Sociedade

“Projecto Educação Para Todos” vai arrancar em S.Tomé já no próximo ano lectivo

criancas.jpgO Ministério da Educação, Juventude e Cultura e o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento assinaram um acordo de financiamento para o arranque do Projecto “Educação Para Todos” no valor de 4.696.707,10 euros. O projecto que terá a duração de quatro anos foi assinado pelo titular da pasta da educação, Jorge Bom Jesus, e por Augusto Manuel Correia, presidente do IPAD.

O Projecto de Dinamização do Ensino Secundário em São Tomé e Príncipe vem substituir o Programa de Apoio ao Ensino Secundário que também foi promovido com o apoio da Cooperação Portuguesa. Tal encerramento não terá consequências, nomeadamente, sobre os cursos secundários profissionalmente qualificados, que serão integrados e consolidados no novo projecto. “Educação Para Todos” foi enquadrado no novo instrumento da cooperação portuguesa para o relançamento da língua portuguesa.

Augusto Manuel Correia espera que este projecto venha a ser uma alavanca muito importante para a dinamização do ensino no arquipélago. “Ele vai focalizar fundamentalmente na capacitação dos professores são-tomenses. A ideia que nós temos para a fase que iniciamos prende-se fundamentalmente com a formação e a qualificação de quadros de S.Tomé e Príncipe para a área da educação. Eu não estou a falar apenas dos professores, estou a falar de todo o ministério e de toda a gestão escolar, que é uma situação muito importante”. Avançou ainda esperar que o novo projecto tenha sucesso a semelhança do que acontece na área da saúde onde foram escolhidos santomenses para liderar localmente o projecto. ”Obviamente numa primeira fase ainda com o apoio de alguns professores portugueses”, concluiu.

O ministro da educação considera ser um projecto de capital importância na medida em que começou há alguns anos no país a reforma e a modernização do sistema de ensino santomense numa perspectiva de dotá-lo de maior qualidade. “Começamos ao nível do ensino básico. Hoje, nós, graças a cooperação portuguesa, vamos encetar a reforma e a dinamização também do ensino secundário nas valências da organização ao nível institucional, do ponto de vista curricular e também ao nível da formação e capacitação dos nossos quadros”. Sublinhou Jorge Bom Jesus para depois sublinhar que os sistemas de ensinos são-tomenses têm que acompanhar a evolução, não só da sociedade nacional, como também de tudo aquilo que passa ao nível do mundo. “O nosso sistema de ensino secundário precisa de adaptar-se. Nós precisamos de diversificar, e este projecto vai também encontrar a resposta ao nível do ensino profissionalmente qualificante. Nós precisamos de associar o saber ao saber fazer”.

Importa salientar que o Instituto Marquês Valle Flor que vai executá-lo já deu o início as actividades preparatórias indispensáveis para que o próximo ano lectivo decora já sob a égide deste projecto.

Fernando Ramos

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