Sociedade

Reivindiquemos os Direitos dos Nossos Antepassados

São Tomé e Príncipe, não obstante as dificuldades, é um Estado de direito com princípios democráticos: divisão de poderes, Presidente, Parlamento, Governo livremente eleito.

Como cidadão do meu país, julgo necessário dar o meu contributo para repor a justiça histórica e dar voz àqueles que não a têm, por não terem formação, pois muitos não sabem ler, dar voz àqueles trabalhadores das roças que ainda estão vivos e especialmente aos seus descendentes.

Aqui, visamos dois principais objectivos: primeiro, apresentar à CPLP, assim como a outras organizações internacionais, um pedido para que esse tema seja objecto de análise, solicitando os relatórios feitos naquela altura pelos ingleses como documento comprovativo do trabalho escravo, uma vez que os trabalhadores que estavam nessas condições não foram até ao presente remunerados ou indemnizados.

A comunidade internacional deve saber que em São Tomé a população não era homogénea. As pessoas estavam divididas em:

a)                Forros, os serviçais que são os descendentes dos escravos vindos de Angola e Moçambique, Cabo Verde

b)                Assalariados e não assalariados.

O outro objectivo da nossa acção é conservar a nossa identidade cultural através da nossa língua Kimbundu, Umbundo, Thkoe, e outras línguas  de Angola, idiomas que no nosso país têm vindo a desaparecer a pouco e pouco, sem que os governantes façam algo para a sua conservação. Reclamamos o direito de manter a nossa cultura linguística e de não a deixar perder.

Queremos desenvolver a nossa cultura, na qual se destaca a cozinha tradicional e a nossa música: musongue com quiabo, gim boa, peixe seco, lessua, folha de matabala. Aos sábados, queremos dançar ao ritmo da nossa Puita, sobre a orientação do compositor e mestre de instrumentos Paulino Umba, aproveitar  a biblioteca ao vivo Maria Olinda e outros das outra empresas  Agro-pecuárias .
Pugnaremos pela criação de uma casa da cultura de Angola, com o apoio dos interessados.

Queremos que os mais jovens não esqueçam e conheçam os hábitos, costumes e tradições dos seus antepassados.

***

Num dos seus artigos, o coronel J.A. Wyllie dissertou sobre as condições dos negros das roças de São Tomé e Príncipe (…) escrevendo, como argumento definitivo: * * O preto de Angola é de natureza absolutamente um animal *** não tem lar nem família **** Está no caso de um macaco que se transportava para um jardim zoológico, bem entretido, com a diferença de tais jardins estarem situados em climas mais mortíferos para a vida simiesca .

Em São Tomé e Príncipe havia cerca de trinta roças e respectivas dependências. As maiores eram Rio do Ouro, Água Ize, Boa Entrada, Monte Café, Diogo Vaz, Ponta fico e Porto Alegre, a roça fundada pelo visconde de Malanza no extremo sudoeste da Ilha, em plena linha do equador, defronte ao Ilhéu das Rolas.

São Miguel e Santa Margarida eram as mais importantes na lista das que tinham nomes de santos… Nicolau, Santo António, Santa Catarina, Santa Adelaide. Outros nomes evocavam localidades:  Vila Real, Colónia Açoriana, Novo Brasil, Nova Olinda, Novo Ceilão, Bombaim. Ou até estados de alma: Amparo, Perseverança, Esperança, Caridade, Ilusão, Saudade, Milagrosa, Generosa, Fraternidade, Aliança, Eternidade.
Nos seus poemas, Agostinho Neto abordou frequentemente a escravatura em São Tomé e Príncipe; Rui Mingas, compositor angolano, também faz menções a ela nas suas músicas.

É de louvar os sobas de Angola, que sempre recordam os seus familiares, todos aqueles que partiram e nunca mais voltaram, porque o caminho do regresso deixou de existir.

***

Até ao momento não foi aberto um processo-crime (?) contra o Sr. Zé Mulato, esta é uma divida que temos para com os nossos mártires que sofreram torturas  nas parais de Fernandes Dias, e na cadeia do Morro Peixe. Também nada foi feito contra os chefes dos hospitais das roças onde ocorria o internamento compulsivo dos mais rebeldes roceiros para os ensaios clínicos (biológicos).

Todos os idosos eram submetidos a uma morte lenta quando  internados nos hospitais, porque já não tinham forças para o trabalho, ocultando assim aos mais novos a sua verdadeira nacionalidade ( origem).

***

As roças, após a independência, foram fonte de sobrevivência, porque ali se conseguia o mínimo  que sustentava os roceiros.

Depois da segunda república, foi destruído tudo o que de melhor havia nas roças em nome da privatização, tendo as terras sido cedidas não àqueles que trabalhavam, mas aos familiares, amigos e estrangeiros com cunhas no governo.

Não se admite que um país como São Tomé e Príncipe, com uma superfície tão pequena, venda terras aos estrangeiros por falta de dinheiro. Esta prática levou à redução da produção de cacau e outros produtos agrícolas, São Tomé deixou de ser um grande produtor de cacau e café.
Os filhos da terra (nativos) apoderam-se delas, mas sem terem a necessária mentalidade do que é trabalhar, do que é tornar a terra produtiva.

Entre 1974 e 1975, São Tomé e Príncipe estava a caminho de uma guerra civil, que não aconteceu porque os filhos dos jesuítas (portugueses) optaram por entregar as rocas sem sangue. Sabia-se que nas roças existiam grandes depósitos de armas, tanto G3 como munições e granadas, parte das quais foi enterrada na dependência  de Maia em Monte Café. Outra parte, após 1975, foi levada para o quartel das Forças Armadas de STP.
A partir daqui começou a falsificação, a ocultação, a destruição dos documentos dos descendentes angolanos ou serviçais, com o objectivo de serem privados de um documento justificativo do regresso e fazendo outrossim dos mesmos serviçais filhos da terra, um sistema de neocolonialismo.
Devemos louvar o papel do Sr. Pinto da Costa que, apesar da pouca experiência na areada gestão, soube conservar as roças, que foram destruídas a partir de 1990.

Sim, houve muitos erros por falta de quadros, de pessoas capazes, que não souberam aproveitar os conhecimentos dos sobas das roças.
Não devemos culpar o presidente pois ele não poderia estar em todos lugares ao mesmo tempo. No entanto, admitimos que nessa altura nem tudo foi feito da melhor maneira.

QUEREMOS SABER:

1.                A lista dos nomes dos trabalhadores de todas as ex-roças agrícolas, informação que pode ser obtida com o apoio dos ex-funcionários de escritório.

2. Importa esclarecer se todos os trabalhadores estavam abrangidos por contrato de trabalho, como mandava a lei, se o assinaram em perfeita consciência e de livre vontade e se tinham conhecimento do seu prazo de termo. Importa saber se, findo esse prazo, podiam regressar às suas casas e às suas terras. Porque, se ao fim de cinco anos de trabalho nas roças (que, para a maioria, foram de facto, dez, vinte, quarenta anos), os descendentes de Angola não sabiam que podiam ir embora, ou não dispunham de dinheiro para tal, então não eram livres de o fazer. Tudo isto não nos permite concluir outra coisa que não a evidência de estarmos perante um trabalho perpétuo e contra a vontade do trabalhador, ou seja, um trabalho escravo ainda que remunerado.

Exigimos saber porque é que ex-funcionários das empresas públicas têm reforma em Portugal, mas os que trabalharam nas roças não têm, queremos uma explicação clara sobre este assunto, porque não se admite que uma pessoa que trabalhou como um animal não tenha sido recompensada. Se os judeus foram recompensados pelos sofrimentos infligidos pelos alemães, também nós, os filhos dos escravos, devemos ser abrangidos pelos mesmos direitos. Não é por se tratar da África Negra que sofremos menos. Talvez seja apenas porque o mundo não nos conhece e porque a nossa voz não se faz ouvir.

Esta é a nossa história e merece ser relatada para que os outros saibam os caminhos que trilharam os seus antepassados.

Solicitamos a todas as entidades competentes internacionais uma análise profunda desta matéria.

Esta é a obrigação de todos aqueles que se sentiram e sentem prejudicados pelo regime colonial, porque muitos roceiros vivem na velhice sem qualquer reforma, embora tenham sido eles que desbravaram as florestas de São Tomé e Príncipe.

Moscovo, aos 14 de Julho de 2011

Filipe Samba

10 Comments

10 Comments

  1. luisó

    20 de Julho de 2011 at 15:19

    meu amigo,
    o comunismo já acabou, até a rússia já o aboliu.
    já que vives na rússia então pede ao putin que indminize os que foram para os gulags na ex-urss enviados pelo staline e outros.
    dizes-te santomense mas mais pareces um angolano a falar.
    esses tais ingleses de que falas e que falaram contra portugal por causa da escratura são os mesmos que fizeram e mantiveram a áfrica do sul até há poucos anos, que fizeram o que fizeram na india durante séculos e os descendentes até há 50 anos mantiveram os negros norte americanos na segregação. lembraste do martin luther king?
    os temos eram outros e as potencias da altura todas tinham escravatura. sabias que portugal foi dos primeiros países do mundo a abolir oficialmente a escravatura?
    fizeram-se muitos males nesses anos, é verdade, e a escravatura é censorável em todos os seus aspectos e não é digna dos seres humanos. mas há 200 ou 300 anos não era censorada nem criticada. outros tempos…
    e já agora o meu amigo sabia que os escravos eram comprados ou trocados por bens com os povos que já habitavam em áfrica e que tinham esses escravos fruto de lutas tribais entre eles? pois é….
    em relação á justiça dessas gentes e das mortes causadas no bate-pá e outras lutas porque é que o senhor não mete o pinto da costa e outros santomenses em tribunal pelas prisões, torturas e mortes do regime de ditadura dele nos 15 anos em que durou? ou não sabe que morreu gente na cadeia porque era apenas contra as ideias dele?
    quanto aos roceiros que vivem sem reforma deveria perguntar aos governos de STP após a independência porque é que desbarataram as roças e a produção porque que eu saiba na independência elas todas produziam e davam trabalho e foi nessa altura que mais dinheiro entrava do cacau e do café…
    meu amigo não leve a mal mas forro não gosta de trabalhar nem para ele nem como assalariado, porque se assim fosse as teras que foram e são distribuidas não estavam abandonadas e os terrenos por limpar. os únicos e poucos que vi a trabalhar as terras foram cabo-verdianos e seus descendentes. o resto gosta é de andar a vender cueca e lápis pelas ruas da cidade ou então a comprar coisa ao quilo e vender na rua aos molhinhos.
    pergunto-lhe; sabe para onde foi morar os milhões e milhões de dólares e euros que entraram em STP em 36 anos de independência doado pelos países ditos amigos, e quase todos já perdoados?
    pois eu sei e sei que voçê também sabe e portanto é aí que voçê pode fazer a sua luta, porque esse dinheiro foi para os bolsos de alguns que roubaram o país e este não tem um porto capaz, um aeroporto digno, energia constante, água que falta em quase todo o lado, um hospital que não tem água, nem fio de sutura, etc, e os senhores que esses sim expoliaram o povo em 36 anos nada fazem e gastam milhões de dólares nos banhos de campanha e assobiam para o lado á espera de mais dinheiro dos doadores.
    o problema não vem todo do passado mas sim dos larápios governantes de STP e seus pupilos que roubam, compram comida estragada, açambarcam bens para vender mais caro e passeiam-se pela cidade capital em automóveis de 70 mil euros, dizendo-se muito santomenses e depois afinal são tugas, gaboneses ou angolanos.
    é assim que eu vejo as coisas e é assim que o povo pensa e vê, porque eu vivi lá muito tempo e vivi entre o povo, apesar de não ser, infelizmente, santomense.
    vai a STP e ouve as pessoas, ninguém fala do passado da escravatura ou do trabalho nas roças, mas sim dos senhores que governaram STP e governam e que nada fazem pelo seu povo.
    cumprimentos…
    xaué…

    • Ogimaykel da Costa

      21 de Julho de 2011 at 15:11

      Eu concordo consigo em muitas coisas(forro não gosta de trabalhar…), mas não creio que os escravos eram vendidos pelos próprios Africanos. Só falta também dizer que o domínio da África foi dado pelos Africanos. A história sempre foi distorcida por esses indivíduos.
      Mesmo o massacre de Batê-pá, que aconteceu há mais 50 anos, e ainda há sobreviventes e testemunhas, contam em Portugal que não foi massacre, mas sim uma revolta popular.
      É obrigação do Estado Santomense e Português de melhorar a condição de vida desses ex-trabalhadores.

    • luisó

      24 de Julho de 2011 at 22:11

      caro amigo costa,
      consulte os livros de história e verá que assim foi: os povos locais sempre se guerrearam e faziam dos conquistados seus escravos e quando foi necessária essa mão de obra ela era trocada por espelhos, pentes, colares etc coisas que esses povos desconheciam.

    • Filipe Samba

      25 de Julho de 2011 at 13:22

      Estou aqui, a responder-lhe brevemente e da forma mais sincera possível. Tenho-lhe escrito com clareza e não me vou alargar tanto como em outras ocasiões. Eu para esse reino não escrevo senão o que se possa ler. Acautelo-me com todos por diversas razões, porque todas procuram conspirar para poder viver quieto. Eu conheço muito bem o génio dos nossos naturais ou concidadãos .
      Esta é, a maior prova que lhe dou da minha sinceridade e afecto: O direito de quem também sofreu humilhações !……
      Não obstante toda esta diversidade de opiniões sempre havemos de ser amigos, ainda que que eu entenda que a disputa está na aparência e que se podesse ouvire reflectir no que lhe disse, pois julgo que você tem muito boa capacidade intelectual , aplicação e docilidade de ânimo, a qual com certeza, concordaria em muitas coisas. Acho que já tem feito progresso nestas matérias, mais do que muitos que lá as professam.
      Considero-o, um homem que já com certeza duvida do que estudou, que está pronto a ouvir novas razões, examinar e abraçar o que se mostre ser o melhor.
      Quando estamos perante um quadro, todos vêem a mesma imagem e a todos agrada uma bela figura; mas os bons pintores vêem no corpo certas sombras que os outros não vêem e nem sabem compreender qualquer pincelada de um grande pintor. Assim também acontece aos homens de bom critério e fundados na boa lógica, acostumados a reflectir. Eles vêem e encontram nos livros aquelas graças que os outros podem não ver.
      Concluo, pois, e encomendo-lhe muito que nunca estime um homem pela erudição mas sim pela justeza do seu juízo, que é aquele que caracteriza os homens grandes. Porque erudição sem sensatez, como fazem esses amigos, não vale de muito e mostra sim pobreza de espírito. A erudição é como as pedras preciosas que, se não são polidas e trabalhadas com artifício mas só amontoadas de pouco valem e só revelam que um homem é rico mas tolo ao mesmo tempo.

    • luisó

      29 de Julho de 2011 at 19:50

      caro filipe,
      digo-lhe que vivi, sublinho vivi, 3 anos em STP e conheci essa terra tão bem como se lá tivesse vivido 20 anos.
      convivi com todos da mesma maneira desde o angolar pescador até aos ministros e em todos fiz amigos e trago-os no coração.
      conheço muito bem a história do bate-pá contada por alguém com perto de 80 anos muito lúcido que trabalhou para mim mas que vivia em minha casa como se fosse meu avô. este sungué chama-se antónio, é angolar de familia de ribeira afonso.
      ele também viveu essa guerra, era marinheiro na lancha na fernão dias, viu tudo o que se passou e foi salvo, segundo ele, por um branco que era o seu chefe.
      mas devo-lhe dizer que quando falávamos sobre esses acontecimentos não via ódio ou rancor no seu discurso mas sim tristeza, o que seria de esperar por tudo o que aconteceu.
      pedir agora que se julguem esses tempos e outros não acham de bom senso, mas não os devemos esquecer e passá-los á história e o sungué antónio podia, se STP quizesse, dar uma ajuda.
      também por portugal, como deve saber, passaram franceses nas guerras napoleonicas e espanhois que tentavam anexar prtugal a castela e todos sabemos as barbaridades que se cometiam a titulo de saque da guerra.
      estas coisas devem ser contadas e passadas aos mais novos nas escolas mas devemos ficar por aí. a alemanha pagou aos aliados pela guerra que fez mas não comparemos pois destruiram paises e mataram milhões de pessoas o que é bem diferente e por isso pagou.
      e como lhe disse ninguém fala do bate-pá a não ser no dia da comemoração e falam muito do dia a dia da vida que é muito dificil para muitos e muito facil para muitos poucos, quase sempre os mesmos e que toda a gente sabe quem são, que governaram directa ou indirectamente STP e expoliaram o pais dos recursos que os doadores internacionais deram. agoara será muito mais dificil porque todo o mundo está em crise e acabou o dinheiro fácil. agora nem a libia só talvez angola, que quer a sua provincia de volta, ou a guine equatorial mas também só enquanto estiver lá o ditador, porque quando sair também se acabará o dinheiro.
      o futuro é incerto para STP…
      é assim que eu vejo as coisas mas cada um tem direito á sua opinião.
      cumprimentos

  2. kiko

    20 de Julho de 2011 at 18:07

    Assino em baixo,as perguntas que o povo deveria fazer aos governates onde anda o dinheiro dos doadores internacionais? como pode pessoas adquirirem viaturas quando os seus supostos salários não servem para pagar viatura nem daqui a 50 anos?

  3. Truqui Sun Dêçú

    20 de Julho de 2011 at 21:44

    Inteiramente de acordo com o que diz o srº Luisó. Srº. Filipe Samba:– viver agarrado ao passado, com muitas coisas negativas, que as houve com certeza, e não se referir às coisas positivas que foram deixadas, mostra uma visão unilateral e distorcida de S.Tomé e Principe. Ao contrário do que diz, nas roças não havia G3 nem armas de guerra e respectivas munições, muito menos granadas. As armas de guerra e as granadas, encontravam-se bem guardadas e controladas, nos paióis ds quarteis. Nas roças havis sim, armas de caça (caçadeiras e carabinas .22)para defesa pessoal e para tiro aos pombos, curucucos,sécias e outra passarada, incluindo os guembús. Fui militar graduado na C.C.7, Companhia de Caçadores de S.Tomé, por isso sei bem do que falo. As munições distribuídas às patrulhas militares, tinham que ser devolvidas à arrecadação de material de guerra, na sua totalidade e se alguma fosse usada ou perdida era feito um relatório para justificar a falta da munição. Se não acredita neste “TUGA”, pergunte a todos os ex-miltares santomenses (graduados ou praças) que prestaram serviço miltar na C.C.7. Se é mesmo santomense, volte para a sua terra, ponha a sua experiência e conhecimentos adquiridos no estrangeiro ao serviço do seu País e do seu Povo. Viver do e no passado, não ajudará ao desenvolvimento da sua Terra. Encare o futuro com optimismo e vá trabalhar. “Sun Filipe ê, bá téla bô, bá tlábá”.

  4. Digno de Respeito

    22 de Julho de 2011 at 1:09

    Ao fazer uma retrospectiva histórica de STP, analiso e concluo que o louvável seria informar ao povo coitado sobre os destinos de todos donativos (valor económico, financeiro e matéria) e para que fins foram utilizados. Isso sim, faria da transparência pública a imagem nacional. Isso sim, seria devolver a dignidade pública aos santomenses, isso sim seria para cada santomense o verdadeiro sentido de responsabilidade para com a GESTÃO da coisa pública.
    Como diz Truqui Sun Dêçú “As munições distribuídas às patrulhas militares, tinham que ser devolvidas à arrecadação de material de guerra, na sua totalidade e se alguma fosse usada ou perdido era feito um relatório para justificar a falta da munição.” Uma das figuras que pode ajudar melhor a contar histórias em matérias específicas da época, poderá eventualmente o antigo Comandante Neto. Acho que é uma pessoa sensível e humilde e aberta às nova geração no conhecimento histórico….
    O povo está interessado em algo que os ajude no crescimento económico, social e cultural. Tudo porque os nossos antepassados se preocuparam em nos oferecer respeito, cultura que fazia parte de homem livre (descomprometido = não enganava as pessoas) mas toda essa riqueza humana foi diluída muito para lá no fundo do rio Água-Grande. O pecado é tão pesado que ao olhar entre as margens do nosso rio, resta o rio de tristeza, mágoa, perdição, falsidade, irra e inveja entre os respectivos semelhantes. Esquecem-se da herança que nos foi deixada pelos nossos antepassados: BÁMU CUMÉ VINTXI, GUADÁ VINTÉ. Agora é tempo de ir ao encontro de solução e evitar palavras ofensivas contra uns e outros…..

  5. leonel pinto

    24 de Julho de 2011 at 10:00

    pois é isso mesmo meu caro amigo,concordo com a sua explanação. um grande abraço

  6. Janeth

    20 de Novembro de 2015 at 11:08

    Por favor preciso de vossa ajuda para localizar os parentes de meu avó maternal que era santamente e veio como escravo para Angola, onde viveu até a sua morte. O Nome dele era Antônio Fernando, no documento nade batismo de minha Mãe, só vem que ele era são-tomense, não vem a freguesia. Por favor, ajude-nos.

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