Sociedade

Agentes educativos reflectem sobre o ensino secundário na ilha Principe

Mais de 100 Delegados, entre professores, alunos, pais encarregados de Educação tomaram parte este fim-de-semana numa jornada de reflexão sobre o ensino básico na ilha do Príncipe. Natália Umbelina(na foto)Secretaria Regional dos Assuntos Sociais e Institucionais, foi a promotora do evento.

A ideia visa encontrar soluções para a, cada vez mais, degradante qualidade de ensino que se pratica na região com repercussão desastrosas paras os alunos.

A construção de um liceu regional, mais professores qualificados e maior envolvimento dos pais e encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos e avaliação do desempenho do professor, constam da longa lista de recomendações saídas do evento.

Ao abrigo de acordos de cooperação com diversos estabelecimentos de ensino em Portugal, só nos últimos três meses, cerca de 53 alunos do Principe prosseguem os seus estudos em Portugal. Mas as reclamações sobre nível de aproveitamento dos mesmos não param de chegar a ilha.

Natália Umbelina Secretaria Regional dos Assuntos Sociais e Institucionais, assegura que 0 governo não pode ficar impávido e sereno quando “Os ecos que chegam sobre o desempenho dos estudantes recém-enviados para Portugal, não são os melhores. Ao contrário do que acontecia no passado em que os estudantes do Príncipe eram considerados bons alunos” disse.

Para mais qualidade do ensino na Região, Umbelina defende ser “urgente a criação de infra-estruturas escolares para acolher os alunos, formação específica para professores e maior aproximação entre a escola e a comunidade educativa

Esta governante recorda que “Actualmente o nível do desenvolvimento de um país mede-se pelo nível cultural do seu povo. E Príncipe, tem que avançar para o desenvolvimento”. Pontuou Natália Umbelina.

A população escolar de 7º ao 11º ano ronda os 757 alunos, na sua grande maioria rapazes. A média é de cinquenta alunos por turma, e muitos dos quais assistem aulas sentados no chão por falta de cardeiras.

O ensino secundário neste momento tem 207 Carteiras existentes para dar cobertura a um número de 757 estudantes. Das 207 carteiras, 87 são carteira unipessoal e 120 são bi-pessoal. Necessita-se mais 172 carteiras para que em cada sala de aula tenha mesas de acordo ao número de alunos existentes .

A fraca qualificação pedagógica, a desmotivação e a ausência de oportunidades de desenvolvimento profissional, associadas à não aplicação dos estatutos da carreira docente e aos baixos níveis salariais têm contribuído para a fraca qualidade da educação na ilha do Príncipe.

De acordo com dados do governo, o corpo docente do nível secundário é composto por 56 professores: 17 efectivos e 36 em regime extraordinário. Dos quais 44 não tem qualificação pedagógica para leccionar.

Por isso, Natália Umbelina considera que a jornada de reflexão constituiu “uma oportunidade importante para os actores educativos discutirem e juntos apontar pista de solução.”

Num passado recente, para implementação do 10º e 11º ano, o governo liderado pelo, então presidente Zeferino dos Prazeres, teve que recorrer a ajuda de professores Cabo-verdiano. Uma cooperação que poderá, ter continuidade. O telanon sabe que está prevista para breve assinatura de um acordo de cooperação no domínio da educação entre os governos Cabo-verdiano e Santomense, o que poderá proporcionar a vinda de professores para leccionar no Príncipe.

Ao contraio do que acontece no Ensino Secundário, ao nível do Ensino básico, apesar de haver problemas, a situação é bastante mais folgada, já que só nos últimos cinco anos o governo formou quadros e construiu mais de 6 jardins e creches em toda a região.

Teobaldo Cabral – Correspondente do Téla Nón no Príncipe

11 Comments

11 Comments

  1. Ghadafi

    27 de Fevereiro de 2012 at 15:14

    Poxa sempre as mesmas caras

  2. Guy de Borgonha

    27 de Fevereiro de 2012 at 15:44

    Confesso que não morro de amores por essa Sra. Acho-a muito impostora.
    Mas, que ela é inteligente….ai é.
    Força Governo Regional, essa a vossa missão resolver os verdadeiros problemas do Príncipe.

    Ps.Gostaria de saber qual tem sido o papel do projecto “Escola+” nessa matéria. Em são Tomé Caros e formações abundantes e no Principe? Digam-me por favor..

    Jinhos Cununa tas mt linda.

    • Péri Doida

      27 de Fevereiro de 2012 at 22:50

      Inteligente! Quá li bili dêua… Desde quando esta senhora é inteligente? Eu conheci esta pessoa na Missão Francesa e, desculpem, eu não vi nenhuma inteligência. Só se for para resolver os seus problemas pessoais. Depois disso tive a oportunidade de ver a senhora falar numa conferência que fizeram sobre o Príncipe, se não me engano na Fundação Mário Soares. Eu só ouvi asneiras e disparates mesmo em relação à matéria que a referida senhora deveria dominar. Perguntem as pessoas que lá estavam.
      Inteligência!? Bili dêua…
      Neste país quem é que não é inteligente? Até os doidos cá em S.Tomé são das pessoas mais inteligentes que o país tem.
      Bacuê Sãn Natália Inteligente…
      Eu Péri que sou doida também sou muito inteligente.

  3. G.C

    28 de Fevereiro de 2012 at 19:39

    Existe um Plano Educacional na ilha do Príncipe? Quem deve elaborar esse plano são os dirigentes que foram escolhidos pelo povo. Deve haver uma maior atenção com o sistema educativo, já que é o elemento indispensável para um maior e melhor desenvolvimento de qualquer sociedade…é um investimento necessário e indispensável…será que existe um plano educacional para região do príncipe?
    A ilha do príncipe pode e tem, caso os seus dirigentes queiram, a hipótese de recuperar a fama que tinha que os seus alunos eram os melhores…a que se pagar melhor as classes dos professores com vista a atrair os melhores e mais preparados para a classe, é um sacrifício que trará melhorias no futuro, não seguir a política do governo central que insiste no baixo salário para essa classe; há muitos quadros e bons profissionais que preferem pura e simplesmente não recorrerem a classe de professores porque acham puro desperdício de tempo pela remuneração que aufere um professor e sem falar que geralmente ficam todos na capital do país quando regressam. A ilha só sairia a ganhar caso tivesse professores com melhor qualificação. As turmas com um número elevado de alunos não seria problema se caso os professores tivessem melhor preparação. Sem falar claro das infraestruturas que devem ser melhoradas e otimizadas para verdadeira realidade da ilha.
    Em conversas com alguns colegas por vezes, surgem questões como:
    Não seria mais vantajoso para ilha, em vez de, enviarem dezenas e dezenas de estudantes para estrangeiro, que muitas vezes nem cumprem os objetivos, se no âmbito de cooperação que têm com as ditas escolas ou camaras fossem levantadas as hipóteses duma melhor qualificação e capacitação do corpo docente da região a fim de serem criadas as condições para que esses cursos fossem administrados na Ilha? Além de aumentarmos o nosso índice de desenvolvimento humano, melhor infra estruturas, ganharíamos uma maior visibilidade a nível nacional.

  4. Fijaltao

    28 de Fevereiro de 2012 at 23:36

    Não compete a mim , e talvez seria um tanto ao quanto indelicado da minha parte medir inteligência da senhora Umbelina,aliás ela não é mensurável mas o certo é que as suas reivindicações são plausíveis e é de lamentar que o governo do Príncipe não una esforços em resolver pequenos problemas, tais como: Cadeiras e carteiras para alunos! O problema resolve-se com empregabilidade de meia dúzia de serralheiros e carpinteiros na construção mista de placas de contraplacado e tubos metálicos circulares ou quadrados, alguns parafusos para confecção dessas mesmas carteiras, importando as duas coisas dentro de medições devidamente contabilizadas e a confecção que deve obedecer a ergonomia standarizada.
    Quanto aos professores: Temos quadros formados na área das ciências e letras em S.Tomé que todos os dias choram pelo desemprego. Que tal recrutá-los! Temos quadros em S.Tomé subvalorizados que estão apenas a fazer número nos gabinetes. Que tal recrutá-los. Por outro lado, para um bom ensino, exige-se programas curriculares bem elaborados de modo a não se colidir com programas de países onde vão estudar! O governo regional não deve para essas pequenas coisas estar sempre a choramingar como que culpando o governo central! É necessário que o governo regional tenha iniciativas! Para que serve a autonomia?

  5. Minu yéé

    29 de Fevereiro de 2012 at 11:28

    Sem contrariar a vossa opinião.
    Mais a verdade é que quem se entende como placela desta senhora que lhe enfrenta e resolva as coisa onde pretenderem.
    Apesar da senhora ser inteligente ou não ela trouxe um problema social que é da responsabilidade e de preocupação de todos nós.

    Mas acontece que muitos que se arrumem em espertos inteligentes e sábio só andam a criticar, e se esprememos a suas memória nem água para sanita sairá.

    Vamos deixar de ser ignorantes e apresentar ideias construtivas, porque cada um gesto nosso faz mudar o mundo.

    Uma vez que a tal senhora chamada por alguns burra conseguiu levantar o problema seria muito bom se déssemos opiniões construtivas para melhor.

    Como é óbvio os cães de caça só mata carne para os outros comerem e são tipo desses que dizem que senhora não é inteligente.

    Pode até ser verdade mais a senhora trouxe algo de importante e problemático para nós.

    Obrigado pela estupidez.

    • G. C.

      29 de Fevereiro de 2012 at 15:45

      Ola Minu Yée,caso seja mesmo – meus cumprimentos caro conterâneo… também criticou e não deixou nada de construtivo ou plausível para solucionar a situação do sistema educativo na ilha…aliás tirando o comentário infeliz da pessoa que quis denigrir a imagem da Sra. professora Natália Umbelina todos os outros “espremendo” como dizia no seu comentário havia alguma substância.

    • G. C.

      29 de Fevereiro de 2012 at 15:47

      errata -> conterâneo=conterrâneo

  6. Minu yéé

    29 de Fevereiro de 2012 at 11:32

    Uma pergunta para aqueles que são inteligentes.

    O que fariam vocês se estivessem no lugar dela? E se já tomaram conhecimento do facto qual é a vossa opinião?

    • G. C.

      29 de Fevereiro de 2012 at 15:23

      Existe um Plano Educacional na ilha do Príncipe? Quem deve elaborar esse plano são os dirigentes que foram escolhidos pelo povo. Deve haver uma maior atenção com o sistema educativo, já que é o elemento indispensável para um maior e melhor desenvolvimento de qualquer sociedade…é um investimento necessário e indispensável…será que existe um plano educacional para região do príncipe?
      A ilha do príncipe pode e tem, caso os seus dirigentes queiram, a hipótese de recuperar a fama que tinha que os seus alunos eram os melhores…a que se pagar melhor as classes dos professores com vista a atrair os melhores e mais preparados para a classe, é um sacrifício que trará melhorias no futuro, não seguir a política do governo central que insiste no baixo salário para essa classe; há muitos quadros e bons profissionais que preferem pura e simplesmente não recorrerem a classe de professores porque acham puro desperdício de tempo pela remuneração que aufere um professor e sem falar que geralmente ficam todos na capital do país quando regressam. A ilha só sairia a ganhar caso tivesse professores com melhor qualificação. As turmas com um número elevado de alunos não seria problema se caso os professores tivessem melhor preparação. Sem falar claro das infraestruturas que devem ser melhoradas e otimizadas para verdadeira realidade da ilha.
      Em conversas com alguns colegas por vezes, surgem questões como:
      Não seria mais vantajoso para ilha, em vez de, enviarem dezenas e dezenas de estudantes para estrangeiro, que muitas vezes nem cumprem os objetivos, se no âmbito de cooperação que têm com as ditas escolas ou camaras fossem levantadas as hipóteses duma melhor qualificação e capacitação do corpo docente da região a fim de serem criadas as condições para que esses cursos fossem administrados na Ilha? Além de aumentarmos o nosso índice de desenvolvimento humano, melhor infra estruturas, ganharíamos uma maior visibilidade a nível nacional.

  7. Minu yéé

    1 de Março de 2012 at 15:30

    Sinceramente a minha crítica é sobre pessoas que se entendem inteligentes e vêm cá criticar os outros.

    Para ser sincero tenho 22 anos de idade e estou a terminar o meu curso profissional em portugal e assumo que neste momento tenho nenhum tipo de opinião à dar.

    Mas também não me compete medir a inteligência da senhora secretária.

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