo ramo das forças armadas, tem sido alvo de acções de formação.

O destaque vai para a unidade de Fuzileiros Navais, a primeira a ser criada 39 anos depois da institucionalização das forças armadas. A cooperação brasileira, garante a formação e o apetrechamento da primeira unidade de fuzileiros navais. O treino duro, para realizar acções consideradas impossíveis, vai durar 6 meses. Mas oficiais do corpo de fuzileiros navais do Brasil vão continuar a acompanhar a unidade de fuzileiros são-tomenses durante 1 ano.

Na cerimónia de juramento de bandeira de 371 novos soldados que ingressaram nas forças armadas, o Chefe de Estado-maior, apelou os militares a serem isentos e apartidários. O momento político que o país vive, nas vésperas das eleições,  forçou o apelo lançado pelo brigadeiro Justino Lima.

Abel Veiga

 

8 Comments

8 Comments

  1. luisó

    9 de Setembro de 2014 at 12:36

    Finalmente que alguém se pronunciou sobre estes factos.
    Para quem está atento neste fórum eu já o escrevi algumas vezes sobre este assunto e disse qual a minha opinião sobre o que deveria ser as FASTP no futuro, basta reler outros comentários.
    Agora o PR e outros falam sobre isto em palestras mas na altura li muitos comentários contra mas afinal ….
    O futuro deve ser este: extinção do exercito e da policia e a criação de uma guarda nacional ou policia militar que faz as duas coisas: policia em tempo de paz mas com preparação militar para defesa; extinção da guarda presidencial e a criação de uma serviço para segurança reduzido e á escala do País; reforço enorme da componente naval com meios de patrulha modernos e rápidos pois é no mar que pode vir o perigo e o espoliar das riquezas marítimas.
    Em vez de termos 700 homens nisto tudo bastavam 400 ou 500 melhor preparados e equipados e melhor renumerados.
    Mas é uma opinião…

  2. Ilhéu das Rolas

    9 de Setembro de 2014 at 17:38

    Isto não é só para a Defesa Nacional. Todos os sectores de atividade precisariam de uma reforma estrutural mas tendo em conta os objetivos que se quer para o país. Porquê que os partidos políticos não estudam estas coisas antes de eleições para quando chegarem eventualmente ao governo poderem por em prática? Só estão interessados no banho para ganharem eleições e depois não fazerem nada quando forem para o governo ou fazerem as coisas mal feitas e a pressa. Admite-se que um líder partidário da oposição esteja quase 3 anos fora do país e só regressa para se candidatar de novo? O que é que este senhor pide fazer para o país se ele só está interessado no poder pelo poder? É com estas brincadeiras que o país vai-se perdendo.

  3. arelitex

    9 de Setembro de 2014 at 18:08

    tanto para as forças armadas , como outros assuntos no país . já se sabe que temos que filtrar os comentários válidos e escolhe-los pormonorizadamente e saber compreende-los . mas as melhores ideias , e os melhores conselheiros para o acertado desenvolvimento do país , estão aqui no fórum . este fórum bem filtrado é uma boa conduta para todos os políticos de STP . para entenderem se estão no caminho certo ou errado . e ao mesmo tempo aprenderem a governar este país . em relação a este assunto das forças armadas ,para bem do país ,as altas patentes militares seguiram as ideias válidas deste fórum . estão no caminho correcto . eu próprio já nâo conseguia compreender outra situação . mas atenção o nosso aeroporto funciona quase como uma fronteira terrestre . as forças militares têm que ter um dois pelotões de elite preparados para a violência para actuar a qualquer momento no aeroporto . em caso de terrorismo ou outro assunto grave qualquer . e sempre vigilância militar no aeroporto .

  4. servo de Déus

    10 de Setembro de 2014 at 8:30

    Eu diria que no meu parecer, é que a FASTP tinha que descentralizar muito mas de forma a conseguir dar respostas a nossos pontos mas focas que serviria de entrada para os mal intencionados,

  5. souba

    10 de Setembro de 2014 at 9:30

    so tenho a agradecer o chefe supremo das fastp e o ministro da defesa tambem força e corragem aos novos soldados para que estes viçios e negócios escuros sejam combatidos no nosso golfo da guine

  6. San Tchinguiny

    11 de Setembro de 2014 at 8:21

    Depois de 39 anos,finalmente se fez uma Grande descoberta!Antes tarde do q nunca!Quero, pela experiência acumulada assegurar a todos q se houver uma politica acertada virada para proteção e exploração sustentavel dos recursos ( são Imensos) marinhos, acredito q se resolve o problema de S.Tomé e Principe em mto pouco tempo. Pela importancia de q o mar se reveste para STP, acho q se devia ter um Ministerio do Mar q pudesse congregar todas todos os sectores q operam na area,incuindo os das pescas, Guardas fronteiras, Capitanias e outros. Para terem uma dimensão do q digo, eis apenas um dos varios exemplos q podia dar: ANUALMENTE ATRAVESSAM O ATLANTICO DE LÉS À LÉS CERCA DE 15 MIL NAVIOS DE GRANDE PORTE.STP ESTÁ NO MEIO DO ATLANTICO. SE TIVESSEMOS CONDIÇÕES (PORTUARIAS) PARA DAR ASSISTENCIA À PELO MENOS 500 DOS 15 MIL NAVIOS,IMAGINAM QTO É Q PODIAMOS ARRECADAR EM TERMOS FINANCEIROS? QTOS POSTOS DE SERVIÇOS CRIARIAMOS? QTO DEVIAMOS PRODUZIR PARA ABASTECER ESSES NAVIOS?…. SE QUISEREM EXEMPLOS MAIS SIMPLES ESTAREI A VOSSA INTEIRA DISPOSIÇÃO.

  7. nonoo

    11 de Setembro de 2014 at 11:57

    não sabemos aonde esta inimigo se esta fora ou dentro de país, comoestas é melhor q ñ ter

  8. nonoo

    11 de Setembro de 2014 at 12:00

    não sabemos aonde esta inimigo se esta fora ou dentro de país, comoestas é melhor q ñ ter temos q ter farso armada e policia ñ pode trena alguem para guera e depoius pois se seguransa

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