Sociedade

Governo lança operação de desmantelamento da rede de açambarcamento de produtos de base

A brigamercado.jpgda composta por agentes da polícia de investigação criminal, da ordem pública e da inspecção das actividades económicas, está a vasculhar os armazéns onde alegadamente existem stocks de produtos alimentares que estão a escassear no mercado. O sal é um deles. Na operação de quinta-feira foram apreendidos dezenas de sacos de sal açambarcados.

O recente carregamento do sal, efectuado por um operador privado já esgotou. A crise do produto continua a fazer-se sentir em todo o país. Mas o governo do Primeiro-ministro Rafael Branco, não se convence e acabou por provar que há mãos criminosas por detrás do desaparecimento dos produtos de base no mercado nacional.

Durante a operação de quinta-feira 73 sacos de sal foram apreendidos num armazém. O produto recolhido está a ser distribuído para zonas onde a carência é maior. O Ministro do Comércio, Celestino Andrade, confirma a existência de mão criminosa. «Nas últimas semanas a sociedade ficou agitada com a reclamação de que havia a rotura de alguns produtos, nomeadamente sal, petróleo, arroz, e o pior é que todo o impacto desta reclamação caiu sobre a cabeça do governo. Hoje fica provado que o governo tinha razão quando dizia que havia mão criminosa em todo esse processo», afirmou o Ministro.

O Ministro garante que há sal no mercado suficiente para satisfazer as necessidades da população até o próximo mês. «São Tomé e Príncipe tem um consumo anual de cerca de 1800 toneladas de sal. Neste momento importamos cerca de 150 toneladas de sal. Quer dizer que importamos sal para consumo de 1 mês. Ora se se importa o sal para 1 mês não pode acabar em três dias. Ele estará em qualquer parte», reforçou.

Celestino Andrade, acrescentou que existem comerciantes que «na busca de lucros fabulosos açambarcam o sal, guardam para criar especulação», pontuou.

O Governo diz ainda que vai tomar medidas para inverter a tendência de lucro fácil, que se regista no mercado. O sal importado que deveria ser vendido a cerca de 12 mil dobras, está a ser comercializado por 28 mil dobras. Celestino Andrade, garante que o estado vai intervir para controlar vos preços no mercado.

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