Sociedade

A compostagem Como processo de CRiação de Riqueza

Começam a surgir casos de sucesso da aplicação da compostagem na agricultura santomense. O exemplo que se segue vem de Uba Budo.

O ex-marceneiro, Amilson Semedo, é hoje um agricultor feliz e orgulhoso do seu campo. Tomates, malaguetas, cenouras são algumas das culturas a que se dedica, mas é nas fileiras dos tomateiros que se observa uma pequena, mas grande diferença. Dada a aplicação de composto, um adubo natural que permite a introdução de nutrientes no solo, assim como uma melhoria das suas características, a produção é visivelmente superior nessas fileiras!

Amilson e o seu ajudante, Edmel da Veiga, sabem hoje por experiência que o composto “dá muita força às plantas”, sem que para isso seja necessário um investimento financeiro significativo, como acontece normalmente com os adubos químicos.

Esta história de sucesso começou há cerca de 6 meses atrás, com a realização de 12 sessões de formação em vários distritos do País sobre “Composto Orgânico: Preparação e a sua Utilização”. Carlos Tavares, técnico agrícola da ONG ADAPPA, foi o formador responsável no âmbito de mais uma atividade do projeto “Consolidação do apoio às Câmaras Distritais para a melhoria do sistema de recolha de resíduos”. A iniciativa inseriu-se no trabalho de apoio às Câmaras Distritais na vertente da valorização de resíduos, tendo em vista a redução do transporte de materiais potencialmente valorizáveis como os restos de comida e jardim, que perfazem mais de metade daquilo que habitualmente as Câmaras Distritais recolhem e transportam para o vazadouro.

A compostagem, que pode ser definida como a degradação de resíduos biodegradáveis na presença de oxigénio, é uma atividade geradora de riqueza dados os benefícios resultantes a diferentes níveis. O composto é o produto resultante que lhe confere essa característica, dado o elevado valor agrícola, função das propriedades associadas ao enriquecimento e melhoria da estrutura do solo.

Trata-se de mais um bom exemplo dos benefícios da correta gestão de resíduos, neste caso da aplicação do processo de compostagem, em que a matéria-prima é aquilo que se deita fora por aparentemente não ter valor e que se designa por lixo. Exemplos como este podem ser facilmente replicados dado não exigirem investimentos materiais ou financeiros.

Artigo escrito no âmbito do projecto “Consolidação do apoio às Câmaras Distritais para a implementação de um sistema regular de recolha dos resíduos sólidos” financiado pela AECID e executado pelas ONG’s ADAPPA, ALISEI, Fundação da Criança e Juventude e MARAPA

3 Comments

3 Comments

  1. Ogimaykel da Costa

    7 de Julho de 2011 at 17:22

    Boa iniciativa.
    Isso mesmo! Mais produção!

  2. Madalena

    7 de Julho de 2011 at 17:30

    Agora estamos a descobrir a polvora!!
    Neste momento queremos mudança, choque geracional, depois vem estorias de fertilizantes. Compostagem é da idade media, sempre se fez de uma forma ou outra. Pergunta o senhor Armando B. E. Santo, irmão de Oné.
    A biblioteca viva da Madalena.
    Agora é tempo Novo para todos

  3. Mendes Rosario Cabral

    7 de Julho de 2011 at 17:34

    Quanto é que o campo tinha antes dos principais macronutrientes, fez analises?
    Depois compostagem? qual foi a quantidade por metro quadrado?
    Agora não brinquemos.
    A Brigada de fomento Agrpecuaria, pode ajudar.
    Aumentemos a produtividade

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