Sociedade

Projecto Escola + promove ensino profissional nas escolas de São Tomé e Príncipe

A cooperação portuguesa, através do projecto Escola + decidiu levar formação profissional para alunos do ensino secundário de 4 escolas do país. Um contributo para o desenvolvimento, através da formação dos alunos nos domínios da Informática, Carpintaria e Costura.

O projecto-piloto de formação profissional para os alunos da oitava a nona classes, foi lançado esta segunda – feira, na escola básica de Bombom. Nesta primeira fase, apenas 4 escolas estão incluídas no ensino profissional, financiado pelo projecto Escola +, nomeadamente Bombom, Santana, Neves e a Região Autónoma do Príncipe. Jorge Boa Morte, em representação do Ministério da Educação, Cultura e Formação, realçou a importância do projecto Escola +, na introdução do ensino profissional nas escolas do país. «Durante muito tempo o nosso ensino esteve virado para a via geral, ultimamente com o apoio do projecto escola mais temos conseguido trazer esta componente profissional. Desenvolve a competência técnica e pedagógica dos alunos, permite-nos fazer a inclusão dos jovens», referiu o representante do ministério.

Informática, carpintaria, electricidade e costura, são as áreas de formação, que no futuro vão contribuir para melhorar o rendimento dos adolescentes de hoje, homens de amanhã e futuros chefes de família. «Este projecto é demonstração clara do esforço de cooperação entre Portugal e São Tomé e Príncipe no âmbito da educação e da formação. Tem sido desde sempre um domínio em que temos apostado, porque entendemos que a educação, a qualificação, a formação, são elementos fundamentais, base para o desenvolvimento da sociedade são-tomense», pontuou, Márcia Almeida, encarregada de negócios da embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe.

Apesar da crise financeira que enfrenta, Portugal promete garantir a continuidade dos projectos a nível da educação e saúde. Segundo Márcia Almeida, no futuro poderá haver alguns ajustes em termos de alocação de fundos. Uma decisão que «está nas mãos das autoridades portuguesas», acrescentou.

Contudo a educação e a saúde, são sectores onde a cooperação portuguesa através dos projectos Saúde para Todos e Escola +, tem contribuído para a melhoria das condições de vida do povo são-tomense. «Portugal fará todos os esforços para que estes importantes projectos não se percam e sobretudo que haja essa continuidade e até algum reforço», concluiu.

Por sua vez, Carlos Telles Freitas, administrador do Instituto Valle Flor, parceiro da cooperação portuguesa na execução dos projectos de desenvolvimento nos sectores da Educação e Saúde, explicou que o Projecto Escola + tem financiamento garantido até o ano 2013. «O que poderá acontecer é depois de 2013 ter que haver um reajustamento porque os recursos não são infinitos», frisou.

Para 2013 está previsto a realização em São Tomé de fórum sobre a educação. Evento onde segundo Carlos Telles Freitas, o governo são-tomense deverá dar indicações claras sobre o futuro do projecto Escola +.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Anca

    11 de Outubro de 2011 at 22:34

    Tudo que for feito, no sentido de qualificação de qualidade e mais valia e educação e formação profissional, deve merecer de todos os Sãotomenses, um apoio admiração,consideração,respeito e orgulho, e apoio material, moral,ético, no sentido de inverter o quadro e índices de obscurantismo, falta de conhecimento,analfabetismo, desenvolvimento humano, passando pela falta de emprego, condição de miséria e pobreza, que assola o país e sua população, essencialmente, para classe juvenil, e dentro desta com destaque, para a situação de género feminino, juventude feminina.

    Definição do termo ” formação profissional”, segundo enciclopédia livre

    “Formação Profissional”

    “Formação profissional ou Formação no seu contexto geral significa conjunto de atividades que visam a aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos para o exercício das funções próprias de uma profissão ou grupo de profissões em qualquer ramo de atividade econômica.” “É portanto uma metodologia que difere da “Educação” no sentido em que se especializa na experiência profissional e é voltada para a aquisição de competências profissionais.”

    “É também o conjunto de qualificação acumulada por uma pessoa relativo ao seu papel produtivo na sociedade.” “A formação pode ser feita de várias formas e tem como objetivo dar a conhecer ou atualizar os conhecimentos do indivíduo acerca de um tema.”

    “Formação profissional nas empresas”

    “As empresas investem em cursos de formação, pois necessitam de funcionários que estejam muito bem preparados para enfrentar quaisquer tipo de desafios que possam surgir no contexto da sua actividade profissional.”

    “Com um curso de formação profissional, pretende-se valorizar a imagem do funcionário e da empresa nas mais variadas competências, tendo sempre como referência o triângulo dos saberes nomeadamente as competências Psicossociais/sócio-afectivas, que permitem desenvolver as atitudes comunicacionais e os efeitos comportamentais, as competências cognitivas que se situam ao nível do desenvolvimento intelectual e as competências psicomotoras para o desenvolvimento das capacidades manuais, situadas ao nível do saber-fazer.”

    “A actual Lei Laboral apela à obrigatoriedade das empresas proporcionarem a formação profissional e contínua dos seus colaboradores.” “Anualmente, os trabalhadores de uma empresas, têm que ter formação dada por uma entidade certificada.” “O não cumprimento pelas Empresas do plano de formação é mesmo penalizado pelas entidades competentes.”

    “Desta forma, se as empresas levarem a preceito e cumprirem com esta obrigação legal, transformam o seu investimento na formação profissional dos seus quadros uma mais-valia para a própria entidade empregadora.”

    “Neste sentido, e recorrendo ao auxílio de uma formação profissional eficiente e eficaz no seio da própria empresa, é que os empresários vão conseguir melhores resultados, quer ao nível da qualificação quer ao nível da produtividade.”

    “Não é nas salas de aula tradicionais que se vai conseguir mudar comportamentos e consequentemente conhecimentos, capacidades e atitudes, pois é necessário que a aprendizagem que se vai efectuando seja posta em prática, para que possa haver uma completa correspondência entre a teoria e a prática, contribuindo assim para a sedimentação do conhecimento.”

    “Por outro lado, a formação leva também a que o próprio empregador que simboliza a empresa conheça melhor os seus trabalhadores.” “A aplicação dos métodos activos que permitem que o indivíduo se desenvolva mais ao nível sócio–afectivo leva a que as competências comunicacionais e emocionais sejam também canalizadas para a relação Empresa-Pessoa.”

    In Wikipédia

    Vamos todos dar o nosso contributo, de forma a que estes projectos possam prosseguir, para além de 2013.
    Todos juntos conseguimos.A sociedade civil organizada, as autoridades competentes, os governos, o cidadão comum, essa tarefa cabe-nos a todos.

    Bem haja

    Pratique-mos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem Sãotomenses

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. Preocupado

    12 de Outubro de 2011 at 6:28

    Esse projecto, segundo informações que tive, visa abrir o ensino professional para alunos à partir do 8° ano, alunos esses que fazem parte de uma turma que ja vem sendo seguida desde 5a ou 6a classe e considerados, turma considerada a melhor da sua escola. A generalidade dos melhores alunos atingem o 8° ano com 13 anos de idade. A pergunta é essa sera que alunos com 13 anos de idade, sendo bons alunos têm necessidade de fazer formação professional. Não seria essa formação mais adequada para alunos à partir de 10° ano (com rendimento académico fraco e idade avançada), como 2a chance para esses e não como uma opção para aqueles que têm capacidade para chegar mais longe?

    • RS

      12 de Outubro de 2011 at 11:02

      Nada invalida que ao fazerem uma formação técnico-profissional, mais tarde não seguiam uma formação superior.
      E esse seu raciocínio de que a formação técnico profissional deve ser canalizada para os alunos menos competentes é o menos correcto, porque transmite a ideia que ser carpinteiro ou pedreiro ou electricista ou de outra profissão qualquer que não necessita de formação superior é uma segunda escolha em detrimento de ser doutor ou engenheiro. Em todas as sociedades há lugar para todos e nos paises mais desenvolvidos, um bom artista na arte de pedreiro ou um bom canalizador é capaz de ganhar muito mais dinheiro que um engenheiro mediano.

    • Preocupado

      12 de Outubro de 2011 at 11:27

      “Em todas as sociedades há lugar para todos…” Eu estou perfeitamente de acordo. Mas convenhamos que não é preciso fazer uma formção superior para todo tipo de actividades!
      “Nada invalida que ao fazerem uma formação técnico-profissional, mais tarde não seguiam uma formação superior”. Nada invalida, certo! mas torna-se mais dificil. é um facto que alunos que seguem formação professional têm mais dificuldades em disciplinas gerais como : Matematica, Fisica, so para citar essas duas. E não pretendo criticar quem faz ou fez formação professional. Eu não tenho esse direito, e alias tenho varios amigos que o fizeram, têm outros tipos de competência. E se se pretende fazer uma formação superior não julga que é melhor seguir uma via mais adequada? Encaminhar um bom aluno de 13 anos??? para formação professional é fechar-lhe portas! Acho o dispositivo bom mas não adequado para idades em causa! Eu se tivesse um filho de 13 anos não quereria que ele seguisse uma formação professional, salvo se for uma vocação. Mas ha que ter em conta que aos 13 anos 90% de pessoas não sabem ainda o que querem, logo encaminha-lo para via professional pode significar fechar-lhe portas…

  3. palito

    13 de Outubro de 2011 at 10:24

    é por isso k portugal esta como esta..a fechar escolas e abrilas noutros paises com interesses muito bem defenidos….

  4. gilson araújo

    12 de Setembro de 2012 at 10:51

    Ola eu sou um dos frutos do projecto escola+, e tenho um testemunho a realçar, estão sempre a falar do projecto escola+ mas, para me esses tipos de projecto que em nada se beneficia os alunos ou a população mas desfavorecida não pode ser. um projector que tudo custa dinheiro, tudo que os alunos precisa é preciso pagar para alem dos transportes que esses mesmo alunos tenhem que pagar pelo amor de Deus.. para não dizer que esses mesmo projecto só venho para tornar os alunos de são Tomé e príncipe mas burro do que ja eram pelo amor de Deus.. veja mos ´só se esse projecto é assim tão bom, porque que os filhos dos senhores de altas patentes em são Tomé vai todos para as escolas particulares .. se eu fosse um dos dirigente desse pais eu seria um forte guerreiro para por fim a esse projecto…..

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