Sociedade

27 elementos do partido FDC aguardam julgamento em prisão enquanto o ministério público instrui o processo crime

A decisão do Juiz Alberto Monteiro, foi edificio-do-supremo-trubunal-de-justica.jpganunciada pelo advogado de defesa de Arlécio Costa. Segundo Levy Nazaré no total de 38 pessoas ouvidas o juiz decidiu mandar 11 em liberdade mas sob termo identidade e residência. Outros 27 membros da FDC, foram conduzidos a cadeia onde deverão aguardar a instrução do processo e o consequente julgamento. Todos estão indiciados na prática de 6 crimes.

O advogado de defesa de Arlécio Costa, o Presidente do partido FDC, explicou que o juiz do tribunal da primeira instância optou pela confirmação da prisão preventiva dos 27 elementos do partido FDC com base na alegação de que poderiam fugir do país, ou então destruir as alegadas provas que ainda podem ser anexas ao processo.

O juiz Alberto Monteiro, ouviu 38 pessoas num total de 40 pessoas que foram detidas pela polícia durante a operação preventiva contra uma alegada tentativa de golpe de estado. Pelo menos duas mulheres não compareceram quarta-feira no tribunal, pelo que o juiz emitiu uma ordem de captura contra as mesmas.

Segundo Levy Nazaré, o ministério público que está a fazer um trabalho vergonhoso neste processo, apresentou algumas provas já conhecidas pelo público, e anunciadas pelo ministro da administração interna, como matracas, machins e munições. «Não percebo de armas mas é a famosa AK», declarou o advogado, para depois reclamar que «não sabemos como é que tiveram acesso a essa arma, dizem que é AKM», frisou.

Os arguidos são acusados de seis crimes. O advogado descreveu «crimes de atentado ao estado de direito democrático, crime contra a constituição, atentado a sua excelência o senhor presidente da república e aos membros do governo, rebelião são no total 6 crimes», explicou o advogado Levy Nazaré.

O advogado que criticou duramente o trabalho, ou melhor, a ausência de trabalho do ministério público neste caso, deu o exemplo de três cidadãos sul-africanos que foram constituídos arguidos pela polícia de investigação criminal mas que não foram presentes ao tribunal. «Três sul-africanos foram ouvidos na polícia de investigação criminal como arguidos assinaram o auto de interrogatório como arguidos, e eu também como advogado assinei. Espanta-nos como é que as pessoas são ouvidas como arguidas e depois o processo não chega aos tribunais. O ministério público não mandou esses nomes, pura e simplesmente por serem sul-africanos», concluiu.

O Téla Nón apurou junto ao tribunal, que o juiz do caso teve que fazer todo o trabalho de instrução do processo, porque o ministério público não ouviu os detidos, tendo-se limitado a enviar os detidos para as instalações do tribunal. Aliás o Téla Nón, testemunhou na segunda-feira a presença dos elementos da FDC na varanda do ministério público durante toda manhã sem terem sido ouvidos. A fonte do tribunal disse ao jornal digital, que talvez os magistrados do ministério público, ficaram amedrontados pelo facto de se considerar o grupo detido como sendo perigoso, e decidiu mandar a batata quente para o tribunal descascar.

Abel Veiga

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