Sociedade

Mataram a velha feiticeira

O que é feito dos alunos da Secundária de Guadalupe?O Kéblakana, após a esteira ter-lhe cuspido do sono, tal e qual os colegas da vizinhança foi ao chafariz público apanhar a água, antes que o líquido precioso cumprisse a rotina diária de logo-logo sumir-se da torneira. Com duas canecas da água lavou o bacio de chichi da noite que o aguardava aos pés da bananeira, obedecendo a escala semanal, enquanto Kambu, a sua irmã, ocupou-se dos pratos de jantar. Verdes na idade, nem ela lavô baixo, tão pouco ele lavô pedaço. Apenas deram brilho aos pés, aos braços e ao cabelo. Ajeitaram a barriga com o resto da noite aquecido no fogão da China. Deixaram os pratos do mata-bicho repousados na panela com a água para que a mosca-tambor, não cagasse ali os seus ovos. Vestiram a bata e arrancaram ao caminho do saber.

Àquela hora, a mãe que os criavam com a ajuda dos olhos da vizinhança, vizinho é família, longe do paradeiro do progenitor, já se soava na sua cruzada de palaiê pelos funka-funkas. Desde a aurora que ela pôs os pés na estrada. Os galos acertam-lhe as horas. O Kéblakana, dois anos mais novo que a irmã, andava no último degrau da primária. Ela estudava o segundo ano da preparatória na nova escola aos beijos com o rio Água Grande. Ainda não tinha sido roubado o campo José Cangôlô ao futebol dos jovens e a alegria dos populares amantes da bola que gritavam apaixonadamente o golo para lá dos ouvidos de obô Má Fachica.

A passagem dos manos por Associação de Socorros Mútuos que já foi hospital, construído pelo suor popular a mercê das grandes cabeças da terra, Sun Zanuêli, Sun Salustino e companhia, a primeira escola preparatória, sede de encontros da política, barbearia e marcenaria, de estatuto oficial e sigilosamente, o mais conceituado laboratório, mesmo a luz do dia, para os rapazes e as meninas fabricarem gente e, com o seu velho Maciel, os dois choravam baixinho pelo abandono e pela destruição, o Kéblakana encostou-se ao murro e lançou para fora tudo quanto o estômago guardava desde a noite anterior. A bola dos olhos escondeu-se apressadamente dando lugar a um algodão pálido, enquanto as pernas sem força deixaram o corpo deitar-se no chão. A irmã aflita deu força aos gritos. Quem subisse e quem descesse, imobilizaram todos os destinos ao lado das duas crianças, tudo fazendo pelo miúdo que se escorregava ao chão sempre que lhe tentavam pôr-se em pé acabando por perder os sentidos.

Activaram-se os primeiros socorros. Duas chapadas. Pá! Pá! Uma com a frente das mãos e a outra com as costas, violentando cada face virgem como que se tratasse de algum crente a oferecer os dois lados da cara para a chapada do mundo. Sopro nas narinas e nos olhos para devolver-lhe o tic-tac do coração. O abanar das mãos na cara. Nada!

Uma mulher que aparentava mais de meio século abriu as pernas escondidas na saia de roda, uma mão afastou a bandôla e a outra em concha, recebeu o líquido que saia da sua torneira. Esbofeteou-lhe no paciente. Tchuá! O garoto num abanar do pescoço e com a língua a soprar o sal da boca, até reagiu-se ao bafo que lhe escorreu de cabeça ao chão. Mais uma e mais outra. Tchuá! Tchuá! Três chapadas de chichi molharam-lhe de cabeça aos pés.

Chêi! Non dá ele chichi pá bêbê, não! – Ordenou uma mais velha com o símbolo octogenário chapado no rosto calejado e que passava com o seu kindá de laranja e tangerina a cabeça ao caminho da feira para mais um dia enganar o reumatismo com a tradicional venda de cajamanga, jaca, pêssego, cola e manga, consoante a época das frutas. – Zawa, sá pligo! Ê sá veneno! – A mulher de cabelos todos floridos de branco suplicou que não dessem de beber a urina ao puto, por ser veneno.

– Sanguê chê daí ni uwê non! Mufinu! – Retorquiu uma das socorristas de meia-idade afugentando a conselheira do cenário. Debaixo de língua e com a mão esquerda completou o seu raciocínio com o sinal de Pai, Filho e Espírito Santo. – Azé! Chê daí! – Soberbamente deu corrida e decretou a sentença de morte a mais velha, acusando-a de feiticeira.

A octogenária seguiu o seu destino. Porque do reservatório da anterior socorrista já não pingasse mais líquido, uma outra senhora com o mesmo gesto, a mão direita em concha recebeu a urina entre as pernas e deu de beber ao Kébla para virarem-lhe as lombrigas para baixo e pôr os intestinos em dia, evitando o retorno dos alimentos para fora da boca.

Um homem de cabelo meio branco e meio preto tirou do bolso o seu isqueiro, acendeu e passou o lume suavemente nas plantas dos pés de Kéblakana, activando mais um sinal de vida com a reacção ao fogo queimando a sua pele.

Miraculosamente alguém trouxe uma garrafa de petróleo com que lhe lavaram as pernas e os braços friorentos apesar do calor que já aquecia a manhã tropical e como a última advertência foi-lhe feito uma cruz com o mesmo líquido nas costas, no peito e na testa, ao fim de tirarem-lhe os maus olhares e prepararem-lhe o corpo para o tratamento da ciência. Sem essa gincana de chichi e de petróleo que lhe libertavam do mordaz vento que apanhara das almas bruscas de Associação de Socorros Mútuos, a primeira agulha que o enfermeiro espetasse no seu corpo, decerto que embarcaria com o Kéblakana ao outro mundo.

O primeiro táxi que parou saiu em brasa com o miúdo em direcção as montanhas de Monte Café, onde ele ficou hospitalizado em estado de coma. As sacolas, ou seja, os sacos de plásticos transparentes que guardavam religiosamente os manuais de conhecimentos dos dois manos e que estiveram distraídos algures no chão, foram recolhidos por uma jovem que os confiou a Kambu, diminutivo de pouca altura da pikéna que via o irmão a cruzar-lhe no crescimento, a razão de ter sido baptizada na enciclopédia da Rua Baixa de Kambuta.

O tio dos manos e porventura também padrinho de igreja de Kéblakana, um funcionário público, quando a tardinha desceu do carro de praça e tomou notícia do que se passara com o sobrinho, não perdeu tempo e antes mesmo de ir ao hospital, foi a casa de San Má Sexta pedir as contas. Baseado nos relatos chegados à si, era a hora de fazer a justiça com as próprias mãos. Só podia ser aquela azé que tá a matar o miúdo! Os olhos dela, todos encardidos que nem alguns peixes frescos da Trindade escondendo o preto e o branco, simbolizavam a perícia diabólica disfarçada na idade da velha. Ninguém deu sinal de opinião contrária. Era ela, a bruxa que tava a matar o anjo de Deus!

O povo juntou-se no quintal de San Má Sexta, a ver o tio dos dois manos a forçar a velha a confessar o crime praticado a luz da manhã. Alguém trouxe um ramo grosso de pau de contra. O justiceiro, sem meias medidas, arrancou toda a força da sua violência e arreou três fortes pancadas nas costas da velha que a atirou ao chão. Ela continuava, em vão, a pedir pela clemência da sua inocência.

Cem números de acusações explodiam da boca dos populares contra a vizinha feiticeira. Ela trepa ôka com as costas. Un meio-dia dança un quintal cabeça kubli. Vira olho vermelho bábá. Fica un estrada-cruz com uma mão na testa e a outra na língua a chupar sangue di criança. A noite ela vira coruja e fica un cima di casa a cantar kiô-kiô e a espalhar areia un cima di zinco. Di manhã cedo ela virá klôkôtô un quintal a procurar forma di dar gen com vento bluko.

Finalmente, alguém trouxe sete alfinetes de roupa com que introduziram no corpo de San Má Sexta que acabou por confessar a verdade desejada pela assistência, entre crianças e gente grande. Eu trato dele! Dos olhos enrugados de catarata e da boca a salivar as lágrimas de impotência, ela repetiu os nomes das folhas que diziam com que tinha de trabalhar para salvar o miúdo.

Na manhã de sábado, San Má Sexta não saiu a rua. As galinhas iam ao mato e vinham a varanda em busca do mata-bicho. O Lupuyê que andou a noite toda a uivar não se cansava de ladrar contra o assobio do vento. A notícia chegou de manhã cedo a sua única filha que vivia maritalmente em Chácara, pocón d’Alê, através de palaiês que vendiam na Feira de Ponto. Ela arrancou num pé de corrida no carro de Chiriri até a cidade do interior.

Kuma mu ê! Kuma mu ê! Chamou com as habituais palavras de entrada no quintal da mãe. Cumadri tá dormi com sol saído rua?! Questionou e só o silêncio deu resposta ao seu susto. Com a ajuda de um vizinho esforçaram a porta e entraram em casa da velha. O lençol amor-pedaço estava salpicado de sangue aqui e acolá. San Má Sexta por ironia do destino tinha morrido na noite de sexta-feira descida. Constou na certidão de óbito de que a mais velha não resistiu a um tétano, seguido de um AVC por uso excessivo de sal que lhe parou o coração e devolveu o corpo ao pó da terra.

No sábado em que San Má Sexta foi a enterrar, nos quintais das ilhas, ao meio-dia, tamborilaram as paredes das casas. Muitos gritos e muita alegria em contraste com as lágrimas dos familiares e amigos da falecida Maria Paz de Encarnação Quaresma. Dia di sábado lulyá. Todos os anos nesse dia, a euforia dos humanos dava lugar aos gritos dos suínos que voltavam as panelas após a pausa de Quaresma. Jesus Cristo acabava de ressuscitar.

Os cúmplices que assistiram, apedrejaram, bateram e introduziram alfinetes enferrujados na San Má Sexta, apenas os cabecilhas prestaram declaração de inocência na polícia e saíram absolvidos, talvez, porque a velha de a muito, sozinha no seu quispá, era, em surdina, acusada de feiticeira azé. San Má Sexta, naquela sexta-feira, esteve a hora errada, num lugar errado.

O Kéblakana ficou duas semanas em estado de coma, clinicamente doente de paludismo cerebral sem que nenhum anti-palúdico o devolvesse tão rápido as brincadeiras da idade. Quando começou a libertar-se do F10 e a dar os primeiros sinais de regresso a vida, umas borbulhas invadiram o corpo daquele pedacinho de gente. A primeira vista, até os enfermeiros julgavam ser da reacção do sangue aos anti-palúdicos. Resultados de análises laboratoriais detectaram que o Kéblakana também tinha uma infecção urinária que brigava com os seus rins. O seu estado débil não aconselhava a medicação de antibióticos para debelar a infecção renal. Entubado no nariz, na boca e nas veias, tudo a ciência confiado ao pessoal médico e enfermeiros do Hospital de Monte Café, fazia para salvar a vida do inocente naquele verdejante mundo de neblina do alto das montanhas pintadas de aves endémicas.

No dia em que completava as quatro semanas do seu internamento e já direccionava melhores de saúde, uma mais velha deu a entrada no mesmo hospital com dolorosas queixas abdominais. Não tendo sido diagnosticado o paludismo, a doença endémica das ilhas, avançou-se para os outros exames e cedo detectou-se uma infecção urinária na paciente.

A nova doente foi parar numa enfermaria não muito longe da de Kéblakana que já deixava a cama e passeava pelos corredores do Hospital de Monte Café a tengu-tengu da queimadura nos pés e com o soro ainda a correr-lhe para as veias. Criança é mais rija qui gente grande! Cobiçavam as acamadas. No segundo dia, a nova paciente da cama hospitalar auto-elogiou-se discursando a uma enfermeira que tinha sido ela a salvação do miúdo que reconheceu quando passou pela sua enfermaria. Eu é que dei ele chichi pá bêbê!

A ciência não teve embaraços em encontrar a origem da infecção urinária de Kéblakana. No dia em que o paludismo deu a sua mostra no corpo frágil, deram Kébla veneno pá bêbê. A enfermeira relatou o contágio do miúdo para esclarecer a todos quantos dividiam a enfermaria de que a urina de nada é diferente das fezes. São os restos que o corpo nos vários processos químicos da sobrevivência da vida física rejeita e nunca podem ser usados como remédios, daí que até as cabras das ilhas recusam a alimentar-se das folhas com o cheiro a chichi.

O Kéblakana, nome imposto na Rua Baixa, por causa da rapidez com que ele partia os pés da cana-de-açúcar do velho Nóvito, quando o rebanho de adolescentes assaltava-lhe o canavial, para além do paludismo tinha sido vitimado pela urina infectada de alguém que usando os métodos tradicionais, envenenou o seu sangue. San Má Sexta, a Flôli-vila, a mais velha em tempos respeitada por todos e a parteira de muitas crianças recebidas neste mundo pelas suas mãos antigas e milagrosas e que, até as adolescências lhes chamavam de madrinha, ainda tinha o gosto de viver debaixo de saia e quimone a denguè os seus passos de velhice, mas por sua vez, foi vítima fatal de um julgamento que o caminho da idade, da pobreza e do obscurantismo ainda decide em nome da tradição.

Texto adaptado a um facto real fotografado em tempos da minha adolescência.

Com uma outra visão com que vamos ganhando no caminho dos conhecimentos, não achamos esgotante o tema “transe” que vem fazendo biôkô atrás de careta a sociedade santomense e daí os contornos subjugados ao pensamento humano afigurarem-se por si tão impotentes perante ao que chamamos de hábitos, tradições, cultura, superstições e costumes de cada povo, obrigando-nos a trazer, depois da triste sorte dos gémeos do Quénia, mais um poder de deriva da mente humana.

Permitam-nos inquietar. Chegados ao final de mais um ano lectivo, o que é feito dos alunos da Secundária de Guadalupe? Que resultados lhes espreitam as pautas deste ano escolar?

A ciência nos últimos cinquenta anos anda aceleradamente em busca de respostas a doenças e a própria velhice. Experiências feitas com os animais de ADN semelhante ao dos humanos e já provadas nas câmaras laboratoriais testaram a possibilidade do rejuvenescimento das nossas células como algo que muito em breve pode vir a nos levar a passar saudavelmente dos 120 anos de idade, o que abria aqui mais uma página para as nossas discussões. Estamos preparados a aceitar o fim da velhice? Sem a velhice e consequentemente o adiar da morte, a terra terá espaço para todos? A quem chamarmos de velhos? Os novos velhos ou os velhos novos? Estamos a um passo do paraíso na terra?

Descemos ao chão da terra onde esconde a nossa placenta e trazemos tão crua quanto nua a realidade com que marcamos a nossa identidade enquanto são-tomenses e que ninguém perante a paralisia de quem devia fazer mais para a convivência científica chegar mais depressa aos nossos conhecimentos, faz perdurar e repetir actos sintomáticos de crime contra a idade que nós mesmos na esteira do bôkado atribuímos a sabedoria dos tempos. N’guê tamen sá Dêçu Mundo! (Os mais velhos têm o saber do Mundo!) Adágio popular são-tomense.

Não nos podemos nem devemos dar ao atrevimento de vir aqui penalizar tudo quanto achamos retrógrado na nossa forma de agir e de ser, ao ponto da Mãe-Terra ainda levantar-nos a mama, porque ao bem da verdade conservamos certos hábitos que fazem de nós o único ou senão um dos únicos no Mundo. Temos virtudes na nossa fortaleza tradicional com que devíamos guardar às sete chaves que não são nada mais do que relíquias a merecer todo o nosso carinho para a valorização e a conservação.

O maior feitiço a par da desordem, do desrespeito, do pisar aos outros e da injustiça social que vem apoquentando os ensinamentos do humilde berço, é sem dúvidas, a usurpação da coisa pública por um grupo de indivíduos, estes que nestas horas de movimentação eleitoral se auto promovem de salvadores da Pátria, chamando a si o poder de oferecer mesquinhas e a defesa dos mais sublimes interesses do povo são-tomense que empobreceram até na mente.

São eles os feiticeiros que matam as nossas crianças de fome, da ausência de assistência na saúde e do abandono precoce da escola. São eles os feiticeiros que matam a adolescência das jovens forçadas a prostituição e outros danos que lhes roubam a juventude. São eles que adulteram as aspirações dos jovens que julgam a riqueza ser conseguida sem o esforço do trabalho. São eles os feiticeiros que matam os mais velhos por falta de assistência na velhice. São eles que compram barato a consciência do eleitorado em troca dos votos para se exibirem de homens ricos perante a pobreza moral e económica da Nação, levando o nosso país a indolência.

São eles os feiticeiros azés que assassinam o tradicional e verdadeiro sentido da família são-tomense!

Regressemos ao título. O que é feito dos alunos da Secundária de Guadalupe? Foram todos aprovados administrativamente?

«Eu não descansarei, enquanto não ver de cada uma das “palaiês” da minha terra, pelo menos um filho licenciado!» Alda do Espírito Santo (1926-2010)

12.07.11

José Maria Cardoso

18 Comments

18 Comments

  1. João

    14 de Julho de 2011 at 11:59

    Olá Professor,
    Um abraço,
    João

    • edy

      14 de Julho de 2011 at 14:47

      sera ki e jose Maria de Agua POrca?

  2. Viegas

    14 de Julho de 2011 at 13:37

    Começo por falar do último parágrafo, do respeito e admiração que sempre tive e tenho pelos nossos poétas mas em particular a malograda senhora e conselheira Alda do Espirito Santo, que Deus a tenha. Acho que estamos em bom caminho para chegarmos essa meta. Por outro lado não devemos fugir por maldade a nossa tradição porque tem muito a ver conosco. A cada cultura e uma cultura embora ser confrontado com a realidade atual. O chíchí é veneno a fim de compararmos com fezes (cócó)? porquê eles servem de incentivo as plantas para desenvolver, será q as plantas crescem contaminadas? Respeitemos o que é nosso. José Cardoso, gostei do conto como uma mais valia a nossa realidade mas admito alguns contrastes.

  3. Anca

    14 de Julho de 2011 at 14:24

    É de louvar e homenagear,o raciocínio, o pensamento, e os factos aqui descritos, a inquietude, perante falta de conjugação do saber popular e a ciência.

    Desta, conjugação podia nascer,uma ciência ou conhecimentos inovadores para bem social e cultural,se atrevesse-mos a pensar nosso país, enquanto Santomenses.

    A falta de inquietude, perante a realidade que nos atravessa, sem que por ela nos, questionar-mos.

    Bem haja

    Pratiquemos o bem
    Pois o bem
    Fica-nos bem

    Esteja-mos sempre inquietos e atentos perante a facilidade e leveza,do ritmo e condição da vida que nos queiram impor.

  4. edy

    14 de Julho de 2011 at 14:45

    parabens, bonito texto. vive e presenciei muitos casos como este

  5. Horácio Will

    14 de Julho de 2011 at 15:21

    Olá
    José Maria Cardoso

    Este seu artigo é ENORME. Imprimi para ler e foram 7 páginas.
    Curiosamente Estava a acabar de ler “A Herança do Vazio” de uma escritora indiana, Kiran Desai, com um estilo muito kaffkiano, de imensa carga humana. Notamos que a maioria do sofrimento prolongado da massa humana é universalmente gerado por humanos que os sofredores não descobrem o meio de fazer parar. O livro tem 417 páginas. O seu artigo não é extenso, a sua enormidade vem da sua força multifacetada: pela forma, pela cor, pelo cheiro, pelo som, pela tradição, pela pobreza material e espiritual, pelo sofrimento, pela relação causa/efeito, pela denúncia … Eu teria lido duas vezes 417 em vez das 7 folhas e teria pena de ver acabar.
    Parabéns, Zé Maria.
    Espero que continue e que a chegada do propalado cabo submarino venha permitir que a nossa população absorva com proveito o que o Zé Maria ainda terá para dar em prol da consciencialização e consequente desenvolvimento do nosso povo.
    Sonhemos e continuemos a sonhar com o bem porque “Deus quer que o homem sonhe e a obra nasce”.

    Grande abraço do sempre e simplesmente
    Horácio

  6. Rio de Ouro

    14 de Julho de 2011 at 16:55

    Apesar dalguns parágrafos discutíveis e, talvez, melhoráveis, no que diz a convite para uma reflexão conjunta sobre um dos aspectos injustos da nossa sociedade, pode-se considerar o texto como muito oportuno.
    Esse tipo de insjustiça atinge mais os velhos do sexo feminino, vivendo sós, na mais negra miséria, sem filhos ilustres ou com filhos que já as regeitaram, etc, etc.
    É verdade que algumas velhotas apresentam comportamentos estranhos ou gestos fora do normal. Porquê? Creio que a resposta é só uma: Doença de “Alzheimer”.
    Por isso convido todos os santomenses de bem à pesquizarem na Net “Alzheimer” para uma melhor compreençâo dessa doença.
    Ninguém tem poder sobre ninguém, quer para bem, quer para mal. Velhas feiticeiras não existem. O que existe é MISÉRIA, FOME e IGNORÂNCIA.
    As ONGs em STP deviam prestar mais atenção
    à esta calamidade pública que já dura séculos.
    Muito obrigado e bem haja à todos.

  7. DrºHamilton Cabral

    14 de Julho de 2011 at 16:58

    Gostei do artigo..

  8. GUGU

    14 de Julho de 2011 at 17:26

    artigo 10 estrelas!!

  9. Ogimaykel da Costa

    14 de Julho de 2011 at 18:02

    Pura realidade!
    Meus parabéns

  10. Assuncao

    14 de Julho de 2011 at 18:46

    Bonito!!!Parabens. A kida Alda Esp.Santo, onde estiver, est’a bastante triste…
    Agora, apenas curiosidade, o sr. Jose M. ja trabalhou em tempos na Radio Nacional?
    Com cumprimentos.

  11. Diasporano.cv

    14 de Julho de 2011 at 18:51

    Força!
    Gostei imensamente do texto, da criação e do relato que envolve as personagens. Também gostei do tema , pois reflete, infelizmente, o que chamo ” cultura da ignorância” do nosso povo, que no passado muita força social teve e que demosntra a visão dessa cultura da ignorância em relação aos da terceira idade. Todos aqueles que são santomenses certamente viram,ouviram, sabem que para ser chamado de feiticeiro, bastava chegar a terceira idade…
    Ao autor , José Maria Cardoso, sugiro-lhe ” retrabalhar ” o texto na perspectiva de uma narrativa de acção buscando as imprevisibilidades dos acontecimentos, itercalando , naturalmente com os vários modos de expressão literários de modo ser uma narrativa dinâmica.

    Força!

  12. Lima H

    14 de Julho de 2011 at 19:49

    Os meus parabéns josé Maria, Valeu.
    Granda Reflexão,Sem palavras.

    • mimi

      14 de Julho de 2011 at 23:08

      simplismente lindo.
      os derigentes deveriam ler e refletir nisso tudo pk são eles os feticeiros ……………..

  13. Malébobo

    15 de Julho de 2011 at 9:03

    O Sr.José Maria Cardoso, esqueceste da nossa amizade, em S.Jose de Monte Café, José Manuel Ceita e outros

  14. ze cabra

    15 de Julho de 2011 at 13:07

    grandes palhaços

  15. Rio de Ouro

    15 de Julho de 2011 at 16:43

    Ao longo de séculos o tema tem sido “sabiamente” explorado por alguns curandeiros sem escrúpulos que, por uma questão de sobrevivência e lucro fácil, não hesitam em por filhos contra a mãe, neto contra avó, genro contra sogra, comadre contra comadre, etc,etc… enfim, autêntica barbarie.
    Esses indivíduos(curandeiros) vivem descarada e impunemente disso, sem dó nem piedade e sem qualquer peso na consciência, qual parasita que suga a sua vítima até à morte.
    Antes de mais nada, são autênticos criminosos que se aproveitam da ignorância dalgumas pessoas menos esclarecidas.
    Urge denunciá-los, urge desmascará-los, urge mudarmos de maus hábitos.
    Um bem haja.

  16. Hugo Jayme Manuel

    15 de Julho de 2011 at 21:13

    Sinceramente,realmente sem palavras,sou um jovem angolano e muito agarrado ao saber,gosto muito de ler e sobretudo grandes poetas que me inspiram a alma e me dão força para encarar esta vida,como por exemplo; Deus,Sheakespeare e um deles Jose Maria,parabens mais velho,gostaria de o conhecer pessoalmente quando ali estiver.Perguntem ao senhor Maito quem é o Hugo Jayme Manuel,Maí como voçês chamam é um grande batalhador.

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