Sociedade

Junta de saúde para Portugal um quebra-cabeças para o sistema nacional de saúde

O envio de doentes de São Tomé e Príncipe para tratamento em Portugal consome 40% do Orçamento do Ministério da Saúde e Assuntos Sociais. Segundo a Ministra da Saúde Angela Ramos, a parte portuguesa paga mais caro que o Estado são-tomense.

Na semana nacional de saúde promovida pela Ministra Ângela Ramos, para debate da situação do sistema nacional de saúde, os técnicos do sector analisaram o processo da Junta de Saúde.

Do Orçamento Geral do Estado para o sector da saúde, mais de 10 mil milhões de dobras em receitas correntes, o equivalente a mais de 410 mil euros, são canalizados anualmente para sustentar o envio de doentes para tratamento em Portugal.

Anualmente São Tomé e Príncipe envia cerca de 200 doentes para tratamento em Portugal. No último encontro da semana nacional da Saúde, a questão da junta de saúde esteve no centro de debate dos profissionais do sector da saúde.

O país suporta custos elevados, mas o seu parceiro, no caso Portugal que recebe os doentes acaba por pagar, mais caro ainda. «No que concerne aos exames, os consumíveis, o pagamento dos médicos, tudo isso é assegurado pela cooperação portuguesa. Os custos suportados por Portugal acabam por ser mais altos, tendo em conta que as cirurgias são caras, assim como os exames. De facto ainda não sabemos o valor real dos custos suportados pela parte Portuguesa», declarou a Ministra da Saúde.

Questionado pelo Téla Nón sobre os possíveis riscos que o processo pode correr, nesta altura em que Portugal vive uma profunda crise financeira, o que poderá obrigar o governo português a fazer cortes no sector social, Angela Ramos, preferiu esperar para ver. «Até agora não sabemos se a situação de crise em Portugal vai nos afectar. Por isso vamos reforçar as nossas capacidades internas para evitar as evacuações sanitárias», defendeu.

O número de doentes de São Tomé e Príncipe em tratamento em Portugal, atinge várias centenas.  No encontro sobre a semana nacional da Saúde, os Técnicos nacionais chegaram a conclusão que o processo de envio de doentes para tratamento em Portugal, está enfermo. Por isso sugeriram algumas terapias.

Abel Veiga

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21 Comments

21 Comments

  1. Anjo do Céu

    11 de Abril de 2011 at 10:44

    Tudo isso passa por uma reforma geral no sector da saúde.Ter um hospital de referência e moderna(Ayres de Menezes) com toda valência.Apostar forte nos meios de diagnóstico,recrutar quadros nacinais especializados no exterior.Haver uma melhor interligação com Saúde para todos em apostar mas em Hospital Ayres Menezes e que envio dessas equipas médicas Portuguesa tenha incluido Técnicos nacionais para sua continuação.Estabelecer um protocolo forte c estado português em que eles são sensiveis de ajudar na formação de Quadros.Só assim reduziremos os custos e ter uma saúde de qualidade com raiz assente no chão e nao um sector da saúde feito em trampolim e com muitos a enriquecer a custa dos sofrimentos dos nosssos doentes e nao só

    • salmo 91

      11 de Abril de 2011 at 13:41

      concordo consigo, mais temos que lembrar tempo que os doentes em stp esperam pela consulta que acabam por falecer ,como foi o caso da minha mae ,temos que aranjar os nossos hospitais e nao viver no trampolim como outro cumentario ai em cima…

    • observador

      11 de Abril de 2011 at 21:39

      este e um chorudo negocio em STP quantos viajao sem uma unica sintoma? enquantos doentes terminal espremen matruço e bebe folha chalela ate morrer?quantas catorzinha depois de ser concubina do senhor doutor vem para tuga como estudante ou como duente?este pais vive de pirataria.se la tivesse homens honestos tudo mudava. cumprimentos a todos.

    • pagagunu

      14 de Abril de 2011 at 7:10

      Homens ” Honestos” como tu !!!!

    • Buter teatro esquecido

      12 de Abril de 2011 at 7:27

      Anjo do Céu;
      Preparar recursos humanos na àrea e, melhoria de equipamentos e infraestrutura è uma política de médio longo prazo.
      O mais importante é apoiar agora os doentes que estão a sofrer dentro do País e em Portugal. No meu intender, colocar barreiras, impedir os pobres não políticos de beneficiar com tratamentos em Portugal, e, deixa morrer é crime, violação do direito humano.

  2. Virtual

    11 de Abril de 2011 at 10:47

    Estou espantado! Como é que a Ministra diz que “até agora não sabemos se a situação de crise em Portugal vai nos afectar.”???

    • Mimi

      11 de Abril de 2011 at 13:23

      Sera que ela sabe de alguma coisa concreta?
      “…Por isso reforçar as nossas capacidades internas para evitar as evacuações sanitárias…” A curto prazo, o que é que isto significa? Estara o estado santomense em condicoes de cobrir as despesas tanto internas como no exterior este ano?

    • salmo 91

      11 de Abril de 2011 at 13:43

      este leve leve que a gente vivi e que da nisso, se nem ela sabe quem sabera? e um descaso no nosso pais …

  3. SN-FS

    11 de Abril de 2011 at 12:12

    Isto é muito Simples…..Temos ivestir mais nos nossos hospitais para ter mais recursos para todos tipo de tratamento…..não faz gastar tanto com envio de doentes sem haver investimoento nos nossos cuidados de saude….one love STP

  4. salmo 91

    11 de Abril de 2011 at 13:44

    boa dica meu caro…

  5. H.lima

    11 de Abril de 2011 at 15:20

    Essa situação não é novidade para ninguém dado a précaridade de saúde no nosso país.
    Mas também é de duvidar que os 40% é consumido pelos doentes ou pelas entidades dos doentes em Portugal.
    É melhor que o governo crie condições, para que os seus doentes sejam tratados no país, a não ser caso extremo para evacuação.
    Não sei se o governo sabe a situação que vive alguns doentes nosso cá em Portugal, é pessimo, e lastimavel. Abandonado pela embaixada, pelos familiares é uma tristesa. Por isso não vale a pena dar o luxo em enviar doentes ã Portuagal.

    • H. Esquecido lima

      13 de Abril de 2011 at 7:53

      Olha Sr. H. Esquecido a embaixada tem feito muito dado a falta de recursos que a embaixada tem o Sr. Sabia que o actual Embaixador já teve que abdicar de fazer representação para pegar no dinheiro o pouco e dar aos doentes. Pois a culpa ñ é sua e nem minha apenas do nosso País que desperdiça oportunidades e não valoriza os quadros.

  6. reflexao

    11 de Abril de 2011 at 15:53

    é minha gente, ja está na hora no nosso queridinho país começar a pensar na auto sufuciencia no que concerne a area de saúde, visto que é um absurdo depender tanto assim dos outros para seguirmos em frente…temos que começar a pensar na formaçao e qualificaçao dos quadros, melhorar as condiçoes basico sanitarias hospitalares, pra ver se reduz os gastos né, e garante-se uma melhor qualidade de vida à nossa queridissima populaçao…

  7. Alberto Nascimento

    11 de Abril de 2011 at 16:06

    Estive durante alguns anos em Portugal e conhecei dezenas de Santomenses perfeitamente saudaveis que usaram a junta medica para viajarem. Crianças, jovens e idosos doentes ficam em terra e esses bandidos nao. Nesse pais compra-se tudo. O problema é a corrupçao.

  8. Nikols

    11 de Abril de 2011 at 16:18

    Esta crise que Portugal enfrenta neste momento afecta sim o sector da saúde.Isto porque a saude custa dinheiro, e Portugal neste momento não tem dinheiro e logo isso terá grande impacto em STP,que tem portugal como um grande parceiro.Portanto, para mitigar essa situação,cabe o governo investir fortemente nos nossos técnicos de saude(medicos,enfermeiros,e tecnico de máquinas),criar mais centros de saúde e hospitais com equipamentos de tecnologia de ponta etc e não ver e ter Portugal como unico país para resolver esse problema.

    • Mimi

      12 de Abril de 2011 at 8:59

      Além disso, e necessário investir no homem prestador de serviços e no homem utente dos serviços de saúde. Nao fosse o homem, talvez o sistema de saúde presente em S. Tomé hoje responderia melhor às necessidades dos utentes. Estes (utentes) precisam ser educados no sentido de conhecer os seus direitos (e deveres) e o pessoal de saúde precisa muito melhorar a qualidade de atendimento ao utente. Tratá-lo com dignidade e nao como se fosse um favor tratá-lo. Isto aplica-se do servente ao médico.

  9. Manuel

    11 de Abril de 2011 at 22:02

    A senhora Ministra esqueceu de realçar a situação precária dos doentes em Portugal…

  10. Anjo do Céu

    12 de Abril de 2011 at 15:00

    Temos hipotesis de ter um serviço nacinal de saude com qualidade e bem apetrechado se existir uma consciencia humana com dignidade.como é possivel uma pessoa obter uma junta médica para evecuação sem ter uma história clinica de partida,ao qual inclue vários exames de diagnósticos(Exames laboratoriais,Rx,parecer de vários médicos etc).Como é possivel que uma mulher nasce,cresce e morre sem fazer um rastreio da mama,uma consulta de ginecológia,citologia no século xxI.Mas vem de Junta médica com um cancro no colo de utero e vai de volta porque n~ao há hipotese de cura e regressa ao país pra morrer.Será k os ministros nao sabem deste conhecimento cientifico.Mas as suas familias vêm anualmente fazer esses exames.Nao só as mulheres como os homens.Vamos ser sério neste aspecto.Mais uma vez digo e direi teremos k modernizar o Hospital Ayres Menezes e qualificar os homens senao nada feito.Deixar de trampolim

  11. cesario verde segundo

    14 de Abril de 2011 at 12:38

    Nesta história de junta médica ha muita maldade. Tanto da parte das autoridades nacionais terrotoriais como as que se encontraam na diaspora (embaixada), encarregadas de zelar pelo bem estar e dar seguimento dos utentes quando ali chegados. que como já sabemos, sao entregues á sua sorte!

    tambem há maldade e incompetencia da parte de entidades portuguesas representadas ou laborando no pais, como é o caso do doctor Henrique Vilhena, que nos casos de pessoas nao de elite ou que nao lhe interessassem, pois, passava o atestado de junta médica tipo 2, embora a urgencia do caso, o que resultava em serem juntas médicas tardias as quais devido dizer: de tipo 2, pois eram e sao relegadas como de 2 plano e nunca ou quase nunca chegando a territorio nacional a resposta sobre a evacuacao de ditos casos.

    Digo isto porque já fui doente de junta médica e sei o que passei naquela embaixada onde passei muito mal e recebi desatencao das nossas entidades, e o desprezo do médico portugués em STP, o tal Henrique Vilhena, que apenas gosta de chegar á Lisboa e desfilar com os quadros de escultura nacional que levava, como se fosse um muito bom samaritano as causas nacionais.

    Sei do que falo e falo com propriedade e causa.

  12. Carlos Ceita

    14 de Abril de 2011 at 18:02

    Meus amigos abstenho-me para já de fazer análise sobre a gestão do Ministério da saúde desta Ministra. Talvez o farei no fim desta legislatura. No entanto o que me chamou a atenção é o sorriso contagiante da ministra que aparece na foto. Deve ser alguém muito alegre e bem disposta. É deste tipo de governante que precisamos num país deprimido parado e sem rumo.
    Abraços

  13. Zumbakuê

    16 de Abril de 2011 at 12:15

    Perante a situação do sistema de saúde do nosso país, a coisa só tenderá a mudar,num dia em que o desaire bater á porta de um destacado dirigente e não haver forma de o evitar.
    O dinheiro desviado para fins desconhecidos, se fosse investido parte na saúde, diminuiria muitas perdas de vida. Como médica que é a senhora ministra, já pensou no exercício sério da medicina? Como fazem diagnósticos nesse país? Partem do que é endémico? Na minha perspectiva é um raciocínio errado. Pois sabe que as terapêuticas instituidas podem ter sequelas ao nível dos vários orgãos. Depois vêm a praça pública dizer que temos muitos doentes com problemas renais, hepático etc.. tomara. Se nem a monitorização de alguns fármacos é feito, por falta de tecnologia e não só.
    Senhora ministra, diga ao seu 1º ministro, que vai tomar uma medida que poderá ser impopular. Aposte nos quadros, obrigue-os a reciclagens constantes. Aposte também nos sãotomenses que estão na diáspora. Eles podem contribuir com alguma mais valia.

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