Sociedade

Associação dos Economistas propõe ao governo que o Estado tenha participação nos bancos privados

Numa altura em que o governo já deu luz verde para a entrada de mais dois bancos comerciais no mercado financeiro são-tomense, nomeadamente o Banco Francês e Gabonês Internacional e o Banco Islâmico, a Associação dos economistas propõe que o Estado tenha controlo de pelo menos 25% do capital social de tais unidades bancárias.

A proposta da Associação dos Economista, está expressa na quarta carta aberta endereçada ao Primeiro-ministro Patrice Trovoada. Na carta que foi apresentada numa palestra realizada quinta – feira na sala de conferências do Hotel Pestana, a Associação dos Economistas, propõe ao governo, a criação «urgente de uma entidade de participação obrigatória e gratuita designada “Participação do Estado de São Tomé e Príncipe no capital social de todas as empresas estrangeiras, numa primeira fase não superior a 25%», diz a carta endereçada ao Chefe do Governo.

A Associação dos Economistas, justifica a sua posição com o facto de ser o método utilizado pelos países do golfo pérsico como Qatar e os Emiratos Árabes Unidos, para fortalecer a riqueza nacional. Segundo a Associação dos Economistas, nestes países e outros, «é reservado aos nacionais 51% de todo o capital estrangeiro investido», sublinha a carta.

Assim os economistas sugerem ao Governo que o Estado são-tomense «tenha representantes em todo o tipo de empreendimentos importantes e estratégicos na República Democrática de São Tomé e Príncipe», frisa a carta.

Para dar corpo a esta iniciativa que visa criar condições para que a riqueza produzida no país, possa ficar parte dela em São Tomé e Príncipe, a Associação dos Economistas, dá atenção particular aos novos Bancos Comerciais, que o executivo já deu luz verde para abrir as portas no mercado financeiro são-tomense. São pelo menos dois bancos comerciais, um de capital franco –gabonês e outro dominado por capital islâmico. «Os novos bancos a operar : Banco Francês e Gabonês Internacional (Befi Bank Holding Corporation, SA), Banco islâmico e outros, devem reservar gratuitamente 25% do seu capital ao Estado São-tomense», refere a quarta carta aberta enviada ao Primeiro-ministro Patrice Trovoada.

Com a entrada de mais dois bancos comerciais, o mercado financeiro são-tomense vai contar com cerca de 10 bancos privados.

Abel Veiga

25 Comments

25 Comments

  1. Buter teatro esquecido

    1 de Abril de 2011 at 9:30

    Sou da opinião, que o Estado deve deixar o sector privado trabalhar e, com a base de impostos e Taxas, o Estado ganha, sem colocar em causa riscos da gestão danosa. Em termos de controlar riscos dos possiveis clientes, ou consumidores bancários, incube ao banco central fazer o seu papel de fiscalizador regulador.
    Vamos evitar políticos com fracos conhecimentos na lideração do conselho de Administração, fruto dos partidos políticos.

    • Pumbu

      1 de Abril de 2011 at 16:26

      Viva! Bem dito!

    • Luis Edmar

      1 de Abril de 2011 at 18:45

      O facto do Estado ter 25 por cento n quer dizer que tem que ter algum São-tomense no conselho de administraçã, ou seja a liderar o conselho de administração. Em todo caso até é bom porque proporcional aos são-tomenses a possibilidade de apreenderem melhor como se administra um banco, ganhando experiênça com os estrangeiros.

    • chocolate preta

      2 de Abril de 2011 at 8:13

      donde és o meu saloio? os estrangeiros sao sinónimo de qualidade?

      ora-me esta…

  2. Celsio Junqueira

    1 de Abril de 2011 at 11:29

    Caros,

    A Associação dos Economistas tem tido um papel preponderante e relevante no exercicio de participação activa que compete a Sociedade Civil.

    Mas esta mesma Associação tem de ser realista. Então, como pensa a Associação que o Estado vai poder participar enquanto accionista em Instituições Privadas, quando o proprio Estado tem enorme dificuldade de honrar os compromissos financeiros assumidos (ex: Bolseiros, Doentes de Junta Médica, etc).

    Seria bom a Associação explicar-nos como se pode fazer isso, além de ser algo desejavel e que veriamos com bons olhos, porque ficariamos todos a ganhar.

    Abraços,

  3. awa mato

    1 de Abril de 2011 at 11:54

    Com este tipo de politica têm afundado cada vez mais o nosso país,impedindo investimentos e criação de negócios.
    Espero que o ministro não deixe passar essa proposta e que crie condições realmente eficazes para o investimento n país e não essa que tem mais olhar oportunista q tudo…”bando de sanguessugas”

  4. anita

    1 de Abril de 2011 at 12:26

    Como cheira a dinheiro o sr Agostinho esta aflito. NÃO sei pq que esse sr nao muda para espanha.

    • Pumbu

      1 de Abril de 2011 at 16:28

      Gato+nihos!!!

  5. Ale Madô

    1 de Abril de 2011 at 13:41

    Eu concordo com os economistas…
    STP tem que ter uma participação significativa para reter uma parte de capital no País …caso contrario daqui ha algum tempo ficaremos a ver navio e dependentes dessas empresas privadas…Falta mais voz, mais atitude e mais visão por parte dos nossos governantes no momento das negociações, principalmente no que diz respeito a entrada e participação de empresas privadas e estrangeiras no no nosso mercado…

    Um bé zá êeeeee
    Alê Madô

  6. Takora Mohamed

    1 de Abril de 2011 at 16:25

    Senhores Econimistas da República Democrática de São Tomé e Principe, façam juz ao vosso Diploma, se acharem dignos dos mesmos.

    Não permitam que um grupo restrito de economistas falem por vós e vocês serenos e impávidos não comentam nem contestam as posições pouco racionais que os mesmos apresentam.

    Não sou economista, mas licenciei-me em Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria, ainda tenho um longo percurso para chegar a doutor, que já muitos o são apesar de terem ido a escola para tal.

    Que noção têm estes senhores economistas que propõe 25% de participação gratuita para o estado nas esmpresas privadas? Nem lá do antigo socialismo isso acontece mais. A participação no capital de uma sociedade pressupõe assumir todas as adversidades do risco de funcionamento da sociedade, podendo ser este positivo ou negativo.

    Que interesse tem o estado estar na gestão de tudo quanto é privado no país? Sejamos honestos e coerentes senhores econimostas, leiam um pouco mais sobre a economia e os modelos economicos que mais têm dado sinais de progresso as economias, em que o estado vai buscar no entanto a sua parte sem dores de cabeça mediante impostos.

    A forma directa de participação do estado nas empresas privadas é através da arrecadação de impostos os quais devidamente geridos chegarão a todos contribuintes.

    Sendo STP um país sem recursos financeiros do estado para investimentos, como querem os senhores que o estado seja sócio. Os senhores certamente são os da geração que recebeu dividendos do estado santomense como sócios sem terem feito qualquer investimento, por isso pugnam pela sociedade de entrada gratuita.

    Convenhamos STP precisa de investimento estrangeiro e não só, sejamos mais criativos e usemos as ferramentas legais que existem par o enrequecimento do estado que são os impostos.

    Bem haja STP e que os economistas desta terra contribuam melhor como que aprenderam nas universidades.

    Takora Mohamed
    01/04/2011

  7. Herlander Stock

    1 de Abril de 2011 at 17:44

    En que mundo estão esses economistas. Se vê claramente que já estão caducos. Qual é o fundamento para que o governo tenha participação nos bancos privados? Qual é o tipo de economia pretende têr em S.Tomé.
    Façam favor, e fiquem calados.

  8. E.Santos

    1 de Abril de 2011 at 17:55

    Isto só pode ser brincadeira.

    “Uma entidade de participação obrigatória e gratuita de 25% do capital social de uma empresa?”

    Corrijam-me se eu entendi mal, porque das duas uma:Ou São Tomé tem capacidade para gerar um retorno do investimento fabuloso e nós não sabemos ou nenhum investidor no seu juízo perfeito faria uma coisa destas.

    Pagar oferecendo uma participação de 25% do investimento ao Estado para investir num dado país numa altura em que os Estados menos favorecidos sobretudo, estão eles próprios a tomar medidas com o objectivo de atrair o investimento directo estrangeiro? Por via do incentivo ao investimento, a regulamentação convista a transparência e segurança do mercado, a harmonização contabilística a nível internacional. Estes sim, são os aspectos com que o Estado deve se preocupar numa economia globalizada, sob pena de perda de competitividade.

    O que fica no país normalmente são infraestruturas que se criam para suporte ao negócio, a receitas provenientes de impostos quer em sede do IRC como do IRS pela criação de postos de trabalho.

    O que pode de facto ser pacífico é exigir-se a criação de empresas de direito São-tomense e a obrigatoriedade de uma parte do capital de todas as empresas a operarem no país pertencerem a nacionais (mas não necessáriamente do estado, salvo se forem investimentos realmente estratégicos).

    Eu não sou economista, mas acho que este modelo para um país que não gera riqueza como nós, está completamente fora de questão. Juntando a isto à falta de seriedade dos nossos compatriotas, aí é que ninguém punha cá os pés (a menos que seja para lavagem de dinheiro, porque aí sim, pouco importa a parcela que se perde). Aliás, num país tão pequeno como o nosso, que não gera riqueza, com a maior parte das pessoas desempregadas, gostava de perceber como é que há mercado para tantos bancos???

    Bom, bem se vê que ainda vai levar tempo para o São-tomense deixar a cultura de obter coisas sem esforço. Tudo dado de graça.
    Talvés assim se consiga criar mais cargos públicos do tipo membro do conselho de administração para encaixar pessoas que não foram capazes ao longo do tempo de elas próprias criarem riqueza para o país.

    • António Veiga Costa

      1 de Abril de 2011 at 19:29

      A “criação de empresas de direito São-tomense e a obrigatoriedade de uma parte do capital de todas as empresas a operarem no país pertencerem a nacionais (mas não necessáriamente do estado, salvo se forem investimentos realmente estratégicos)”…., também já resultou inviável em São Tomé.
      O mercado está abarrotado de estrangeiros que basearam-se nesse modelo e foram lesados pelos “nacionais”. E o pior, na hora do lesado estrangeiro questionar juridicamente encontra uma justiça (leia-se advogados e juízes) totalmente corporativos, afinal: SOMOS TODOS PRIMOS!!!

    • Bejunto Aguiar

      2 de Abril de 2011 at 20:32

      caros leitores,

      A ideia ate que não me parece tão ridícula como isso. No essencial concordo com muito do que foi dito pelo E. Santos. Mas não precisamos de ser economistas para sabermos os modelos de funcionamento económico. Aliás os modelos que nós conhecemos estão quase todos falidos ou pelo menos requer uma grande restruturação e análise.

      O governo tem naturalmente que promover o investimento estrangeiro em STP, quer através de benefícios fiscais, concessões de terra, reduções de taxas aduaneiras e por ai fora…Afinal de contas isso gerará empregos, transferencias de conhecimentos e tecnologias, etc.

      Quanto a participação do estado no investimento estrangeiro, calculo que seria ideal se fosse possível uma participação voluntária mas não imposta. Isso no fundo apenas traria benefícios não apenas ao estado mas também confiança aos investidores estrangeiros desde que, volto a dizer a participação não fosse imposta mas que fosse através de injecção de capital. Em muitos países sobretudo a Noruega, a China, Emiratos, etc. o estado tem participação directa em varias empresas privadas através de compras de acçoes ou fundos. O único problema em relação ao nosso país, é que nós não temos condições financeiras. Mas repito, isso poderia ser compensado através de benefícios fiscais ou aduaneiros e muitas outras regalias. Para muitas entidades empresarias, convém sempre ter o estado como parceiro, desde que seja um parceiro, sério, honesto e sensível aos problemas do país. Mas atenção que nem tudo que é investimento externo é lucrativo. De maneira que o estado tambem poderia perder se o investimento for mal gerido.

      Em relação aos bancos. Entendo que haja alguma preocupação em relação ao numero de bancos em STP. Mas atenção que os bancos não apenas existem para receber dinheiro dos depositantes ou, para emprestarem dinheiro. O sistema financeiro evoluiu muito e esta muito sofisticado. A mim não me importaria nada que STP fosse um paraíso fiscal desde que cumprisse algumas regras. Se a Bahamas Bermuda, Madeira, Isle of man, Suiça …. podem ser, porque não STP? O paraíso fiscal é uma industria como qualquer outra e gera receitas, empregos e investimentos. A única adversidade para STP é que não existe regulamentos, um planos director bem elaborado para o sector e a qualidade das instituições financeiras são duvidosas. Por isso que venham mais bancos. O banco Central que cuide do resto.

  9. J. Maria Cardoso

    1 de Abril de 2011 at 18:26

    Ao crer nos exemplos dos paises do Golfo Pérsico, eventualmente, esses paises deram garantias de estabilidade ao investimento estrangeiro e
    a oferta negocial dos paises era o de pega ou larga, ou seja, os bois arrastando a caroça. Possivelmente, esses paises já tinham todo o interesse de procura por parte do investimento estrangeiro, não é o nosso caso, onde quase sempre paira no ar outros interesses que não o do Estado para o proveito nacional.
    O Estado não perde tempo em analisar os prós e contras.

  10. JorgeK

    1 de Abril de 2011 at 22:58

    É UM ABSURDO COMPARAR A ECONOMIA E PODERIO ECONOMICO DOS EAU COM DE SAO TOME.
    nao falem do que nao sabem, assim o país estaria melhor

  11. Narciso

    2 de Abril de 2011 at 3:13

    Estas sugestões dos Economistas Santomenses devem ser feitas apartir das normas impostas pelo Banco central porque uma associação nao é uma entidade financeira, desculpe meus senhores mas estas tais polemicas da vossa parte o que esta fazendo é que muitos parceiros internacionais deichem de pôr seus capitais como uma forma de investimentos no mercado nacional, ja esta na altura suficiente para que os Santomenses deichem os outros trabalharem. Porquê que a asociação nao busca vias para o Governo eliminar o dezemprego Juvenil, ou seja porque que nao ajudão ou busquem estratejias emergentes para sacar o pais do caus financeiro em que se encontra?
    Isto nao é nada mas nada menos que todos querem governar e destabiliza o nucleo laboral vingente.

    São Tomé, meus senhores necessita de um modelo económico emergente para evitar uma possivel crize Economica e Financeira, porque como sabem somos 90% dependentes das ajudas externas, entao nesta ordem de ideias o país necessita de inversões estrangeiras directas e promover insentivos para produção interna de forma tal que o país substituia a importação e aumente o nivel de exportação.

    Aquele saludo Revolucionario.

  12. Leoter Viegas

    2 de Abril de 2011 at 15:22

    Associação dos Economistas de S.Tomé a Príncipe enviou um presente envenenado ao Governo ou pretende dar uma rasteira ao Governo.
    Como é que uma Associação de economistas apresenta uma proposta desta numa altura em que invenstimento estrangeiro é fundamental para o país e para o povo santomense.
    Há santomenses que ainda pensam que são os investidores estrangeiros que precisam de S.Tomé e não o contrário. STP é que precisa de investimento estrangeiro e, cabe ao Estado proporcionar condições favoráveis a realização de negócio, cabe ao Estado criar condições para sedução de investimento estrangeiro, através de políticas fiscais competitivas, desborocratização do aparelho do Estado e formação de recursos humanos capazes. Cabe ao Estado o papel regulador da economia de forma a proporcionar a livre concorrência no mercado.
    Sugerir que o Estado deve ter 25% de participação em todas as empresas estrangeiras no País é criar condições para afugentar investidores estrangeiros.
    Mais, fazer comparações com países como Qatar ou Emiratos Árabes Unidos não faz qualquer sentido. Esses dois países são altamente ricos, possuem excesso de capital, logo, qualquer investidor tem interesse em investir nesses países, mesmo com algumas restrições, ao contrário de S.Tomé e Príncipe que é um País altamente pobre e com carência de capital.
    Não acredito, sinceramente, que os jovens economistas santomenses apoiem a ideia da Associação dos Economistas. Eu não apoio.
    Espero que o governo não coma este presente envenenado.

    Leoter Viegas

  13. CREDO

    2 de Abril de 2011 at 15:38

    E’ uma bofetada para proprio o Governo, pois ate’ agora nenhum PM teve a ideia de construir de raiz uma sede propria. O edificio que conhecemos como sede de Governo e’ propriedade da CM. Se estiver enganado alguem que me corrija.

  14. Zé Maria

    2 de Abril de 2011 at 22:28

    Agostinho está prpondo ao Estado uma sociedade de economia mista. O objetivo é garantia de recurso estatal para evitar uma possível falência como ocorreu outrora com o Banco Comercial do Equador.

    Que cara esperto!!!

  15. Paracetamol 500mg

    3 de Abril de 2011 at 0:56

    Reservando uma parte do capital ao Estado santomense, quem ira representar os interesses nacionais nesses bancos? Querem é tacho. Um homem, que quase deixou falir o seu próprio banco, ao apresentar esse tipo de proposta, quer dizer que não sabe gerir um negocio.
    Alias, parece-me que tais bancos, não aceitou um tal economista (só por ter um banco) como parceiro nacional, e como dor de cotovelo, vem apresentar essa proposta para la se instalar, e ganhar extras.

  16. Adolfo

    3 de Abril de 2011 at 1:59

    Fiquei estupefacto ao ler esta noticia!
    Sou mestre em economia e nao entendo como esses dois individuos podem sugerir uma coisa desta! parece que eles vivem num mundo paralelo ao nosso. Nao e preciso ter se conhecimento academico em economia para ver que a ideia desses dois senhores e laconica!

    “A Associação dos Economistas, justifica a sua posição com o facto de ser o método utilizado pelos países do golfo pérsico como Qatar e os Emiratos Árabes Unidos, para fortalecer a riqueza nacional. Segundo a Associação dos Economistas, nestes países e outros, «é reservado aos nacionais 51% de todo o capital estrangeiro investido», sublinha a carta”

    Meus senhores, generalizar em economia conduz ao erro, o que funciona para um pais nao necessariamente funcionara para outro.
    O mais frustrante e preocupante e que eles ja governaram STP.

    Um bem haja a todos.

    Desculpem pelos erros ortograficos e que teclado nao e apropriado.

    • Bejunto Aguiar

      4 de Abril de 2011 at 6:56

      Caro Adolfo,

      Dado ao seu estatuto de mestre em economia por favor convença-me a mim e aos leitores porque razão a sugestão dos dois senhores é tão “lacónica”. Eu também sou mestre em Finanças e não me parece que a sugestão da ideia per si seja tão absurda. Não conheço o plano em pormenor mas não vejo mal nenhum em que o estado Sao tomense tenha uma entidade de participação de investimentos e que queira participar nos investimentos das empresas que queiram ir para STP. O valor de 25% parce-me um bocado exagerada mas se a percentagem for através de EX. compras de acções, benefiçios fiscais e aduaneiros, facilitação e concessões de terras ou espaços, etc … porque não? Também não me parece viável que se invista em todos empreendimentos estrangeiros. Mas existem alguns investimentos que são claramente do interesse do estado Saotomenese e nesses casos, defenderia uma participação do estado.
      Outra das medidas comparadas a essa é por exemplo a do governo Angolano que incentiva as empresas estrangeiras a terem parceiros locais, e em alguns casos ate é compulsória. Ora alguns, por ventura dirão que não se pode comprar os dois países. Muito bem. Eu aplaudo em certa medida o caso Angolano, a desvantagem é que os investimentos estrangeiros em Angola têm como parceiro os políticos Angolanos e com as consequências que todos nós sabemos. Não seria melhor se fosse um instituto do estado a controlar o investimento?

      Muitos argumentam que preferem um estado que não tenha interferência na esfera privada e empresarial, mas todos sabemos que tal, no contesto Saotomense é quase impossível. Como disse e bem não se pode generalizar o sistema económico. A nossa economia é demasiada pequena e dependente do exterior, essa seria uma forma de termos algum rendimento caso o investimento seja viável.

      Por outro lado um organismo que gerisse a participação dos investimentos do estado só traria benefícios para o país, contando que fosse profissional e independente ou sobre a tutela por exemplo do banco central. Seria muito mais transparente e diminuiria a corrupção. Um único se não em relação a medida é que os nossos políticos não são sérios.

    • Adolfo

      5 de Abril de 2011 at 0:21

      Caro compatriota Bejunto Aguiar,

      Antes demais um muito obrigado pela forma cordial e respeituosa como contesta o meu comentario acima.

      Para responder aos seus legitimos argumentos eu tomarei a ousadia de lhe referenciar ao comentario feito por Leoter Viegas acima publicado no dia 2 de Abril. Eu compartilho a mesma opiniao que o mesmo.
      Por favor aceite meus cordiais cumprimentos.

  17. BARÃO DE ÁGUA IZÉ

    30 de Abril de 2011 at 1:12

    O Estado deve estar o mais longe possivel da actividade económica.
    Os Economistas que pensaram esta proposta ainda não constataram pela leitura da História da Economia, que em todos os paises em que o Estado interferiu na Economia como participante/gestor activo, os paises empobreceram. O Estado que deve ser apenas regulador, não deverá ter estatuto ou participaçaão activa em empresas financeiras com poderes para gestão operacional. Ações grátis/de borla para o Estado? Há de facto umas mentes bem criativas!

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