Sociedade

Crise de medicamentos no Hospital Central só será aliviada em finais de Maio

Anúncio feito pelos médicos após reunião solicitada à Ministra da Saúde. Bem-vinda Vera Cruz(na foto), porta-voz dos médicos, garante que o Hospital Central, nunca esteve tão moribundo, e aproveitou para desmentir a notícia segundo a qual, teria chegado um carregamento de medicamentos ao país.

Após a reunião com a Ministra da Saúde na manhã de quinta – feira, esta sexta – feira por volta das 10 horas, na enfermaria do hospital central Ayres de Menezes, Bem-vinda Vera Cruz, porta – voz da comissão dos médicos, que se reuniu com a ministra da saúde, falou da crise sem precedentes que se vive no Hospital de referência.

Começou por desmentir a notícia veiculada pela TVS na última quarta – feira, em que a ministra da saúde, mostrava caixas que alegadamente tinham medicamentos importados, para provar que não há falta de medicamentos no sistema nacional de saúde. «É falso. Não são medicamentos, então não estariamos aqui sem medicamentos para atender os pacientes. Aliás na reunião de quinta – feira, a ministra reconheceu a crise», declarou a porta-voz dos médicos.

Os médicos dizem que a crise de medicamentos e outros consumíveis no hospital Ayres de Menezes não tem precedentes. «Para dizer que neste momento o hospital só tem um e único antibiótico que é a penicilina cristalizada. É um medicamento que não funciona sozinho. Para ser eficaz tem que ser associado. Para além disso temos falta de soros. Portanto não há. Papel para escrever não há. RX não há películas. Acho que se deveria fechar este hospital», declarou a porta-voz dos médicos no seu posto de trabalho.

A classe médica considera que o hospital de referência está praticamente paralisado. Rejeitam por outro lado, os argumentos que alguns sectores políticos e sociais, têm apresentado para mostrar que o protesto dos médicos junto ao Governo, é injusto. «Diz-se por aí, que os médicos estão a fazer isso porque não aceitam a senhora Ângela Pinheiro como ministra pelo facto de ela não ser médica. Dizem também que os médicos não aceitam o senhor Director do Hospital por não ser médico. Isto não constitui verdade. O nosso objectivo é melhorar a gestão do hospital. Somos médicos, e só queremos ter as condições mínimas de trabalho», frisou.

No encontro de quinta-feira, solicitado pelos médicos, a ministra da saúde indicou Maio próximo como mês em que a crise poderá ser aliviada. «Medicamentos possivelmente vão  chegar lá para mês de Maio, através de uma empresa denominada Infarma-STP, foi o que a ministra disse», sublinhou Bem Vinda Vera Cruz.

Os médicos avisam que os próximos dias vão ser mais difíceis. «Não sei o que vai ser de hoje em diante. Quero passar esta informação ao povo de São Tomé e Príncipe, para não estarem aí a dizer que as pessoas estão a morrer no hospital por causa dos médicos. Nós não temos condições. No banco de urgências não temos uma fita para avaliar a diabete. Trabalhamos, calhou … calhou. A nível dos laboratórios, enviamos receitas para análises, a resposta que os técnicos analistas nos enviam é que não há meios, não há meios», reclamou.

Segundo os médicos, na reunião de quinta – feira a Ministra da Saúde não conseguiu dar explicações credíveis sobre as causas desta crise nunca vista de medicamentos e outros consumíveis no hospital central. «A causa é que nós sabemos que estamos num país como São Tomé e Príncipe, onde não há dinheiro, estamos a enfrentar dificuldades, isso é que foi a resposta da senhora ministra para connosco. Depois nós vamos ver até onde vamos aguentar. Porque se não tenho meios para trabalhar como é que trabalho?», interrogou.

O inconformismo dos médicos em relação a penúria sem precedentes de medicamentos no único hospital de referência do país, é tão forte que um dos médicos que é deputado a Assembleia Nacional, aproveitou a sessão parlamentar de quinta – feira, para também chamar a atenção do Governo para a situação crítica.

Hospital Ayres de Menezes, quase em estado de coma.

Abel Veiga

23 Comments

23 Comments

  1. gualter almeida

    27 de Abril de 2012 at 14:22

    Crise de medicamentos até da vontade de rir com a incomptência de muitos senhores neste pais porque a cerca de ano e meio não sei quantas toneladas de medicamentos que se estragaram em contentores e hoje veem falar em crise francamente isto se não mudar nem daque a 100 anos temos um pais com gente comptente. Somos comptentes só na invejidade, nas criticas, nas bruxarias, com mullheres e vice versa uns joguinhos de carta. uns bailhinhos, uma comidinha para comer o resto espera que amanha outro dia vira.Não é verdade EXª., senhor professor doutor LÙCIO AMADO

    • Minuye

      27 de Abril de 2012 at 19:22

      Sinceramente, não queria estar na pele dos dirigentes em São Tomé e Príncipe.
      Do mesmo jeito que os médicos precisam de condições para trabalhar, os governantes também precisam de condições para trabalhar. Nesse caso falta tudo: material, condições de trabalho,competência, dinheiro, iniciativa, diálogo, humildade etc.

    • Calibre-12

      28 de Abril de 2012 at 10:40

      Muita brincadeira com o Povo.
      Aliás, melhor dizendo, o Povo brincou e agora tem o que merece.
      Meus senhores, Patrice Trovoada não dá para governante de um país. Ele dá sim, é para governar negócios, sejam eles no alto-mar ou nas terras árabes.
      Um Estado que se preze não pode pactuar com estas brincadeiras.
      No mínimo o próprio primeiro ministro deveria dar um puxão de orelhas à sua ministra da saúde.
      O proprio presidente da república deveria igualmente chamar o governo e dar-lhe um puxão de orelhas. E Os deputados em vez de apenas falaram e apontarem falhas, deveriam igualmente dar um puxão de orelhas ao governo. Se nenhum desses puxões de orelha funcionar, então como em democracia quem mais ordena é o povo, o povo deve ser chamado a dar um puxão de orelhas ao governo.
      É que o país conhece uma crise actualmente a todos os níveis. Não há arroz, não existem produtos nacionais que servem também de base da população, energia falha agora tal como há dez anos atrás, paludismo está a crescer de forma galopante quando já se tinha o problema sob controlo, não há medicamentos no hospital, fechou-se o bloco operatório, não há água para os médicos colocarem gesso nos pacientes, mas em contrapartida vão-se comando as viagens do primeiro ministro e dos demais membros do governo.
      Em que país estamos?!?!?!……..

  2. deputado

    27 de Abril de 2012 at 14:24

    Viva ADI.
    Povo nos escolheu.
    Deixe-nos trabalhar.Melhores dias virão.
    É só um pouco de calma.
    Deixe-nos trabalhar, srs médicos.

  3. Mimi

    27 de Abril de 2012 at 14:29

    Entao agora a Ministra diz que nao ha dinheiro? Entao onde e que anda o dinheiro que os supostos corruptos metiam nos seus bolsos, distribuiam nos gabinetes e agora vao direitinho para os cofres do estado? Ja que eram tantos fundos desviados e mesmo assim o hospital nao passava tao mal como agora, o que é que se passa?…

  4. rostov

    27 de Abril de 2012 at 14:46

    Esses nossos dirigentes hão de convencer o Rato de que um Gato trás BOA SORTE.

  5. Tete

    27 de Abril de 2012 at 15:42

    Está na hora de povo santomense sair a rua. Isto é brincar com saúde do povo, onde já se viu, não ter o essencial para que o único Hospital funcione, que pouca-vergonha. Os Dirigentes deste país que tenham vergonha, está na hora de pedir responsabilidades a quem de direito. Com tantas ofertas, aonde é que vai o dinheiro????

  6. Filho da Terra

    27 de Abril de 2012 at 15:52

    Depois de entender bem a história fico sem saber quem está falar verdade … digamos que até a ministra mas os seus aliados fazem uma boa equipa de mentirosos e andam com a filosofia de enganar o povo.
    Isso tornou uma brincadeira temos que estas de olhos abertos assim não !!!!!!

  7. Paracetamol 500mg

    27 de Abril de 2012 at 16:02

    Há medicamento sim. Todos os médicos e enfermeiros sabem o que se passa no hospital Aires de Menezes.
    Como é que as clínicas privadas dos senhores Doutores têm medicamentos e os hospital central não medicamentos?
    Como é que enfermeiro tem soro em casa, e hospital não tem soro? Que se sabe, stp não tem fabrica para fabrico de produtos hospitalar.
    Como é que as clínicas têm materiais de analises novos e os hospitais não têm?
    E os componentes químicos para analises clínicas.
    Se houvesse mais controlo, mais fiscalização das clínicas privadas, ia-se saber onde para os medicamentos dos hospitais.
    Tudo truque para abastecer as clínicas privadas.
    Há medicamentos sim.

  8. Jo do riboque

    27 de Abril de 2012 at 16:10

    Todo este Carnaval de vaidades , como médico Santomense no exterior isto me entristece de sobremaneira pela fachada amorfa da nossa Sra.Ministra ,que nao é compativel com urgencia e gravidade da situação que deve ser tratada com a celeridade necessaria. Nao consigo perceber como se poder querer fazer economias às custas do mais elementar direito que é o acesso à saude. Sei por meios proprios que hà falta de medicamentos , reagentes e consumiveis ao nivel de todo o escalão do HAM…. Por favor mandem parar esta feira de vaidades e interessem -se pelo povo .. obrigado pois o Turismo com Hospital doente nao sao compativeis.. felicidades

  9. Nando Vaz (Roça Agostinho Neto)

    27 de Abril de 2012 at 16:33

    Em primeiro lugar quero parabenizar a classe médica pelo espirito republicano, e sobre tudo pela convicção nacionalista.É importante salientar o que está em causa é a vida de cada um santomense(saúde).
    Perante um Estado falhado, o que conta é ter espirito republicano,e convicção nacionalista,por favor senhores e senhoras médicos e médicas ajudam o vosso povo!

  10. conterrâneo

    27 de Abril de 2012 at 17:51

    O país precisa de medicamentos.

    Só que os medicos têm que respeitar mais o trabalho.

    Faltam os serviços, chegam tarde, não ligam aos doentes, e no final do mês, mandam mais de 150 horas extras para Ministra pagar.

    Ministra deve estar “passada” com esses medicos!

    Esses medicos Têm que cuidar melhor dos pacientes!

    Medico tornaram-se politicos, presidentes de camaras, deputados, como é que eles cuidam dos doentes!?

    Isto é uma autentica aberração!

    E a Ministra tem que inventar dinheiro para repor o stock de medicamentos no hospital!

    Os medicos POLITICOS QUE VAÕ PARA POLITICA!

  11. San Imé

    27 de Abril de 2012 at 19:57

    Mais que Brincadeira mais Pinto da Costa e Patrice estão ai a relexar ou como que é que país é esse meu Deus??

  12. Cauteloso

    28 de Abril de 2012 at 2:34

    Não sabes falar é uma vergonha na RTPA ver uma médica falar assim.

  13. Cauteloso

    28 de Abril de 2012 at 2:41

    Vejam RTPA 7 dias hoje Sábado dia 28-04-2012. È uma vergonha.

  14. jonas

    28 de Abril de 2012 at 7:32

    Agora sim, as coisas estão a ser clara no tela nón, perguntam a representante dos sindicatos,. Quantos doentes ela abandonou no banco de urgencia e nas enfermerias?
    Sabemos qual é problema da sinsicalista, os medicos estavam quase todos na gestão, e nós os povo estamos a ver que a Ministra está acabar com isso, a colocar gestores para gerir e eles não querem, eu trabalho no Enapor eu já vi propria a senhora Ministra a fazer expediente para desalfanticar medicamento, agora constantemente chegam medicamentos e consumiveis por avião assim como barco.
    Senhores doutores, sejam sinceros, diga de fundo qual é o vosso problema.

    eu tive informa~ções de fonte segura, a muitos que recebiam piquete e não fazia e a Ministra orientou que não faz piquete não recebe.

    Sabiam que agora já se marcam falta ao Medicos, no Hospital Aires Menezes?

    Sabiam que as coisas estão sendo controlada de uma forma que os medicos não estão a gostar.
    essa ministra quando entrou ela era sempre alvo de senhor Abel, São Deus Lima, os medicos. Mas hoje vimos que jovem é forte, cheio de energia, sempre aberta. mas tembém sei que ela não tolera abusos, aldrabice, ela que trabalhar resolver o problema do povo e mais nada.

    Olha que beração o deputado diz 2 botijas de oxigenio, nós vimos na televisão 6 botijas. afina o que que voces medicos querem, sabemos que não são todos. sobre tudos esses portas vozes. que lhe compra e que não lhe conhecem.

    pode faltar uma ou outra coisa, isso acontece en todo mundo.

    Ministra força,
    Senhor director geral e a sua equipa força,
    Governo Força,
    Povo de hoje, já não é povo de ontem!

    A bel Viega Gosta dessas coisas. ele deve estar contente esses dias com essas noticias, caso rosema…

    • deputado

      28 de Abril de 2012 at 11:20

      …”Olha que beração o deputado diz 2 botijas de oxigenio, nós vimos na televisão 6 botijas”… Meu amigo não passa de um grande parvo. Sabes o que quer dizer EDIÇÃO (editar uma imagem em televisão)? Essas 6 botijas estão cheias ou vazias?foste ver? a própria tvs passou imagens de caixas de medicamentos…como estavam? FECHADAS.Foste ver para confirmar. Tens mais é que estudar porq acho q só 3ªclasse q tem com a globalização(sabe o q é)? , não é suficiente para fazeres qualquer juizo sobre realidade. C’est pas possible.

  15. arlindo fernandes

    28 de Abril de 2012 at 10:47

    Pode nao haver dinheiro, podemos ser um pais pobre , mais temos que ter saude em primeiro lugar . Nao se faz omoletes sem ovos. Como os profissionais de saude trabalham? Temos e que fazer mais investimentos no setor de saude. Nem a ministra ,nem os medicos tem culpa , a culpa e da crise de ideia dos nossos governantes.Assim como e que os emigrantes sentem vontade de regressar ao Pais natal e dar o seu contributo?E dificil.

  16. lada

    28 de Abril de 2012 at 16:41

    Os, médicos estão a brincar hoje que dr geral ñ é medico,o administrador ñ é médico,os médicos estão nus lugares chefes mais baixo, purisso existe os medicamentos no hospital.eu compreendo que vida esta dura, é uma pulítica nova de governo de não refazer a cotinuidade de corrupção “porque um médico para ter Prado de zero quilomitro, ñ pode ser so sálario? meus senhores, hoje aquele médico vai ao banco,faser sua casa,comprar seu carro, faser sua viajem ; eu quero aqui encurajar, o governo da repubríca de stp para continuar em frente,os dirigente do hospital tambem fazem á vosa gestão.

  17. Sun Dótxi Béngue Lólaê

    29 de Abril de 2012 at 16:59

    Crise de medicamentos?Vamos ter mais cautela gente, porque com a saúde do povo, convenhamos. Srª Ministra sabia que o paludismo está atrás de nós outra vez?. O problema de S.Tomé em determinados sectores não se encontra trocar por trocar directores ou por gente que não tem capa vestida. O que mudou no hospital Sra Ministra? Só mudo as cores que aproximam a da SRª?! Que vergonhice. Sabemos que não se nasce com experiência nem tão pouco a sabedoria, mas Angji muálá a cã concê djina mutendê.
    Fico por aqui hoje mas ainda irei voltar para mais comentários.

  18. Dos Santos

    29 de Abril de 2012 at 17:09

    Não há medicamento no Hospital para tratar dos doentes,mas há medicamento para tratar nas clínicas privadas.Assim o País não vai a lado nenhum.

  19. beny sacramento

    30 de Abril de 2012 at 11:59

    ai,ai,ai meu deus,que sera das nossas crianças huuuuuuuuuuuu atèb quando????nem.ha medicamentos no hospital por tudo,bèbès cranças,os nossos,velhos que sera deles????,fogo è muito triste da-se avantagem a clinicas para aqueles que tem grandes facilidades e os povos pequenos è que sofrem com toda essas brincadeiras de mau gosto sinto-me mal

  20. beny sacramento

    30 de Abril de 2012 at 12:12

    sou a pomba branca,nào confundào uma coisa com outra,sabe-mos,bem que onosso medicamentos nacionais cura,nus ultimo,temos que recolher no hospital; meus governo esta perigo,atè a onde vamos xegar com esta situaçào,esta mauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

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