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Empresa angolana não entregou ao Estado são-tomense viaturas no valor de 243.731 USD

Victor Monteiro antigo director de gabinete do ex-Presidente Pinto da Costa, disponibilizou para o Jornal Téla Nón um conjunto de documentos que suportam a queixa-crime interposta junto ao Ministério Público de São Tomé e Príncipe em Agosto de 2016.

Na queixa-crime a anterior presidência da República solicitou a intervenção do Ministério Público são-tomense no sentido de activar a cooperação internacional com a justiça angolana, para notificar o cidadão angolano Mauro Edmilson Cristiano de Carvalho.

O referido cidadão angolano, assumiu nos finais do ano 2013 a responsabilidade de fornecer a Presidência da República de São Tomé e Príncipe, um total de 11 viaturas, para garantir o apoio logístico à visita a São Tomé do então Presidente de Taiwan Ma Ying Jeou.

Na queixa-crime apresentada em Agosto passado ao Ministério Público, a presidência da República explica que s 11 viaturas foram adquiridas pela República de Taiwan, e que no quadro do apoio, depois da visita de Ma Ying Jeou, tais viaturas ficariam ao serviço da presidência da república.

viaturasBaltazar de Boa Morte Afonso, é outro nome que se destaca no relato que Victor Monteiro fez ao Ministério Público são-tomense em Agosto de 2016. Tal cidadão nacional, jogou papel determinante no negócio, uma vez que segundo a exposição entregue no Ministério Público, foi Baltazar de Boa Morte Afonso, quem recomendou aos serviços da presidência da república, a figura do cidadão angolano Mauro Edmilson Cristiano de Carvalho, para realizar o fornecimento das 11 viaturas, através da sociedade privada angolana, Frota Justo Limitada.

O certo é que a representação diplomática de Taiwan em São Tomé e Príncipe, transferiu 569.896 dólares norte americanos, para a conta da sociedade angolana Frota Justo Limitada.

Na queixa – crime contra o fornecedor angolano, é dito que quando as viaturas chegaram ao aeroporto de São Tomé em 2014, num avião cargueiro com matrícula angolana, os serviços da presidência deram conta que pelo menos 6 delas, não cumpriam os requisitos da encomenda.

As 6 viaturas no valor total de 243.731 USD, foram devolvidas a procedência no mesmo avião cargueiro e com a recomendação ao fornecedor no sentido de enviar as 6 viaturas com base na descrição da encomenda.

Até a presente data, o fornecedor angolano não fez chegar a São Tomé, as 6 viaturas que segundo a encomenda feita deveriam ser a gasóleo e não a gasolina.

Segundo o ex-Director de Gabinete da Presidência da República, a queixa-crime interposta contra o fornecedor angolano e todos os demais documentos sobre a importação das viaturas, foram entregues ao Ministério Público, assim como aos serviços da actual presidência da República, e a embaixada de Taiwan em São Tomé e Príncipe.

O leitor deve conferir o conteúdo da queixa feita contra o fornecedor angolano, e todos os documentos anexos ao processo, para melhor compreensão da polémica  volta da importação com fundos de Taiwan das 11 viaturas para a presidência da república.

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Abel Veiga

10 Comments

10 Comments

  1. Victor Monteiro

    20 de Dezembro de 2016 at 10:26

    CADA PERÚ TEM O SEU NATAL!!!

    A maior mágoa que me acompanha nesse processo todo, e que não cheguei de dizer na entrevista, é o facto de;
    no dia 12 de Setembro do ano em curso, depois das declarações feitas à Procuradora da República que está seguindo a queixa-crime por mim apresentada, ingenuamente e com espírito de boa fé, dirigi-me ao Palácio Presidencial, onde pude estar com o actual Director de Gabinete do Presidente da República, no seu próprio gabinete, e pude actualiza-lo sobre o dossier das viaturas e as démarches providenciadas junto das autoridades judiciais, tendo feito o mesmo, com o Assessor Jurídico.

    Nesse então, solicitei ao Director de Gabinete (e foi aceite) para que, assim que tivesse informações dando conta que as viaturas já se encontram no aeroporto de Luanda, me fosse facultado o telefone do Palácio que sempre usei durante todos os contactos para transporte aéreo, por forma a que eu possa entrar em contacto com o Director de Gabinete do actual Ministro da Defesa Angolano e dele conseguir a autorização junto do Comando da Força Aérea Angolana, donde partirão os meios rolantes, já que, normalmente eles nunca atendem chamadas de números que não conhecem, o que é normal.

    Como se não bastasse, uma cópia da queixa-crime e seus anexos, que a anterior Presidência apresentou no Ministério Público, está no Palácio Presidencial, sob custódia do Assessor Jurídico e uma outra cópia, também foi entregue por mim, à Embaixada de Taiwan, estando por conseguinte, todas as entidades, ao corrente do que se estava a passar.

    ENFIM!!!!!!!

    Neste Natal será a minha vês, o dos outros está a caminho.

  2. Jaylson Spencer

    20 de Dezembro de 2016 at 11:49

    Boa tarde,
    Uma noticia que deveria ser evitada pela Presidência da Republica e tratada com segilo como manda os bons costumes. Para quem conhece o Victor Monteiro sabe que não é pessoa de fazer cenas dessas, é uma pessoa honesta, sincera e acima de tudo um GRANDE SER HUMANO, coisa dificil de encontrar entre os nossos políticos. Exige-se um pedido de desculpas ao Victor Monteiro em prol do seu bom nome.

    • rapaz de Riboque

      20 de Dezembro de 2016 at 12:40

      tu para estares a defende-lo deves ser igual ou pior a ele

  3. Pické

    20 de Dezembro de 2016 at 21:27

    Do que foram feitas as outras 5 viaturas que cumpriam requisitos, pelo que pude compreender chegarm no mesmo lote …

  4. ANCA

    20 de Dezembro de 2016 at 21:53

    Penso que estas situações continuam acontecer, devido a fraca qualidade, organização das nossas instituições, com conivência, de quem as gerem, fracos princípios de idoneidade, conhecimento e formação, clientilismo familiar partidário.

    Alguém deve ser responsabilizado punido, pela autorização, formas e contornos deste negocio.

    Será que alguém em São Tomé e Príncipe ou em Angola terá ficado, com parte do dinheiro destinado a compras de viaturas a gasóleo e comprou de gasolina? Preço de viaturas a gasolina difere de custo de uma viatura a gasóleo. Se se assim for alguém terá ficado também com valor viaturas devolvidas.

    Assim vai a forma como se gere, os recursos externos/internos a dispor do País(Território/População/Administração).

    Um outro caso é o das Lancha de patrulha que foi comprada, e que uma das partes não cumpriu o que está no caderno de encargo, lesando mais uma vez o Estado São Tomense, o País(Território/População/Administração) da qual todos fazemos parte.

    O caso de 5 milhões disponibilizados, pelo governo brasileiro, em bens alimentares, que chegou estragados, ao porto de São Tomé.

    Espero que o processo seja célere na justiça e se apure responsabilidades, e que se possa cumprir, o que foi acordado, e que possa servir de exemplo de rigor da justiça, dignidade para Território, População, Administração.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  5. Paulo Andrade

    22 de Dezembro de 2016 at 8:37

    Se tivessem feito um concurso público e selecionado a melhor proposta, nada disso teria acontecido… agora estão a chorar porque o angolano passou-lhes a perna na negociata, o maior prejudicado com isso é País que perde as viaturas

  6. Victor Monteiro

    22 de Dezembro de 2016 at 14:07

    EU NAO VENDO A MINHA HONRA!

    As pessoas que por ventura poderão ter alguma dúvida sobre a minha honestidade, podem ir solicitar ao Comandante Kapala, (Luis Prazeres-um dos raros homens íntegros de STP)) qual foi a minha atitude (um dia vou contar-vos a história) em Abuja no ano 2002, quando era Ministro da Defesa, por ocasião da reunião da “Comissão Conjunta STP/Nigéria”, onde fui alvo de tentativa de corrupção com cerca de 100.000 dólares (postos sobre a minha cama no hotel), para ceder em alguns aspectos que poderiam prejudicar os interesses de São Tomé e Príncipe, minha terra amada que não troco com nenhuma outra, tanto é que, tenho “única e exclusivamente”, uma Nacionalidade, um Bilhete de Identidade e um Passaporte… SANTOMENSE.

    Eu estou seguro que muito pouco dos meus compatriotas, muitos dos quais se sentem e se dizem, mais Santomenses que eu, fariam o que fiz, perante tamanha oportunidade de ter tanto dinheiro de uma só vez e de forma fácil.

    HÁ MOMENTOS NA NOSSA VIDA QUE A HONRA VALE MUITO MAIS DO QUE O DINHEIRO!

    • Hugo Menezes

      6 de Novembro de 2018 at 9:49

      Eu no seu lugar também n me vendia por essa mísera quantia de 100.000,00$… se tivesse sido pelo menos 1 milhão de Euros, poderia o chamar de burro… kkkkkkk

  7. Arroz Substancia

    22 de Dezembro de 2016 at 20:27

    E sempre a mesma coisa no nosso S,tome negociatas faz-me lembrar o caso das casas pre-fabricada do colombo foi grande escandalo na altura mas o responsavel disto nunca foi chamado a justica.

  8. Victor Monteiro

    23 de Dezembro de 2016 at 10:55

    Tendo em conta algumas interrogações,
    devo dizer ainda que, para além da impossibilidade da empresa nacional fornecer as viaturas em tempo útil, a diferença do valor total entre esta e a que se optou, “Namíbia/via Angola”, era de 100.458,70$ (cem mil, quatrocentos e cinquenta e oito dólares), portanto, uma diferença abismal.

    Por outro lado, os tipos de viaturas e motos, propostos pela empresa nacional, não eram exatamente o que pretendia a Presidência da República..

    O mapa comparativo e outra informações, podem ser analisados na minha página do Facebook:

    https://www.facebook.com/victor.monteiro.5454

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