Sociedade

PIC neutralizou recluso “perigoso” que se evadiu da cadeia central há mais de 6 meses

Numa operroca.jpgação realizada no passado dia 9 de Janeiro a Polícia de Investigação Criminal (PIC), disparou contra “Didi”, um jovem recluso que se evadiu da penitenciária há mais de 6 meses. Considerado como muito perigoso e portador de armas de guerra como AK47 e granadas o recluso praticou várias acções criminosas durante o tempo que esteve a monte. O tiroteio que ocorreu no momento da captura na roça Ribeira Palma no norte de São Tomé, acabou por matar o recluso, que não resistiu aos ferimentos.

A Direcção da PIC, já lamentou a morte do recluso Dyldylano de Barros do Sacramento. Foi na noite de 9 de Janeiro, quando a ONG Médicos do Mundo projectava filmes de sensibilização da população da roça Ribeira Palma, localizada no cimo de uma das montanhas da região norte de São Tomé, que o recluso evadido há mais de 6 meses da cadeia central, encontrou-se com a morte.

“Didi” como era mais conhecido, é um jovem de pouco mais de 25 anos. A PIC diz que o jovem já tinha um largo registo de antecedentes criminais. «O falecido era um delinquente de difícil correcção», precisa o comunicado da PIC.

Após inúmeros furtos praticados em várias localidades do país, fugiu da penitenciária e prosseguiu com as suas acções. Em declarações ao Téla Nón o director da Polícia de Investigação Criminal, recordou o assalto perpetrado contra um grupo de turistas na zona de Chamiço. Uma zona montanhosa onde se pratica o turismo ecológico, e que foi um dos palcos da acção criminosa de Didi enquanto recluso evadido.

Empunhou a sua arma contra os turistas exigindo dinheiro. Os turistas tiveram que entregar tudo o que tinham. A PIC, refere ainda que o recluso evadido desafiou vezes sem conta os agentes da polícia para um duelo final. Deambulava de mato em mato. A floresta densa do interior facilitou durante vários meses a vida do homem foragido.

Mas a noite de 9 de Janeiro foi fatídica. A população da roça Ribeira Palma, que estava a assistir uma projecção cinematográfica de sensibilização contra doenças sexualmente transmissíveis e outras, alertou a polícia de investigação criminal sobre a presença do recluso foragido naquela comunidade agrícola isolada no cimo da montanha do norte de São Tomé.

Segundo a direcção da PIC, assim que “Didi” se apercebeu da presença dos agentes da polícia, tentou pôr-se em fuga. Os disparos aconteceram de imediato. «O elemento da PIC efectuou disparos com arma de fogo para as pernas do cidadão com o fim único de impedir a sua fuga», explica a direcção da PIC, para depois confirmar a lesão provocada pelos tiros. «Esses tiros de facto atingiram unicamente as pernas do cidadão», pontuou.

Longe da cidade capital, com vias de acesso praticamente intransitáveis, o socorro a favor de DIDI na noite de Ribeira Palma, não foi fácil. A PIC, diz que o recluso perdeu muito sangue, até chegar ao hospital Ayres de Menezes na capital. Sangue é vida, a perda abundante terá posto fim a vida do jovem.

A PIC diz tudo ter feito para que o cidadão tivesse acesso imediato ao socorro médico, mas não resultou.

O corpo do recluso que sucumbiu aos tiros da PIC, ainda não foi sepultado. Pelo que o Téla Nón apurou, os familiares exigem um funeral digno para o jovem que resistiu com armas na mão e até ao fim contra a possibilidade de regressar a cadeia central.

Abel Veiga

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