Sociedade

Paludismo foge do controlo das novas autoridades sanitárias

A doença que até 2010 estava sob controlo do sistema nacional de saúde, após campanha de luta lançada em 2004, está a ressurgir com força nas regiões mais populosas do país. No dia internacional de luta contra o paludismo, as novas autoridades sanitárias confirmam o aumento de casos.

O paludismo está a fugir do controlo das novas autoridades sanitárias de São Tomé e Príncipe. No ano 2004 as antigas autoridades governamentais e sanitárias, decidiram envolver todos os são-tomenses e alguns parceiros internacionais na campanha de luta contra a doença que era responsável por mais de 60% da mortalidade no país.

Crianças menores de 5 anos eram as principais vítimas do paludismo. Fraco desempenho escolar das crianças e fraca capacidade de trabalho nos adultos eram marcas que o paludismo deixava na vida de milhares de são-tomenses.

Ainda nos finais da década de 90, uma empresa estrangeira que operava no país no sector da agricultura, abandonou as suas actividades tendo como uma das justificações o facto de muitos trabalhadores não conseguirem cumprir 1 mês de trabalho, por causa do paludismo.

A campanha lançada no ano 2004, com importante apoio de Taiwan, conseguiu resultados positivos que foram reconhecidos pela OMS. Já em 2005 o paludismo começou a recuar, em 2009 o país registou menos de 3 mil casos e medidas estavam a ser implementadas para a sua erradicação.

No entanto em 2011 as novas autoridades sanitárias reconhecem que ao invés da tendência de redução que vinha sendo registada, o paludismo dá sinais de crescimento. «Se compararmos com o ano passado podemos dizer que houve um aumento de casos. Fechamos o primeiro trimestre do ano passado com 6 mil casos, estamos em Abril e se compararmos com o ano passado temos um aumento em dobro de casos», declarou Maria de Jesus Trovoada, Directora do Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo.

A doença cresce e pelo menos em São Tomé, tem aumentado o número de vítimas mortais. A Directora do programa de luta, assume que a situação é perigosa. «É perigosa porque pretendemos avançar para a eliminação e qualquer aumento é preocupante para o programa», pontuou.

Maria de Jesus Trovoada, explicou que por causa da subida do paludismo, a sua direcção decidiu realizar pulverização de emergência nos bairros populosos onde a doença está a progredir.

Note-se que a ilha do Príncipe é a única região do país, onde o paludismo continua sob controlo das autoridades sanitárias. Desde o ano 2005, que Príncipe não regista qualquer óbito por causa do paludismo.

Abel Veiga

21 Comments

21 Comments

  1. Voz da Razão

    26 de Abril de 2012 at 8:49

    “…Maria de Jesus Trovoada, explicou que por causa da subida do paludismo, a sua direcção decidiu realizar pulverização de emergência nos bairros populosos onde a doença está a progredir…”
    Isto contraria o slogan do Dr. Ceita que diz: “…se um pulverizar e outro não pulverizar, adeuwa kongo ê…”

    Até agora ninguém veio ao público explicar ou informar porquê que a pulverização não tem sido aplicada desde 2011 de forma massiva.Este ano começou-se a campanha mas há muitas zonas que não serão beneficiadas. Quer-se acabar com paludismo?

    • Calibre-12

      26 de Abril de 2012 at 16:20

      Essa drástica e assustadora subida de casos de paludismo já era de esperar.
      Primeiro porque temos à frente do ministério da saúde alguém que não entende patavina dessas coisas de saúde que se inscrevem no quadro da saúde preventiva, ainda mais quando se trata de uma pandemia.
      Segundo, porque o sistema de saúde está sendo gerido como se de um gabinete politico se tratasse, onde os privilégios são para “os santos da casa”.
      Terceiro, porque este governo do senhor Patrice trovoada nunca priorizou de facto o combate ao paludismo, limitando-se apenas chamar a sua ministra da saúde(sem saude) para distribuir barrotes e tábuas como se em campanha ainda estivéssemos.
      Quarto, porque em vez de dedicar atenção às grandes questões da nação, Patrice Trovoada prefere pendurar-se na varanda de um navio, com óculos escuros e camisolas Polo e falar de negócios cuja implementação para/em STP só poderá ser possível à curto prazo apenas na cabeça dele.
      Enfim, é o governo que temos e por isso, todos vamos pagar.
      O Paludismo ainda vai aumentar muito mais, segundo previsão de quadros seniores do Ministério da saúde.
      E essa previsão, é desconhecida pela pessoa que actualmente está a coordenar o programa nacional de luta contra o paludismo – o que é bastante ridículo.

    • Tiberio

      27 de Abril de 2012 at 9:38

      Francamente!! É incrivel como as pessoas, mesmo em casos sérios como é a saude publica, como é o pauludismo para o bem estar social e economcio do país, pessoas vêm ca fazer politiquisses. É triste. Que tipo de criatura nós os Santomenses estamos a nos tornar?
      Para a sua informaçao a equipa que conduziu o programa que resultou na reduçao consideravel do pauludismo, continua a ser a mesma equipa que lá trabalha hoje. As mudanças efectuadas so sao nos lugares de chefia, como é natural acontecer e que nao têm influencia nenhuma no aumento ou na diminuiçao do pauludismo porque todo esse programa foi implementado com financiamento e acompanhamento directo dos parceiros internacionais. Se os parceiros internacionais, estao com dificuldades e nao têm financiado a aquisiçao de produtos e medicamentos como faziam anteriormente, qual é a culpa do PM ou da Ministra da Saude? Fazer referência do polo que usa o PM ou dos óculos escuros, que aberraçao? O que querem afinal? Que o PM ande aqui nas ruas de tangas que nem os índios da amazonia? Esta é a hora para fazer politiquisses? PELO AMOR DO DEUS!!!!!!!!!!

  2. Mimi

    26 de Abril de 2012 at 9:56

    Este aumento reflete a sabedoria dos “donos do saber” que se instalaram no sistema de saúde de STP. Como “sabichoes” desmantelaram totalmente o sistema. Transformaram o Ministerio e suas estruturas num comissariado político e o resultado vê-se agora. Pena é que as “maluquices” no sector da saúde pagam-se com vidas de muitos cidadaos. A quem e quando é que se vai chamar à responsabilidade os causadores desta situaçao?

    Outra: A chamada pulverizaçao de emergência a meu ver é uma loucura, isto vai é lançar acha na fogueira. Já alguém pensou na resistência que vem a seguir?…

  3. Macalacata

    26 de Abril de 2012 at 10:08

    Quando se quer faz se e consegue se. Porque razao o governo nao aposta nas vacinas ante paludismo para os rescem nascidos na maternidade uma vez que a epdemia sufoca 85% dos pios????????

  4. Joao Batepa

    26 de Abril de 2012 at 10:14

    Maria de Jesus Trovoada foi posta neste trabalho por ser trovoada e não pelas suas capacidades. Agora centenas de crianças vão morrer porque o PM esta a colocar ao cargo os seus familiares. Toda gente em STP é assim.

  5. rapaz de riboque

    26 de Abril de 2012 at 10:57

    não me digam que o governo também tem culpa das pessoas não terem o minimo de higiene para evitar esta praga com higiéne que o nosso povo tem não ha nada a fazerdeixem de criticar o governo e sensibilizem os familiares a ter mais higiéneem casa e na rua não são capazes de por o lixo no seu devido lugar não são capazes de não atirar o lixo para a via publica fazem as suas necessidades em qualquer lugar sera que o governo é que tem culpa das pessoas serem porcas sem higiene? um povo sem higiéne ainda a tempos estava eu a porta do hotel miramar presenciei um facto triste um motorista do estado estava fora do hotel junto com outros a espera do seu dos seus donos acabarem a reunião acabou de beber uma cerveja atirou a garafa para a via publica esta lá um turista portugues com o seu filho o miudo apressou a juntar a garrafa e por no lixo pelo meu espanto vejo o prevedicador a rir ainda a gozar com o miudo onde é que se vê isso sera que os governantes este e outros é que teem culpa ? Não a educação parte de casa as vendedeira no mercado a servir alimentos e tem uma lata de baixo das banquetas que serve de sanita ai culpo as autoridades sanitárias que deviam andar mais em cima destes actos impiadosos assim como chados taxis que temos até alguns metem nojo sem minimas de condições de higiene ai também culpo a policia de transito que devia punir por favor senhor deixem de criticar seja qual governo for vamos colaborar porque sendo este ou outro que vira sem colaboração nossa não pode ter susessso desculcupem o meu desabafo.

  6. Fidelio Castro

    26 de Abril de 2012 at 11:04

    O combate ao paludismo não pode passar apenas pela pulverização intra domiciliária. E o que faremos com o saneamento de meio? mosquitos têm tanto espaço para acampar, viver, têm até moradias luxuosas. Não haverá jamais irradicação do paludismo enquanto tivermos um país sem saneamento básico.

  7. de coração

    26 de Abril de 2012 at 14:50

    A minha proposta é clara: a ministra da saúde e o Patrice devem ser levadas ao tribunal internacional, por atentado a vida dos milhares de cidadãos deste pequeno país.
    Não é admissível que haja dinheiro para comprar coisas fúteis, e não haver dinheiro para pulvirização.
    Disse!

  8. The Politics

    26 de Abril de 2012 at 17:35

    Resultado de má governção, desviu do fundo publico e má fe por parte dos membros do governo que não lhes importa um pito o bem estar do povo, mas sim ter mais dinheiro, boas, casas e muitas cartozinhas.
    Essa Cultura do seculo 15 que ainda perdurra no pais é que o pais no estado que esta.
    Fui!!!!!

  9. Frank

    26 de Abril de 2012 at 19:29

    “No entanto,”

  10. Carlos Ceita

    26 de Abril de 2012 at 19:33

    Nem mais meu caro Fidelio Castro. O esforço de pulverização e massificação de mosquiteiros tem de ser acompanhada de um plano nacional de saneamento básico e sensibilização da população para o combate sem tréguas a esta maldita epidemia.
    Há que ir a raiz do problema e destruir o abrigo destes insectos terroristas causadores do paludismo.
    O que faz falta a este país e sucessivos partidos governos etc é pensar estudar o problema da existência deste mosquito encontrar a melhor forma de solucionar de acabar com ele. Enquanto persiste o problema paludismo o turismo de massa será sempre uma miragem.

  11. Fijaltao

    26 de Abril de 2012 at 21:02

    È de lamentar a situação do paludismo que de novo volta a ameaçar todos os santomenses! Segundo a descrição, do jornalista que nos alerta para tal, o Príncipe é único local do país onde a prevenção e vigilância é constante em relação à este mal! que me deu a entender que em S. Tomé desde o ano da erradicação do paludismo(2005) até então, ninguém o viu como uma ameaça futura, mas sim como totalmente erradicado. O mesmo se passa em relação ao património nacional! Se hoje se repararmos um ou outro edifício, festejamos a sua reinauguração e nunca mais alguém o vê como um edifício que daqui há alguns anos vai precisar de novas remodelações e restaurações. O paludismo tem que ter um gabinete virado só para ele , um orçamento do estado só virado para ele se assim quisermos contribuir para vinda de turistas e empresários para o desenvolvimento do país!

  12. Fijaltao

    26 de Abril de 2012 at 21:13

    È de lamentar a situação do paludismo que de novo volta a ameaçar todos os santomenses! Segundo a descrição, do jornalista que nos alerta para tal, o Príncipe é único local do país onde a prevenção e vigilância é constante em relação à este mal! que me deu a entender que em S. Tomé desde o ano da erradicação do paludismo(2005) até então, ninguém o viu como uma ameaça futura, mas sim como totalmente erradicado. O mesmo se passa em relação ao património nacional! Se hoje se repararmos um ou outro edifício, festejamos a sua reinauguração e nunca mais alguém o vê como um edifício que daqui há alguns anos vai precisar de novas remodelações e restaurações. O paludismo tem que ter um gabinete virado só para ele , um orçamento do estado só virado para ele se assim quisermos contribuir para vinda de turistas e empresários para o desenvolvimento do país!Em relação a questões técnicas, não sou da área de saúde, mas entendo que a pulverização é um facto para contribuição da erradicação do paludismo, mas devemos também olhar para as questões de saneamento básico e saúde pública em geral! O país é tão pequeno que nem aterro sanitário podemos construir, que é uma coisa simples! Se não atacarmos o Lixo, esgotos à céu aberto, Vasilhames importados do exterior armazenados sem tampa e deixados em todos os cantos com um pouco de líquido, tudo isto contribui para a proliferação do mal! Os bichos precisam dos seus habitats próprios, tais como: o mosquito para incineração dos lixos e aterros sanitários com chaminés para evacuação e aproveitamento dos mesmos gases, as cobras para Obô, lá onde ninguém se interessa pela sua limpeza e outros tantos exemplos que se pode dar! Por isso vamos combater o flagelo! Todos juntos pdemos naquilo que o senhor nos deu!

  13. Nando Vaz (Roça Agostinho Neto)

    27 de Abril de 2012 at 16:42

    Incompetência!..

  14. preocupado

    28 de Abril de 2012 at 0:27

    No meio de todo este problema, surge um outro que é o do mosquito pica miolos.

    Parece-me que as autoridades sanitárias de STP não estão a prestar a devida atenção ás condições necessárias para evitar a propagação deste mosquito, cuja acção tem tambem consequências muito nefastas.

    Gostava de chamar a atenção para este assunto

  15. jonas

    28 de Abril de 2012 at 7:53

    concordo, concordo con tudo que dizem .
    mas vamos dixar de politiquece.
    o país é nosso, tenho a certesa que o governo está preocupado contudo isso,
    vamos dar tempo, deixem trabalahr.

  16. Esteves

    28 de Abril de 2012 at 16:25

    Vamos a ver, a Maria de Jesus Trovoada também falou que neste momento existe uma tendência de descida no numero dos casos. Um bom sinal tendo em conta a informação da duplicação dos casos em relação ao ano anterior, no entanto era preciso conhecer que números são estes, para então ter uma ideia da gravidade da situação, ou não.

  17. bili uê

    29 de Abril de 2012 at 4:27

    Estou de acordo com Fidelio Castro qd diz que o combate ao paludismo não pode passar apenas pela pulverização intra domiciliária. Deve-se melhorar o saneamento do meio. Mas esta tarefa não é só da competencia do governo. É impossível irradicar-se uma doença se as pessoas não se consciencializarem da gravidade da mesma e não tomarem atitude no sentido de contribuirem para a sua eliminação. Deixemos de contar sempre com governo pra tudo. Todos temos que dar o nosso contributo. O simples acto de varrer o quintal todos os dias, tratar o lixo, não deitar latas garrafas vazias ao chão, pneus, tudo aquilo que possa servir de refugio para os mosquitos e todo o tipo de lixo em geral são medidas para acabar com o paludismo; sem falar do uso do mosquiteiro que devia fazer parte do nosso quotidiano. Enquanto não fizermos isso, esqueçam; estamos só a disfarçar o problema. Enquanto existirem reservatórios para os mosquitos eles voltarão sempre.

  18. Ôssôbô

    30 de Abril de 2012 at 19:39

    Qundo um desses “Nguê Gôdô” morrer de e com paludismo, talvez medidas mais sérias serão tomadas na saúde pública!!

  19. gualter almeida

    2 de Maio de 2012 at 10:31

    também com um pouco de higiêne da parte da população as coisas melhoravam um pouco não são só os governos culpados todos nós somos porque 95% da população não esforçam para terem higiêne assim não há governo que aguente embora eles também tenham que disponibilizar verbas para ajudar os mais necessitados mas também muiat boa gente não sabe estimar aquilo que lhes dão pois muitos que só veem para este espaço criticar porque não tomam iniciativas de prevenção e higiêne junto as populações se sabem tanto e esses senhores ricos e os seus penduras porque que não tomam essas iniciativas? tudo a culpar os governos não só este todos que já passaram foram criticados e não agradaram sera se jesus cristo vier cá vai agradar desconfio muito, caso para eu perguntar quem sera que um dia ira governar esta terra que o povo fique contente e colabore com eles para o desnvovimento economico do pais vamos trabalhar deixemos de ser parasitas e os politicos que sejem homens honestos que façam escolhas com pessoas sérias não la~rõe e curuptos há muitos s,tomense espalhados pelo mundo com qualidades importam estes porque embora estejem fora são filhos da terra os que estão ai não são donos de s.tomé mas por favor importem pessoas sérias e honestas não co o professor LÙCIO AMADO como ele ja temos muitos não precisamos mais iguais queremos gente que sabe governar

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