Eleições presidenciais

Viajata presidencial e bobos da festa

Nos actos eleitorais para haver vencedores há a imperiosa necessidade de comparência dos adversários em que os eleitores rejeitam os seus programas ou projectos de sociedade, independentemente do sistema democrático. Em São Tomé e Príncipe, onde não faltam criatividades de todo o tipo, já vimos aqui no Téla Nón que para além de primos e parentes também já Somos Todos Presidentes.

Foi assim nas últimas presidenciais. Só não foi candidato a Presidência da República quem não quisesse. Todos, completados os 35 anos de idade não faltaram meios e tudo do mais para se apresentarem aos eleitores como mais um pré-presidente. Não faltaram estímulos para que a nossa tia Pôchi avançasse a corrida que também lhe haveria votos nas urnas.

Na nossa leitura, percorridas que foram todas as diversões de propaganda até ao acto eleitoral, achamos oportuno não deixar os nossos candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal eleitoral ao mero esquecimento de circunstância.

Filinto Costa Alegre

De todos os que se propuseram a corrida de 17 de Julho, é o mais derrotado. Desde 1991, aquando da vitória eleitoral do Movimento da Mudança que o jurista preteriu o lugar político e partidário para formar a cidadania numa perspectiva ao longo prazo que viria a culminar com a sua terceira batalha republicana que o levasse a cadeira presidencial das ilhas. Sem o «ferro para engomar o fato» ficou ao meio da tabela sem glória nem história que lhe homenageasse os préstimos das anteriores batalhas de 1974 e 1990. Liderou as audiências intelectuais e amizades partilhando e discutindo nas redes sociais de novas tecnologias num perfil inigualável e merecedor do trono. Os próximos tempos de reflexão não lhe abdicam da pacificação e do regresso ao seu PCD no exercício de reunir as forças para posteriores embates.

Aurélio Martins

Pelas controvérsias envoltas do seu avanço a corrida presidencial não se preocupou com o estatuto nacional do partido que representa desde Janeiro ao mais alto nível. Com um parto precoce, talvez pelo esforço de obras feitas, nem lhe valem as incubadoras senão adiar o seu ambicioso projecto político. Tinha tempo dourado até os próximos actos eleitorais, quer autárquicas, regionais e legislativas para gundar o eleitorado que lhe deve (?) o bom coração de pai dos pobres. Na política como tudo na vida, há momentos excepcionais e personalidades que merecem tratamentos excepcionais, daí que, a oxigenação tão necessária ao camarada Aurélio Martins só lhe deve ser oferecida pelos militantes do MLSTP/PSD.

Delfim Neves

Acusado de meter em sarilhos financeiros de todas as espécies até o nariz e dando o peito a todas as balas inclusive da sua “rejeição” pelo Supremo Tribunal eleitoral, não lhe faltou o “fato engomado” e pernas de voar até Lisboa e, pessoalmente juntar os fundamentos para a anulação da cidadania portuguesa. Queixou-se do silêncio do “padrinho” Fradique Menezes que lhe fez biôkô e orelha de mercador. Os eleitores em reivindicação social (numa terça-feira milagrosa na capela da Santa Catarina) mudaram-lhe o destino para o glorioso e confortante lugar dos grandes. Hábil e negociante da escola do projecto empresarial do PCD reforçou o seu lugar de candidato sensação a prometer mais história, caso o tão desejado esclarecimento de bens não lhe venha custar explicação e rombo no patamar político. Ainda não tem o mínimo exigível para representar a Nação ao mais alto cargo, mas na nossa Democracia ficou provado de que os homens não se medem aos palmos.

Maria das Neves

A antiga Primeira-Ministra lutou sozinha sem o impulso do marido que noutros tempos podia juntar mais votos a mãe do povo. Com uma equipa a cheirar altivez estrangeira gritou, cantou até a exaustão da voz e esbofeteou todos os homens, até o Rei da Região Autónoma, conquistando o tão prestigiado lugar da Rainha de Dêcha. O caso GGA aflorado e temperado não lhe roubaram os votos necessários para estar desanimada a uma próxima batalha eleitoral com estímulos dos seus apoiantes já lhe anunciando para render o Presidente do partido.

Elsa Pinto

Abaixo das suas expectativas comemorou mais um aniversário natalício sem brio, mas com a missão cumprida numa sociedade ainda tradicionalmente machista com as mulheres a rejeitar qualquer voto para as suas congéneres por mais que lhes valessem tacto e dinamismo para variarem a história. Sem a energia do marido, um antigo líder e homem forte de jota, não podia ir muito mais além que um bom teste para o futuro.

Evaristo Carvalho, o mais velho consensual, não se lhe podia balancear mais simpatizantes a alistar no seu ADI e vitória na sua luta taco a taco a atormentar as contas da noite de 7 de Agosto, com Mé-Zóchi na sua pior água-mato de meter medo ao Pai Grande. O tio Evaristo só pode queixar-se do país que tem com tanto dinheiro a solta na 2ª volta eleitoral, ele não ter a noção da sua proveniência, muito mais do que isso, quanto teria restado nas minas do comandante Trovoada que o deixou igual a si mesmo, de bolsos rotos e vazios a digerir dois pelotões de insolentes que no desnorte político nem lhe pouparam das más-línguas das campanhas. Em Portugal, visivelmente com três rostos de namoro ao eleitorado, contrariamente a equipa do adversário da segunda volta, teria valido Pinto da Costa o esclarecimento do eleitorado que não precisou de tanto banho para aplicar tamanha pancada ao candidato do Governo?

Todos os outros candidatos entraram na correria presidencial apenas para fazerem-se de bobos da festa. Nada do politicamente correcto perderam nem ganharam. Desde putos que a figura de bobo estimulou em qualquer um de nós o sorriso nem quando os figurantes exibissem a intolerável malcriadez. Não viram as respectivas mensagens da defesa dos interesses nacionais, estabilidade governativa e do desenvolvimento económico passar ao eleitorado.

Politicamente também perderam os nossos dois Primeiros-Ministros que se desentenderam na escolha dos candidatos certos para o gosto dos eleitores. Quer no Governo Central, quer no Governo Regional, as opções a cadeira do trono não agradaram ao povo, aqui sim, diferente das lideranças partidárias, as ilações a retirar (também existem) mas são completamente avessas a dos partidos. O país reclama estabilidade política e governativa para atingirmos as grandes linhas programáticas sufragadas há um ano. Os partidos de tendência governativa precisam de lideranças fortes e calculistas com pouca margem de manobra para cometerem erros quando se expõem publicamente e muito menos quando o líder pessoalmente entra nos embates eleitorais e que os resultados não são convincentes.

Com tanto banho que assistimos quase a alterar a ordem dos votos da primeira volta, o povo terá recolhido todo o tchiquila que os políticos lhes guardam para o esbanjo eleitoral?

Vamos pelos números. Na primeira volta, Pinto da Costa a frente dos candidatos conquistou 33,88% do eleitorado contra o rival Evaristo Carvalho que ficou nos 20,73%, numericamente falando, a 13 pontos de distância. Até aqui não há erro na conta, pois não?

No dia 7 de Agosto com todos os outros candidatos rejeitados do novo embate a declarar apoio ao Pinto da Costa, este consegue 52,88% contra os 47,12% de Evaristo Carvalho. Portanto, a diferença caindo para volta de 5 pontos percentuais. Onde estarão os votos dos candidatos e partidos que se propuseram a esmagar o rival e a Onda da Vitória do ADI? Ok! A política não é uma ciência exacta.

Pinto da Costa (para o desgosto dos seus oponentes) ganhou as eleições e tem razões de sobra para comemorar a maior de todas as vitórias do seu percurso político com a responsabilidade de alimentar as espectativas que goram ultrapassar os extremos do actual figurino constitucional. A África e o Mundo, vinte anos depois, têm mais um registo inédito ou de marca rara com proveniência em São Tomé e Príncipe, a nossa Terra Rumba.

O povo terá ganho ou perdido nestas presidenciais?

Das opiniões ouvimos muitas bôkas e a mais pertinente é a de contrariamente as tradicionais democracias, onde o cansaço provoca a abstinência a uma nova chamada em poucos dias, em São Tomé e Príncipe a abstenção da primeira volta saiu de casa e foi votar em peso na segunda volta. Qual a explicação política e social dessa alteração no comportamento dos eleitores são-tomenses? Habituados a receber o seu tchiquila em casa e até a boca de urna, os mais resistentes desafiaram os políticos que simularam fechar os cordões a bolsa no dia 17 de Julho. É esta a pura das verdades. Com o cheiro a katxinga de um ano, um povo já habituado ao banho cíclico não se lhe podia exigir mais que aguardar pelo seu tchiquila. Que fazer para mudar este transtorno moral na cabeça dos são-tomenses?

O povo ganhou as eleições e a democracia perdeu estupidamente. Caso o vencedor saísse a primeira volta apesar do incansável 50%, estaríamos aqui em concordância com a vitória da democracia, porque assistimos comodamente os eleitores em maior consciência a exercer o seu direito de voto. Não nos peçam a mesma fotografia na segunda volta. Embora na gravana, não nos peçam para tapar o Sol com a peneira.

Não nos tragam o caso de Cabo Verde e os resultados da segunda volta presidencial do dia 21, em plena chuva com os eleitores a afluírem-se as urnas fazendo cair a abstenção do dia 7 de Agosto. Talvez somente para ampliar a nossa curiosidade, após os 20 anos de consolidação da democracia multipartidária, pela primeira vez os cabo-verdianos põe em prova a coabitação entre os dois poderes, de um lado o do Presidente da República, José Carlos Fonseca apoiado pelo MPD na oposição e do outro, o do Primeiro-Ministro, José Maria Veiga do PAICV. A ver, vamos!

A Comissão Eleitoral Nacional não viu o seu esforço glorificado na diáspora. Já em grandes ilhas populacionais, os emigrantes são-tomenses não se deram ao trabalho de exercer o seu direito democrático de decidirem pelo país de todos nós. Nos países onde ao olho nu o êxodo e o leve-leve já anunciam milhares e milhares de cidadãos maiores da exigível idade eleitoral, os inscritos nos cadernos eleitorais rondaram percentagens medíocres, abaixo do impensável. Há toda a necessidade de uma nova dinâmica que possa devolver aos emigrantes são-tomenses o dever cívico e o orgulho de participarem na democracia.

Os deputados da Nação nas férias prolongadas de quatro meses impostas a legislatura pelas presidenciais andaram a runfar, aos copos e as catorzinhas ao invés de escola política, ética e moral tão exigível aos nossos eleitores. Nem as Comissões especializadas deram sinais de funcionamento, mas ninguém viu falta nos salários e nas mordomias a que tem direito constitucional.

Regressados a casa legislativa, porque não brincam em serviço e preocupados com as grandes questões do país, para ocupar o debate nacional durante o próximo vazio eleitoral, os nossos deputados trouxeram-nos na agenda a emenda constitucional e eleitoral como que o entrave ao desenvolvimento das ilhas morassem na Bíblia Constitucional. Mais uma revisão.

Estamos todos de acordo que a lei eleitoral tem que sofrer uma imediata correcção para o país não repetir a palhaçada de enviar ao lixo a volta de cem mil boletins de votos doados pela cooperação portuguesa. A Comissão Eleitoral no zelo de cumprir os prazos embateu-se no muro do Supremo Tribunal eleitoral que a última hora decidiu anunciar mais uma candidatura. Temos também de uniformizar certos actos eleitorais poupando gastos e adequar a estrutura dirigente ao limite territorial e populacional que não precisa de tantos Ministros, Deputados e outros altos cargos num país com a economia a exigir a qualidade dos homens e não a quantidade. A nossa enfermidade está na nossa doentia mentalidade em não adequarmos os nossos actos as regras democráticas com vista ao desenvolvimento das ilhas.

O Presidente da República Fradique Menezes que depois de dois mandatos cessa as suas actividades no dia 3 de Setembro, já recebeu no Convento da República o Presidente eleito para a roupagem da passagem de testemunho. Palmas! Sem candidato que lhe merecesse confiança, não é perdedor nem ganhador, mas deixa-nos sim, a saudade de não ter ido há mais tempo, logo que completou o segundo ano na casa rosa sem resultados prometidos para esse prazo.

O Téla Nón também entrou na corrida presidencial como acontece com a grande imprensa internacional. Correu de início até a meta final e trouxe-nos a moda de sondagem feita pelos internautas. A fome das notícias, opiniões, crónicas e dos comentários do jornal digital no ponto da hora, em Junho e Julho, dispararam os visitantes em flecha (estatística da Google) que hoje, já não restam dúvidas de que está é das melhores portas de entrada em São Tomé e Príncipe com a partida em qualquer longitude do globo. Com o novo formato e a inovação não nos admira que os fazedores deste pitéu tecnológico, não tardarão a comprometer, desde que políticas governativas estejam direccionadas, os investidores estrangeiros com a causa do desenvolvimento das nossas paradisíacas ilhas. Ficou claro como a nossa água chélélé que no interesse nacional e nos conceitos democráticos, ganhou o Téla Nón e ganharam todos aqueles descomprometidos com o tacho, as palmadinhas ou a merenda eleitoral.

Daqui há cinco anos, com o país no nosso desejo a atingir as metas da agenda internacional para com a Humanidade, “Objectivos de Desenvolvimento do Milénio – 2015”, haverá em 2016 mais bobos da festa para preencherem os jornais?

Duvido que a classe política já se tenha dado conta de que estamos num NOVO MOMENTO DE MUDANÇA e que esta mudança ocorrerá com ela, se for capaz de interpretar e encarnar esta nova dinâmica, mesmo que transitoriamente; ou contra ela, se persistir em manter-se igual a si mesma, imune aos ventos de mudança que sopram cada vez mais intensamente.” Filinto Costa Alegre no Téla Nón de 05.05.2011

24.08.2011

José Maria Cardoso

15 Comments

15 Comments

  1. Santa Marta

    24 de Agosto de 2011 at 10:29

    Tem que ser mesmo do cardoso porque ele tem tendencia sempre de promover a maria ladra. Abaixo a promoção desonesta. MLSTP merece uma liderança limpa.

    • Somos assim...

      25 de Agosto de 2011 at 14:23

      Pois, é o José Maria Cardoso e boa parte dos Santomenses, gostamos de promover os espertos que nos roubam, aconteceu com a Maria e com o Delfim. Zombamos dos despojados e trabalhadores como diz ele:”O tio Evaristo só pode queixar-se do país que tem com tanto dinheiro a solta na 2ª volta eleitoral, ele não ter a noção da sua proveniência,..” Pergunto-me quem garante que ele não sabe??

      Se notarmos, os países que se desenvolveram pensam ao contrário: os ladrões devem ser punidos e não glorificados.Os dirigentes devem ser honestos, trabalhadores e patriotas. Reparem nos EUA e Obama (este exemplo e nome que tantos africanos não param de usar).

      Enquanto a perversão continuar colectiva não vamos longe.

    • Luis dondoia

      26 de Agosto de 2011 at 4:30

      Falar de RDSTP é complicado.
      Tudo começou com o referendo que o PR eleito convocou contra a sua vontade( Culpado Sr Gorbachov e a pressão politica dos Santoenses dentro e fora do País).
      Nas revisões constitucionais até arrogantemente ou não , esqueceram-se!!! de colocar como imperativo que quem foi o cavador da nossa desgraça não deveria jamais voltar a ser PR . Apresessaram-se a colocar que quem não não tem residencia em STP nos últimos 3 anos não poderia . Como poderá um Natural de STP na diasporá se passou a ser cidadão de 2ª.Por isso façam revisão da Constituição e leis que permitem condenados a prisão concorrer a cargos politicos ou governamentais.
      O mais estranho é que quando de candidata a um lugar do Estado exigem Registo criminal .
      Triste sina a nossa que até vergonha perdemos.
      Dão-nos banho quando há eleiçõesporque estamos sujos .
      Eles até a próxima eleição vão enchendo-se de para recuperar o “prejuízo”

    • Falar sozinhos...

      25 de Agosto de 2011 at 14:46

      Realmente vejo que estas eleições foram especiais antes e depois da super festa, pois, deixaram várias sensações em muitos leitores:

      Aos Apoiantes do Pinto, uma sensação de milagre que se avizinha. Será bom ou mau?

      Aos Democratas, uma bola de fel na boca:
      Queimaram a nossa democracia!

      Aos realistas, uma sensação de Déjà Vu

      Aos pessimistas, uma sensação catastrófica: Seremos a próxima Guiné-Bissau;

      Aos optimistas: Agora sim, Pinto contra Trovoada ou o país funciona ou racha!

      Vamos ver….

    • Laura Mendes

      25 de Agosto de 2011 at 16:24

      Com um texto tão picante, é impossível não comentar…
      Caro Cardoso, será que “O povo ganhou as eleições e a democracia perdeu estupidamente.”? Vamos ver daqui há 5 anos quem se queixará mais.

      Em minha opinião são as opções de voto do Povo que têm trocado as voltas à Democracia e afundado a situação do país.
      De facto, como Santomenses deveríamos fazer várias reflexões sobre a nossa maturidade eleitoral: O que procuramos num candidato que se nos apresenta a pedir o nosso voto para o elegermos como Presidente?

      Em minha opinião, as nossas opções de votação têm-se baseado em:
      Grande poder económico: muita festa e bem organizada, muitas camisolas, chapéus, cervejas e banhos;
      Grande capacidade de persuasão: muitas promessas, mesmo quase impossíveis de serem cumpridas;
      Grande vontade de unir para destruir: o inimigo do meu inimigo é meu amigo.

      Senão vejamos:
      Demos 2 oportunidades ao Fradique, e lamentamos agora, na sua saída, pelo fracasso das suas promessas. Então me pergunto: será que 5 anos não bastaram para ver que não cumpriria as promessas eleitorais? Tenho a certeza que muitos dos que se queixam, elegeriam Fradique outra vez caso fosse permitido e reaparecesse com toda a sua força e máquina eleitoral.

      Elegemos Pinto da Costa com um passado de ditador, que deixou o país económica, social e politicamente de rastos, mas que teve 20 anos para se organizar, conhecer o eleitorado e dar o golpe de gloria em direcção ao poder. Como diz bem: “Pinto da Costa… …com a responsabilidade de alimentar as expectativas que goram ultrapassar os extremos do actual figurino constitucional.”

      Realmente, só é possível concluir que o povo tem-se deixado levar pela ”Festa da Democracia” e esquecido que para qualquer emprego sério, e inclusive para o de presidente da República, é necessário apresentar um curriculum. O que significa, que o PERCURSO HISTÓRICO E AS PERSPECTIVAS DE FUTURO, NUNCA PODERÃO SER DISSOCIADOS pela “Festa da Democracia”.

      Parece que A FESTA REALMENTE TEM BOBOS, MAS TEMOS SIDO NÓS, O POVO, OS BOBOS DA FESTA.
      ATÉ QUANDO ABRIRMOS OS OLHOS…

  2. Sempre a subir

    24 de Agosto de 2011 at 11:34

    Adorei aquela parte de “tchiquilá” esse povo sabe fazer uma boquinha livre durante as eleições. Quanto ao pensar que a democracia perdeu, digamos que não, pois está previsto uma segunda volta na lei caso não haja vencedor a primeira. Depois é algo típico nosso, o importante agora é entender isso e a mensagem que o povo quer transmitir. Esse dinheiro que o povo faz os políticos gastarem é para eles tornarem mais sérios com governação, penso.
    Vejamos nessa perspectiva: Se um aluno não dispensar na 11ª classe vai ao exame esse aluno pode passar (ainda que tenha 10,576/20, como Pinto teve, isto é suficiente menos) ou reprovar (se tiver menos que 10/20, como Evaristo 9,424/20, insuficiente), mas a escola nunca perde. Tomemos a democracia como escola e uma escola que já começa a surgir espertos com muita visão.
    Quanto a sondagem, embora tivesse muito desacertos foi eficaz no mais interessante o vencedor. Parabéns
    Mas também houve quem tenha feito sondagens muito eficazes, como é o caso do estudioso do fenómeno banho, que praticamente logo a primeira descreveu, todo o contorno eleitoral inclusive a magra vitória do Pinto. Só que a comunicação social não vai atrás de quem realmente tem opinião válida.

  3. VALUMA

    24 de Agosto de 2011 at 11:48

    começo por dar os meus PARABÉNS sem dúvidas aos EDITORES DO telanon, por marcarem a diferença PELA positiva dos demais mcs em STP. a comissão eleitoral POSSO sugerir para eleições apostarem mais nos meios tecnológicos, poupando a natureza e contribuintes portugueses: votação electrónica. NENHUM ESTADO É ALTRUÍSTA, mto menos os tugas. |||Estamos todos de acordo que a lei eleitoral tem que sofrer uma imediata correcção para o país não repetir a palhaçada de enviar ao lixo a volta de cem mil boletins de votos doados pela cooperação portuguesa. A Comissão Eleitoral no zelo de cumprir os prazos embateu-se no muro do Supremo Tribunal eleitoral que a última hora decidiu anunciar mais uma candidatura. Temos também de uniformizar certos actos eleitorais poupando gastos e adequar a estrutura dirigente ao limite territorial e populacional que não precisa de tantos Ministros, Deputados e outros altos cargos num país com a economia a exigir a qualidade dos homens e não a quantidade||

  4. Sabedoria III

    24 de Agosto de 2011 at 13:56

    Vamos lá ver se será desta vez que o país realmente deixará para trás de si o que não dignifica (ódio, inveja, orgulho e cobiça), para abraçar de uma vez por todas as grandes linhas do desenvolvimento, ao diminuir o fosso entre os ricos que são poucos e os extremamente pobres que são a grande maioria da população do nosso sofrido país – São Tomé e Príncipe. Espero que cada um de nós consiga fazer a sua parte, pois a vergonha e a tristeza são bem visíveis no rosto do povo do nosso país.

  5. San Fulana!

    24 de Agosto de 2011 at 15:30

    escreves muito bem j.maria cardoso.

    • Mómica Oliveira

      24 de Agosto de 2011 at 18:08

      Eu não acho nada de especial neste tipo de escrita. É repetitivo, não passa de lugares-comuns e pouca criatividade e argumentação sobre factos políticos ou sociais evocados.
      De qualquer forma dá para entreter leitores que não encontram outras alternativas com maior profundidade intelectual, analítica ou mesmo argumentativa.
      Já estou um bocado cheia de lugares-comuns que não acrescentam nada aos meus conhecimentos informativos, profissionais ou lúdicos relacionados com o nosso país.
      Mas é isto que temos…
      Mónica Oliveira

  6. Eusebio Neto

    24 de Agosto de 2011 at 16:41

    Parabens caro Saca Papo, os teus papos merecem aplausos. Nao so pela forma quase perfeita como cozinhas as tuas intervencoes mas particularmente pelas leituras que consegues fazer das situacoes (velhas,envelhecidas, novas e inovadas) que tem sacudido S. Tome e Principe. Parabens.

    • jaka doxi

      25 de Agosto de 2011 at 18:50

      José Maria Cardoso não é Zé Maria
      Saca-Papo ouviu bem Eusebio Neto?

  7. Malébobo

    25 de Agosto de 2011 at 10:45

    Eu fui, militar em S.José antiga dependencia da Empresa Monte Café,conheço José Maria Cardoso, sem duvidas escreve muito bem,força J.Maria

  8. Underdôglas

    27 de Agosto de 2011 at 20:40

    Nao ha que comparar S Tome com Cabo Verde. Essa mania de alguns sociologos como Seiber é uma autêntica asneira.

    So podem ser comparados em termos geograficos, quer dizer arquipélagos. Mais nada. E mesmo em termos de ilhas, S Tomé chove sempre e é verde, enquanto Cabo verde quase nunca chove e é seco.

    De resto, peço encarecidamente aos saotomenses para nao se compararem connosco, pois somos mais escolarizados, mais cultos, mais civilizados.

    Por exemplo, em Cabo Verde nunca teremos candidatos folcloricos a umas eleiçoes presidenciais como em S Tomé.

    Com mais de dobro da populaçao saotomense, so tivemos 4 candidatos, e ja o quarto, o velho Jack, foi visto como um folclorico a estragar a festa dos grandes, verdadeiros politicos.

    Sim, efectivamente em Cabo Verde temos uma verdadeira classe politica, de gente culta e intelectual, sem comparaçao com os saotomenses que mal sabem falar quanto mais agora arquitectar estratégias de desenvolvimento.

    Enfim, em Cabo Verde, nunca elegeriamos em eleiçoes livres e em democracia pluralista um antigo ditador, como os saotomenses acabam de fazer.

    Em Cabo Verde, na primeira oportunidade que tivemos com a instauraçao da democracia, mandamos o ditador Aristides para a casa definitivamente.

    E nao mel falem em Pedro Pires, outro ditador, porque ele nunca foi eleito peloo povo. Nas duas vezes que ele “ganhou”, foi com fraude eleitoral, provado alias no Supremo Tribunal.

    Nao fiquem chateados amigos saotomenses com a frontalidade caboverdiana, até porque conhecem um pouco os caboverdianos que têm na vossa terra, e que em Cabo verde, era gente pobre e humilde, sem escola, razao pela qual emigrou para as roças de S. Tome. Mas temos informaçoes de que sao coitados mas refiloes….

    • Santola que não votou em MPC

      29 de Agosto de 2011 at 15:21

      Bem dito, espero que os políticos leiam e tenham um pouco de vergonha, mas acho que nem lhes interessa ter vergonha.

      Infelizmente quase 50% de STP, contando com os que não votaram talvez mais, não concordam com o regresso do ditador. Mas a vergonha maior são os partidos políticos terem-no apoiado.

      O que te dizer? Assim uma parte do país vê-se humilhada pela outra, inconvenientes da democracia.

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