Sociedade

Finalmente começou o julgamento do primeiro escândalo financeiro no Gabinete de Gestão da Ajuda Externa

Nas ptribunal.jpgrimeiras horas desta sexta-feira, o tribunal da primeira instância conseguiu reunir todos os operadores judiciais, nomeadamente advogados, para dar início ao julgamento dos 4 arguidos do maior escândalo financeiro e de corrupção da história de São Tomé e Príncipe. Aliás na abertura do julgamento a manifestação de protesto apresentada pelo réu Diógenes Moniz, antigo Director do GGA, demonstra a dimensão do escândalo financeiro que durou vários anos e beneficiou sobretudo a classe política dirigente. O protesto do réu lido pelo Juiz presidente do colectivo Frederico da Glória, praticamente faz desmoronar o estado são-tomense. Todos os pilares do estado foram buscar dinheiro no GGA, para realizar campanhas políticas, ou melhor, para dar o famoso banho, para pagar viagens, e muito do arroz ofertado pelo Japão e o fundo dele resultante terá sido distribuído entre os dirigentes governamentais e os seus camaradas de partido. O ex-Director do GGA, desmontou a acusação que recai sobre si, e deixou bem claro com base em argumentos convincentes, que todas as decisões de pagamento de cheques e de distribuição corrupta de arroz, foi feita com ordem superior do Ministro ou do Primeiro-ministro. Aliás ele não tinha competência para tomar qualquer decisão sem a ordem superior. Pena é que nenhum Ministro ou Primeiro-ministro, que geriu o GGA, está presente no julgamento.

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