Sociedade

Progressos frágeis na Lixeira de Penha em Água Grande

A finalização da plataforma para a deposição separativa de resíduos e os trabalhos de construção de uma via de acesso vieram contribuir de forma significativa para a sua conversão em vazadouro controlado.

No entanto a exploração do local ainda não está assegurado o que põe em risco o sucesso da intervenção.
A lixeira de Penha, atualmente o único vazadouro que serve os distritos mais populosos do País, tem vindo a mudar de aparência e hoje são visíveis alguns sinais de melhoria na deposição final de resíduos, ainda que a sua conversão em Vazadouro Controlada ainda não esteja garantida.
A apresentação do Plano de Exploração em Agosto último foi o primeiro passo no sentido da melhoria das condições de salubridade no local com benefícios diretos e indiretos para a população, nomeadamente os que residem nas imediações. No entanto a sua implementação ainda não está confirmada, ainda que algumas intervenções tenham sido realizadas.

A destacar está também o controlo das entradas no local, tendo a Câmara Distrital de Água Grande (CDAG) assegurado a presença de três guardas na base da definição de um horário de funcionamento.

As águas pluviais que antes não eram intercetadas, são hoje desviadas para a linha de água mais próxima através de uma vala construída para o efeito, minimizando-se assim a produção de lixiviados, isto é, a contaminação resultante da passagem de água na massa de resíduos foi também minimizada.

A finalização da construção da plataforma para a deposição diferenciada de resíduos e a construção de uma via de acesso, são as duas obras mais visíveis com benefícios evidentes à correta exploração do local.

As várias intervenções apontadas são pontos importantes mas não suficientes. A falta de uma equipa da CDAG liderada por um técnico responsável que coordene os trabalhos de espalhamento, compactação e cobertura de resíduos – baseado na contratualização de um serviço de uma máquina de rastos – é fundamental e sem isso os problemas voltarão e a saúde pública passará a estar novamente mais em risco.

Simão Dias

Artigo escrito no âmbito do projeto “Conversão da Lixeira de Penha em Vazadouro Controlado” executado pela ONG ALISEI com o apoio financeiro do governo Australiano através da AusAID.

3 Comments

3 Comments

  1. rapaz de riboque

    10 de Janeiro de 2012 at 21:36

    Será que com a lixeira o nosso povo vai ter mais higiéne? Espero que sim que saibam por lixo no lixo e não na via publica e junto as residências, como vi uma vez estava eu junto ao hotel miramar estavam la vários condutores do governo a espera dos seus chefes vi um a beber uma cerveja e atirar com a garafa para o jardim do hotel pelo meu espanto vi um turista portugues que se encontrava no local mais o filho levantar e ajuntar a garafa e levar para o lixo.Foi um gesto um pouco incomodativo com o autor maspouco se importou para ele foi um heroi que o branco serviu de criado , a seguir apareceu dois miudos que andam pelos aredores do hotel a vender amendoim com as calças rotas o turista levou-os a botique ao lado do banco comprou uma veste completa para eles e começaram os patricios a criticar pergunto eu onde esta moral e a boa educação de alguns patricios?

  2. Valentim Cravid

    11 de Janeiro de 2012 at 9:22

    Os patrícios são gente fina!

  3. rapaz de riboque

    11 de Janeiro de 2012 at 10:27

    gente fina em quê?

Leave a Reply

Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top