Sociedade

57º Aniversário do Massacre de 1953

fernao-dias_thumbnail.jpgFeriado Nacional, 3 de Fevereiro é o dia em que o país recorda em Fernão Dias, agressão do regime colonial fascista para forçar os nativos a aceitarem o contrato para trabalhar nas roças e nas obras públicas.

A resistência dos nativos, sobretudo os forros, em trabalhar nas plantações de cacau e café, ou nas obras públicas, e numa altura em que o regime colonial português se debatia com a falta de mão de obra, levou o Governador Carlos Gorgulho a usar a força das armas contra os nativos.

Prisões, espancamentos e mortes, marcaram Fevereiro de 1953. A cidade da Trindade no Centro da Ilha de São Tomé foi o berço do massacre também conhecido como guerra da Trindade.

No dia 3 de Fevereiro de 1953 Trindade, Batepá e os seus arredores foram os principais alvos da acção armada do regime colonial. Não existem dados precisos sobre o número de vítimas mortais. Alguns historiadores admitem que mais de 500 pessoas terão sido abatidas a tiro ou espancadas até a morte, nas prisões ou durante o trabalho forçado nas obras públicas.

Relatos de sobreviventes indicam que corpos sem vida eram lançados no mar de Fernão Dias, local onde a construção deste pontão, justificou também a morte de muitos são-tomenses.

Grande parte da estrutura arquitectónica da actual cidade de São Tomé, é resultado do massacre de 1953. A maior parte dos edifícios, foi construído em poucos dias, a custa de muito suor e sangue dos filhos da terra.

Abel Veiga

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