Sociedade

Extracção ilegal de inertes como meio de sobrevivência

O terreno anteriormente  destinado ao projecto  de zonas francas é  agora, local escolhido por muitos para a extração e posterior venda de pedras para construção civil. Fica garantido o rendimento para sobrevivência, enquanto se abrem buracos para o paludismo crescer.

Um cidadão que foi apanhado na extracção de pedras no terreno próximo ao aeroporto internacional de São Tomé, disse que está desempregado. Avisou que é chefe de família. «Então é neste lugar que encontramos uma forma de defendermos o nosso dia-a-dia», explicou.

Os chamados “mareteiros” garantem que para além das suas acções individuais, existem empresas de construção civil, que também extraem pedras do local. Por isso grandes buracos pintam a extensa zona. «Quando entramos aqui, também encontramos aqui máquinas de algumas empresas a fazerem escavação», denunciou.

As chuvas já chegaram e as crateras abertas no bairro do aeroporto, vão se transformar em lagos. Ambiente propício para a reprodução de mosquitos.

A extracção ilegal de inertes  no país  alastra-se dia após dia perante a indiferença das autoridades competentes.

Sónia Lopes

5 Comments

5 Comments

  1. Mina Téla23

    1 de Outubro de 2012 at 19:00

    Aonde vamos parar? Será mesmo que dias melhores chegarão?

    É muito triste essa situação, mas não podemos negar que as dificuldades existem e precisam ser ultrapssadas. Muito mais quando se trata de uma questão de sobrevivência. É o caso. Infelizmente, essas pessoas são obrigadas a se enveredar por esses caminhos, pois não terão o que comer, o que vestir, nem onde dormir. Que futuro espera esse povo com tanta instabilidade que vive o país?

    Sem falar do mau exemplo que vem de cima. Como ficou claro, existem empresas fazendo o mesmo, uma vez que deveriam servir de exemplo para os demais.

    O trabalho em STP deveria ser em conjunto : Governo + População, mas o que acontece é a exploração dos mais fracos, demonstrando a covardia dos “grandes” (nancê sa ku plaga. Cela nancê pidji Deçu pédon).

    Abraços irmãos de terra.

    • pagagunu

      3 de Outubro de 2012 at 13:37

      Qualquer dia matar para ” sobriviver” vai ser permitido.

  2. paludismoatéquando

    2 de Outubro de 2012 at 9:12

    o Ex-director de endemias tb cria um pantano ao lado do seu quintal.Será que ele não deveria dar exemplo?

  3. NAINO

    4 de Outubro de 2012 at 12:51

    A procura de enertes é complicada o governo não cria condições para a sua aquisição,as pedreira funcionam a meio gaz os preços elevado,é preciso criar condições para depois punir,tratar de punir primeiro os coruptos que todos conhencemos,volta a tapar os burracos ja assim não forma poça de agua.A parte triste da história são as grandes empresas que tambem aproveitam da situação,a esses sim não respondo.

  4. Pedro Couto

    22 de Outubro de 2012 at 10:46

    Caros leitores,
    fazer uma charca biologica, pode benediciar a morte desses mosquitos!!!
    Em Portugal fazemos piscinas biologicas onde por natureza as rãs e libelulas aparecem para viverem neste biotopo, as mesmas são predadores dos mosquitos!! sem quimicos e sem contaminar o ambiente nos fazemos com que a natureza combate a natureza – tal e qual como os romanos faziam á 2000 anos!
    informo tambem que para se fazer uma charca; ou uma piscina biologica não é só fazer um buraco e mandar agua, é necessario um projecto, com base na envolvencia local.
    No caso de intresse estamos ao vosso dispor.
    Pedro Couto

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