Sociedade

Taxistas vão ter 5% do capital social da empresa de transportes públicos

Com vida cada vez mais difícil, por causa da concorrência desleal imposta pelos motoqueiros, a classe dos taxistas são-tomtaxis.jpgenses com mais de 600 homens arrisca-se a desaparecer, após o início em força das actividades da empresa de transportes públicos criada pelo estado são-tomense. Para não lançar 600 famílias na maior desgraça, o governo pretende incluir os taxistas no negócio de exploração dos transportes públicos. Segundo o Primeiro-ministro Rafael Branco, a presença do estado na empresa de transportes públicos será temporária.

Para além dos miniautocarros financiados pela cooperação taiwanesa, e que ostentam as imagens da campanha vitoriosa do Presidente Fradique de Menezes as eleições presidenciais de 2006, a rede de transportes públicos que já está a sufocar os taxistas, vai ser reforçada com dezenas de autocarros ofertados pela República do Senegal. Outros tantos miniautocarros que até agora garantem o transporte dos alunos para os centros de ensino também vão entrar nas fileiras do transporte público.

A empresa pública de transportes já foi constituída, e os táxis poderão ser simplesmente diluídos pela concorrência, ainda mais quando os motoqueiros já roubaram grande parte da clientela dos taxistas.

Para evitar mal maiores, para os 600 chefes de família o Governo, pretende incluir os taxistas na sociedade criada para gerir os transportes públicos. «Formamos uma empresa pública com esses autocarros. Esses autocarros são patrimónios dessa empresa. Depois vamos chamar parceiros para virem comprar parte da empresa, eles podem vir com mais autocarros ou com capital, e o estado está lá temporariamente, porque temos que dar uma forma jurídica a esta empresa», declarou o Primeiro-ministro na conferência de imprensa.

Rafael Branco, explicou que existe um empresário brasileiro interessado em reforçar a frota dos transportes públicos com mais 20 autocarros de 45 lugares. Segundo o Chefe do Governo as portas estão abertas. «Vamos dar parte deste capital da empresa aos taxistas, e vamos fazer com eles um programa no sentido de muitos deles virem trabalhar para esta empresa pública. E no caso do empresário privado ele já tem um acordo com os taxistas, segundo a qual eles têm 5% da quota desta empresa», pontuou.

Uma solução que pretende evitar o aumento de desempregados e da pobreza no país.

Abel Veiga

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