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Marrocos – Fórum de Segurança e luta contra o terrorismo

O Reino de Marrocos, está confiante no seu sistema de segurança, e acredita que nada perturbará a realização no país de 7 a 18 de Novembro próximo da vigésima segunda conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre s Mudanças Climáticas.

Garantia dada aos jornalistas africanos na sede da Direcção Geral de Segurança Nacional marroquina.

Abdelhak EL KHAYAM(na foto – no centro), director do serviço de segurança e inteligência de Marrocos, foi o principal orador no encontro com a imprensa, em que detalhou vários aspectos ligados a segurança interna e o trabalho desenvolvido pelo serviço de inteligência.

No edifício fortificado da Direcção Geral da Segurança Nacional, e guardado por forças especiais de intervenção anti- terrorismo, a imprensa africana foi informada sobre as medidas adoptadas pelo Reino de Marrocos, para combater o extremismo religioso.

chefe-de-inteligenciaTendo em atenção o respeito pelos direitos humanos, o Reino Marroquino, decidiu pôr em marcha uma estratégia para eliminar os aspectos que alimentam as ideologias extremistas, nomeadamente a precaridade e a exclusão social. Por via legislativa os espaços de culto, foram reestruturados adoptando uma filosofia de promoção do islão autêntico e tolerante.

Segundo Abdelhak EL KHAYAM, a lei anti-terrorismo foi promulgada no ano 2003. A reforma religiosa, permitiu cultivar a tolerância no seio das mesquitas (casa de oração do Islão), e eliminou os discursos extremistas. Um processo de reforma que abrangeu outros países africanos onde a religião islâmica é dominante, nomeadamente o Mali, Costa do Marfim, e Chade. Países que segundo o Chefe do Serviço de Inteligência marroquina, enviaram os chefes religiosos(Ímans) para formação em Marrocos.

A política do reino para eliminar as manifestações extremistas do islão, provocou o encerramento de 58 mesquitas «de tendência anárquica a partir de 2003. Mesquitas que baseavam a sua mensagem religiosa em ódio», explicou Abdelhak EL KHAYAM.

A luta de Marrocos contra as raízes do islamismo extremista estendeu-se até as escolas. A partir de 2016, foi introduzido no sistema de ensino, disciplinas que promovem valores do islão autêntico, ou seja, tolerante e moderado.

jornalistasAs acções do Reino de Marrocos, para garantir a segurança do país, face a vaga de terror que sacode o mundo actualmente, começaram a ser implementadas no ano 2002. «Marrocos tem um islamismo tolerante, não cultivamos o ódio. Agimos de forma preventiva. Fruto do que aconteceu a partir de 2003», declarou o Chefe dos Serviços Secretos Marroquinos.

Na reunião com a imprensa africana, Abdelhak EL KHAYAM, explicou que as ameaças terroristas começaram a ser preocupantes no país a partir do ano 2002. O reino foi sacudido por atentados terroristas que ceifaram dezenas de vidas humanas.

Deu o exemplo do que aconteceu no dia 16 Maio do ano 2003 na cidade de Casablanca, em que um grupo de terroristas cometeu 6 atentados em simultâneo, tendo causado 28 vítimas mortais. A seguir ao atentado os serviços de inteligência descobriram outras células terroristas, que estavam a preparar outras acções bombistas.

Dos cerca de 36 atentados terroristas que o país conheceu, o chefe da inteligência, mostrou também fotografias do atentado de Marraquexe em 21 de Abril do ano 2011 que causou 17 mortos. Um terrorista que se fez explodir, justificou em vídeo que a sua acção era uma represália contra as medidas anti-islão que estavam a ser implementadas em França.

Os serviços de inteligência de Marrocos, já desmantelaram 300 acções terroristas que estavam a ser planeadas. Internamente 160 grupos terroristas foram desmantelados.

atentadoA imprensa africana que visita Marrocos no quadro da COP22, procurou ter mais detalhes sobre a questão candente do terrorismo que abala o mundo. As redes sociais são uma das vias de recrutamento de homens e mulheres para as fileiras do terror. «Já desmantelamos mais de 30 células terroristas que foram recrutadas e treinadas através da internet», sublinhou.

A segurança para realização em Novembro na cidade de Marraquexe da conferência mundial sobre as mudanças climáticas (COP22), está garantida. «Marrocos até agora já abortou vários actos terroristas, fruto da sua acção pró-activa. Esperamos que será sempre assim. Podemos dizer que temos uma segurança segura. Não se pode preocupar com isso, porque os serviços de segurança estão atentos e fazem o seu trabalho», pontuou Abdelhak EL KHAYAM.

A Direcção Geral de Segurança Nacional de Marrocos, partilha informações sobre as movimentações de alegados terroristas ou grupos de terror, com as forças de segurança de todos os países africanos e do mundo.

A par das mudanças climáticas o terrorismo é outra grande ameaça para vida e o progresso do homem na terra.

Abel Veiga – Rabat / Marrocos

7 Comments

7 Comments

  1. o Investidor

    8 de Setembro de 2016 at 21:24

    São Tomé é uma terra de miséria!
    Não por falta de recursos, mas culpa de mentalidades instituídas e institucionalizadas.
    Se vierem aqui a São Tomé daqui a 500 anos, estará tudo igual…
    Menos a dependência do exterior para alimentar o Orçamento Geral do Estado, que passará de 90% para 95% ou 97 %.
    País mendigo…
    Gente que vive não do trabalho mas apenas de expedientes e artimanhas…
    Investidores FUJAM ENQUANTO PUDEREM…

    • ANCA

      9 de Setembro de 2016 at 7:24

      Lembra-te

      Incluindo a tua mentalidade.

      “Gente que vive não do trabalho mas apenas de expedientes e artimanhas…”

      Incluindo tu.

      Pois que também és filho e producto da terra.

      Ou pensas que és a pescadinha de rabo de fora?

      Ao invés que falarmos mal, trabalhemos e apresentemos soluções, ideias, se tem pouca estuda, investiga, pergunta, partilha.

      Se se queres ver o País o Território, a População, a Administração bem

      Acredita

      Juntos somos capaz

      Juntos somos mais fortes

      Acredita em ti

      Pratiquemos o bem

      Pois o bem

      Fica-nos bem

      Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    • Felixbeto

      9 de Setembro de 2016 at 12:24

      Vc tambem tem que pensar… Umo dos mayores problemas da humanidades sao as monarquías totalitarias e o perialismo que financiam guerras e terrorismos de Estadp, como Marrocos.

  2. luisó

    10 de Setembro de 2016 at 23:02

    Cheguei hoje da grota.
    Centenas de taxis a cair de podre e sem clientes, tirando as horas de ponto da manhã e da tarde, milhares de motoqueiros que por não querem trabalhar vão guiar motas, a maior parte deles sem carta de condução, sem regras de trânsito, mal educados, no fura-fura todo o dia.
    Centenas de cambistas pelas ruas que quase chocam uns com os outros inclusivé á porta dos bancos sem problemas.
    Lixo por toda a zona central e em 15 dias só vi ontem á noite algumas carrinhas a apanhar o lixo de alguns contentores. Dezenas de cães vadios em matilha que lutam entre si para apanhar o melhor lugar no contentor. A gravana chegou e as águas da chuva misturam-se com o lixo na zona central emitindo um cheiro nauseabundo impossível de respirar.As palaiês no mercado gritam para tentar vender mas são mais estas que os clientes. No mercado do coco-coco é quase impossível lá entrar por estarem os corredores todos ocupados com vendedores que não têm lugar lá dentro. Há água da chuva no chão misturada com legumes e outras coisas não identificáveis. Olhando para o tecto e paredes parece que vai cair a qualquer altura.
    Nas ruas e estradas continuam a circular carros e motos sem luzes ou só com uma ligada, e é normal verem-se carros e motos com luzes azuis, amarelas e até vermelhas. A nova moda são as motas com luzes de natal por todo o lado e com duas colunas de som e com música para entreter os clientes nas viagens.
    Os registos estão sempre cheios de gente a lutar para chegar á frente.
    Os condutores param ou estacionam em qualquer lado por motivos diferentes e ás vezes no meio da faixa de rodagem. As ultrapassagens são verdadeiras tentativas de suicídio e homicídio, conforme os casos.
    Apitar e mandar “bocas” é a toda a hora e sem motivo. Aliás apitar é obrigatório.
    Tirando a praça central há buracos na estrada por todo o lado.
    A cidade já não é a mesma, mais parece Abuja ou Kinshasa.
    Duas coisas que quero realçar: a quantidade notável de viaturas que certamente custam 30 ou 40 mil euros e a bela estrada alcatroada que liga a capital a S. João dos angolares com piso excelente, rails de protecção, sinais e pinturas estradais.
    Assim vai a grota.

    • Éverdade

      15 de Setembro de 2016 at 9:42

      Gostei muito dessas reflecções do Sr. Luisó, sem pensar na politiquice, mas sim falando da realidade do país.

  3. Zé Maria Cardoso

    16 de Setembro de 2016 at 11:06

    Dar ao sr. Luisó o que à ele pertence e a terra o que à ela oferecemos nós, os filhos. Reveja p.f. Tela Non “Fotografia de Santomé, a cidade de Juven”.
    Parabéns!

    • luisó

      18 de Setembro de 2016 at 16:09

      A propósito…
      No dia anterior á minha saída de STP fui meter gasolina no jeep em oque-del-rey e eis que me deparei com Juven sentado ao lado da bomba a fazer companhia ao trabalhador ao mesmo tempo que pedia algo a quem parava para meter combustível.
      Lá estava ele sempre composto e engravatado e com um cartão ao peito que tinha a sua foto e identificação.
      Figura impar…..

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