Sociedade

Agripalma LDA reage a queixa pública da Sociedade Civil sobre a desflorestação do sul

 

Em resposta a queixa-pública apresentada ao Procurador-Geral da República por um grupo de cidadãos relativamente ao projeto de recuperação e plantação de palmares na zona sul de São Tomé, vem a empresa Agripalma, Lda. informar do seguinte:

1- As negociações que culminaram com a assinatura entre a Republica Democrática de São Tomé e Príncipe e a Agripalma, Lda., a 21 de Outubro de 2009, de um Contrato de Concessão e um Contrato Administrativo de Investimento., tiveram o seu início em Marco de 2009, com o investidor STP INVEST NV, sociedade belga.

 

2- Essas negociações, que duraram aproximadamente oito meses, foram conduzidas, pelo lado governamental, por uma equipa multissectorial composta por cinco altos funcionários representando os Ministérios da Agricultura e Pescas e o Ministério do Plano e Finanças.

 

3- Ao contrário do afirmado secretismo de que se envolveu os contratos, a Agripalma, Lda., juridicamente existente no momento da assinatura dos contratos, faz lembrar que este ato de assinatura foi realizado em cerimónia pública que teve lugar na Casa da Cultura, na presença de membros do Governo, Presidente da Camara Distrital de Caué, quadros técnicos dos ministérios envolvidos e representantes dos investidores, tendo este evento sido publicitado na rádio e televisão nacionais e estrangeiras

 

4- A Agripalma, Lda. declara que desde o início do projeto tem procurado respeitar a proteção do ambiente e nunca utilizou quaisquer produtos agroquímicos, pesticidas ou inseticidas considerados perigosos pelas organizações internacionalmente reconhecidas.

 

5- Com os trabalhos de desmatação para plantação do palmeiral a Agripalma, Lda., não entrou na área do Parque Natural Obô de São Tomé, criada e delimitada pela Lei 6/2006

 

6- Igualmente a Agripalma, Lda. declara que a implantação do projeto não ocupou qualquer área de floresta como definida no artigo 2º da Lei 5/2001, pois que os trabalhos de desmatação e plantação de palmeiras são circunscritos à áreas já plantadas da antiga EMOLVE ou em áreas anteriormente cultivadas mas abandonadas durante longos anos.

 

7- Pela mesma razão, por não se tratar de uma área submetida ao Regime de Produção Florestal a Agripalma, Lda. refuta a acusação que lhe é feita de violar o artigo 26 da Lei nº 5/2001.

 

8- A Agripalma, Lda. quer esclarecer que foi por sua iniciativa e às suas expensas que, para além do Estudo de Impacto Ambiental e o Estudo de Impacto socioeconómico legalmente exigidos, mandou elaborar um Estudo de Biodiversidade (Biodeversity Check) onde são identificadas a fauna e flora endémica existente e sua localização na área concessionada do projeto. O Estudo recomenda as formas de proteção desta fauna e flora, recomendações essas que têm sido respeitadas pela Agripalma, Lda.

 

9- Relativamente as aves endémicas, Agripalma, Lda. sublinha que, segundo biólogos entendidos na matéria, o seu habitat localiza-se na Ex dependência Monte Carmo, situada fora da área concessionada ao projeto.

 

10- A Agripalma, Lda refuta a apreciação feita de que a sua ação social no quadro do projeto é despiciente quando só com os salários dos trabalhadores dispensa um montante mensal de 1. 500.000.000,00 Dobras empregando cerca de oitocentos trabalhadores e só dentro de oito anos começará a ter o retorno dos investimentos previstos para o projeto.

 

 

11- Só por distração ou negligente leitura do artigo 8º do Contrato Administrativo de Investimento se pode inferir a falsa acusação de que Governo atribui à Agripalma, Lda, o direito de hipotecar que 5% do território nacional. Aconselhamos à uma leitura mais cuidada e desapaixonada do referido articulado.

 

12- A Agripalma, Lda. esclarece que a referida clausula, legalmente sustentável, foi consensualmente aceite pelas partes durante as negociações e corresponde ao esprito e a letra de igual clausula já contida num contrato de investimento anteriormente assinado com Estado Santomense.

 

Para finalizar a Agripalma, Lda., declara que reputando de mais urgente o prosseguimento da implementação do projeto de modo a cumprir o cronograma previsto no estudo de viabilidade, se abdica de prestar quaisquer outras declarações envolvendo esta polémica ambiental, expecto se, em foro próprio, for interpelado por autoridade competente.

No entanto, quer informar que nos seus escritórios situado na Ribeira Peixe- Ex Emolve, se encontra à disposição para consulta do publico em geral e em especial dos membros do movimento da sociedade civil, toda a documentação escrita, digitalizada ou filmada que confirmam todas as afirmações e factos acima mencionados.”

São Tomé, 19 de Junho de 2013

O Diretor Geral

Jan Van Eykeren

33 Comments

33 Comments

  1. verdade

    21 de Junho de 2013 at 10:36

    só precisamos saber se houve corrupção nesse processo. Se não houve, as falhas que tiver que se corrija. E ponto final.
    Nada é perfeito. Agora, entre galinholas e o desenvolvimento económico, eu escolho o desenvolvimento. Precisamos de criar riqueza, e isso se faz com produção, e não com essas falácias de gente que tem boa vida.

    • Leopoldo Bonfim

      21 de Junho de 2013 at 11:16

      Não é galinholas. É extinção de espécies autóctones, empobrecimento ireversível do solo, alteração climática local com contaminação às outras áreas circundantes,empobrecimento definitivo da flora e fauna local e do país, descaracterízação definitva da paisagem, contaminação de aquíferos e ribeiros e no futuro, empobrecimento económico e social daquela zona de forma definitiva.
      O senhor acha que isto é pouco por migalhas relacionadas com o investimento em causa? É assim que um país dito civilizado trata os seus recursos? É assim que um país ou empresário de um país dito civilizado trata os recursos de outro país? Por que razão os outros países onde este investimento foi proposto não aceitaram a sua implementação? Por que razaão a Agripalma não fala sobre os efeitos ambientais, económicos e sociais decorrentes da aplicaçãop deste investimento no longo prazo? Não me interessa estar a discutir os benefícios sociais e económicos do projecto, no curto prazo se os seus efeitos, a longo prazo, denunciam um desatre irremediável para o país.
      Leopoldo

    • Pv

      21 de Junho de 2013 at 13:49

      Espécies, em via de extinção estão no Obo,pelo que a sua sobrevivência não dependerá desse projecto se seguir as riscas o que esta acordado.
      Quanto a degradação de solo recomendava que lesse: Melo Júnior H. B. et al (2011)-SISTEMA DE PLANTIO DIRETO NA CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
      A vegetação local é resultado do clima local, não o clima resultado da vegetação.
      Do resto é só conversa de muitos que até vivem no maior conforto de grandes cidades e que em nada lhes interessa o bem estar do ser humano que vive no limiar da pobreza.
      Não lhes interessa ir a zona sul ver as crianças a passarem fome, o que lhes interessa é o bem estar das Galinholas, Picanço e o Anjolô.

    • J.P

      21 de Junho de 2013 at 15:31

      Isto é de uma ignorância atroz. Se a vegetação é função do clima e você altera a vegetação de forma brutal, você vai influenciar o clima local! Isto é básico e compreensível. Existe relação entre a humidade, evapotranpiração e preciptação que qualquer miúdo da 4ª classe aprende normalmente na escola. Não é preciso ler nenhum livro de Brasileiro ou de outra origem para perceber isto.
      Isto é um dos maiores males do nosso país. Uma quantidade de pessoas, autoproclamadas como técnicas, estudam, fazem cursos em algumas universidade e, no entanto, não têm capacidade crítica e argumentativa porque de repente são colocadas em lugares de responsabilidade sem tempo para digirirem pequenos conhecimentos que adquiriram nas respetivas universidades e começam a dizer uma quantidade de disparates. Não é preciso se estudar muito nem ler artigos nenhus para se chegar a esta conclusão. É aliás por isso que existem em S.Tomé microclimas em determinadas zonas decorrente das condições do relevo, vegetação existente, humidade local, etc.
      Eu admiro-me como é que estas pessoas para defenderem um projecto que é extremamente prejudicial ao país recorrem a tudo mesmo a disparates de natureza científica.
      Toda a gente sabe que este rpojecto é bastante prejudicial ao país com consequências desastrosas no futuro. Quem o assinou e implementou deveria responder judicialmente pelos seus actos. Isto é um crime.

    • Pv

      21 de Junho de 2013 at 17:05

      De clima não percebes nada… experimenta fazer plantação num diserto, leva para ali quantidade de agua que quiser para regar as plantas e espera que que clima dali mude…
      Respondendo a tua ignorancia quanto ao clima de STP:
      1º factor climatico em STP, zona de convergência inter-tropical (geografia). n
      2º Micro-clima em STP é controlado principalmente pelo diferencial de temperatura, Mar-terra e pelo relevo a contribuição da vegetação não é tão significativa como muitos pensam. Explico:
      Durante o dia a terra aquece mais que o mar, isso provoca o fluxo de ar no sentido mar a terra, a penetração desse ar umido (pork vem do mar) a interior da ilha, que é forçado a subir por causa dos relevos, provoca o arrefecimento dos mesmos e formação das nuvens que muitas da vezes dão chuva nas zonas montanhosas e arredores. E claro onde ha mais chuva ha sempre mais vegetação, por isso a vegetação é o resultado da chuva não o contrario… não se esta a falar de florestas que situam em grandes bacias, como a de Congo ou Amazonia… ai sim a contribuição dessas na Evapo-transpiração é bem mais significativa… do resto não vem com essa de albedo, pork estamos a falar de uma pequena área quando se fala em factor climático.

    • António Pinheiro

      13 de Agosto de 2013 at 12:17

      Causa estranheza as pessoas que aqui deixam seus comentários, desconhecerem o poder de regeneração vegetal, em São Tomé e no Príncipe. O grande custo de produzir no País, é exatamente o controle das plantas infestantes. Até o cacau, que suporta concorrência, se não for limpo, vê reduzida sua produção. Então, há que plantar espécies alimentícias, sem preocupação com problemas que aqui, não existem. Os preocupados, parece viverem, na Europa e na América do Norte.

    • Ângela

      21 de Junho de 2013 at 14:10

      Fantástica argumentação. Concordo plenamente com aquilo que disse. Dão migalhas a alguns trabalhadores enquanto outros pouquíssimos se enriquecem com a exploração sem mínimo de escrúplos dos recursos de todos. E assim se vai fazendo a festa de alguns e pobreza de todos. Se eu mandasse neste país mandava automaticamente prender todas as pessoas envolvidas neste projecto.

    • verdade

      21 de Junho de 2013 at 14:22

      De que empobrecimento ireversível do solo, empobrecimento definitivo da flora o sr está a falar?
      Conheces aquela zona? Aquilo era quase toda palmar da Emolve.A outra parte era cacausal, e outras culturas do genero.
      Sou descendente de lá. Sei do que falo. Porque foi que a direcção de Ambiente aprovou o estudo de impacto ambiental ( apesar de receber fora de prazo)?
      Estamos a defender intersses sãotomenses?
      Meu Deus!

    • Etelvina Correia

      21 de Junho de 2013 at 14:57

      Estão a dar cabo do país. Eu também sou daquela zona, nasci ai e vivi toda a minha vida ai. Vocês querem matar as pessoas que cá vivem. Desde quando vocês conversaram com a população para lhes explicar as consequências deste projecto em toda a sua vertente? Não fizeram isto porque sempre estiveram de má-fé. Sabiam o que estavam a fazer e tinham espírito de má-fé desde o principio. Isto não se faz. É muito triste que dirigentes do nosso país se vendam por migalhas condenando o povo e o país aos maiores crimes e destruição. Vocês hão-de pagar porque estão a fazer ao país.

    • Pv

      21 de Junho de 2013 at 11:55

      nem mais

  2. Veneno

    21 de Junho de 2013 at 11:12

    Força ai Agripalma. O que vos peço é que cumprem escrupulosamente o que está no contrato, que dão prioridade ao povo de Caué,que deixem os antigos donos dos lotes aproveitar as madeiras que nele se encontram sem incomodo da direção das floresta duma vez que serão cortadas e que mais urgente possível uma autorização ao poder local para aproveitar os troncos derrubados de forma ajudar inúmeras famílias com problemas graves de habitações. Não temem, seguem em frente que nós santomenses somos mesmo assim “criticamos tudo e não fazemos nada”. A mulher rejeitada quando encontra alguém para lhe dar outro rosto, trás sempre inveja para quem lhe deseja mal.

    • Teresa Santiago

      21 de Junho de 2013 at 14:04

      Como é que o senhor não agradece a AGRIPALMA? Pudera. Sempre foi assim que nós forros nos portamos com aqueles que só querem destruir os nossos recursos. Sempre foi assim, salvo raras excepções. Qualquer pessoa de bem vê este projecto, vê o que fizeram na zona Sul, fica logo arrepiada. Eu estive lá, não sou técnica de coisa nenhuma, e apetece-me chorar. É triste aquilo que fizeram. Só não vê quem não quer ver.
      Ainda por cima o único argumento que os defensores deste projecto apresentam é que estão a arranjar trabalho para as pessoas que vivem na zona Sul. Mas qual arranjar trabalho, qual carapuça!? Pensam que me enganam e que enganam ao povo. Se fosse este o objectivo destes governos não andavam a rejeitar uma grande quantidade de potenciais investimentos para o país só porque os investidores em causa não aceitaram que estes ditos governantes fossem sócios nos investimentos em causa. Portanto este não é um argumento verdadeiro. Quantos investimentos estrangeiros os governantes desta nossa terra não rejeitaram, desde a independência do nosso país, com argumento de que vai ter esta consequência, vai ter aquela consequência, só porque os investidores não aceitaram que eles fossem sócios destes investimentos? Quanto o país não perdeu com esta atitude? Então porquê que aceitaram exactamente este investimento que de mais negativo acarreta para o país em termos ambientais?
      Eu recordo, ainda há pouco tempo, os investidores de um grupo que está a investir no Príncipe, quiseram investir e o governo do senhor Patrice Trovoada criou-os uma grande dificuldade para que os homens não investissem. Porquê? Até hoje ninguém sabe nada daquilo que aconteceu. No entanto a intenção dos homems era criar postos de trabalho para aquela população e os referidos investimentos não tinham impacto ambiental como este. Então assim, se a preocupção era criar postos de trabalho porquê que criaram tantos problemas a este investidor? Este não é um argumento válido. Caso contrário todas as pessoas que quisessem investir para criar postos de trabalho independentemente das consequências ambientais, económicas e sociais no futuro, poderiam fazê-lo? É assim que um país pode agir? Só acho que os políticos que estão comprometidos com este projecto deveriam responder judicialmente pelo mesmo até como forma de evitar que no futuro estas coisas voltassem a acontecer. Sinceramente, estou muito triste e abalada.

  3. Estamos atentos!

    21 de Junho de 2013 at 11:13

    O Agripalma, fugiu o debate no programa cartas na mesa e agora vem com comunicado? essa é atitude dos fracos. Até parece um determinado partido político, será que não cultivam os mesmos ideais?
    FUI!!!!!

  4. Espírito Santo

    21 de Junho de 2013 at 11:33

    Pensaram bem, na situação economica dessas pessoas do sul?
    Voçes nunca passaram fome e sempre foram filhos de papa,é por isso que estão a mandar essas bocas contra o estado.

    • Salvaterra

      21 de Junho de 2013 at 13:47

      Qual fome. Isto é um argumento utilizado para esconder graves crimes que os senhores cometeram. Se este fosse um argumento válido também poderíamos fazer o mesmo noutras zonas do país. Neste caso fazíamos o abate indiscriminado de árvores da zona Norte e centro e da região autónoma do Príncipe para arranjarmos trabalho para as pessoas. Isto é um argumento de loucos e de quem tem culpas neste processo todo. Porquê por exemplo que a população do Príncipe foi contra este projecto e rejeitou o mesmo quando foi da consulta pública lá no Príncipe?
      Porquê que outros países de maiores dimensões territorial, como Angola e Moçambique, não aceitaram este projecto? Será que não existe pessoas desempregadas neste países? Não! É porque os governantes que assinaram este projecto estão metidos na corrupção, recebem uma parte significativa do dinheiro e do investimento feito. Para calarem as pessoas da zona Sul dão-lhes migalhas, 20 Euros por mês de vencimento, enquanto a parte de leão, resultante dos lucros deste projecto, mais tarde, vai ser distribuída para estes senhores corruptos destes governos. Foi senpre assim que se trabalhou neste país. O que me dói é que as pessoas colocam sempre os seus interesses pessoais em cima dos interesses de uma nação inteira, não rejeitando a ideia sequer de destruir todos os recursos naturais do país para concretização desta ambição, tratando-nos a todos, como incultos e burros.

    • Inocêncio

      21 de Junho de 2013 at 15:06

      Senhor Salvaterra, agradeço-o pelo seu argumento. Muito bem construído. Andam a dizer, como único argumento, que é para arranjarem trabalho para população. Mas nunca se viu este interesse por parte deste mesmos governantes, quando são outros investidores que querem de facto investir no país sem qualquer impacto ambiental ou de outra natureza. O problema é outro. Há gente de grande responsabilidade no país, metido neste processo, e por isso aconteceu da forma como aconteceu. Estas pessoas não interessam de matar o próprio povo para satisfação das suas necessidades e ambições. Qualquer pessoas de bom senso vê que este projecto é um acto criminoso com consequências desastrosas para o nosso país. É algo indefensável. Eles da Agripalma nunca respondem a razão pela qual Angola, Moçambique e outros países rejeitaram este projecto não obstante terem umam maior área territorial do que a nossa. É porque somos governados, desde sempre, por corruptos incorri´gíveis, ladrões do povo, gente sem escrúpulos que não se importam de destruir o pais para ganhar o seu pé de meia. É triste tudo isto.

    • Espírito Santo

      21 de Junho de 2013 at 15:10

      Salvaterra confesas-te, és filho de papa.
      Infelizmente és daqueles que só se preocupa com o seu bolso e não pensa no outro.

  5. vida de surpresa

    21 de Junho de 2013 at 11:43

    Concordo cng!
    Como sociedade jovem que somos, jamais podemos deixar esta cenas acontecer.
    Realmente é de lamentar, um País insular e continental há atravessar por estes tipos de Catástrofes….Eu sou jovem e quero Desenvolvimento para o nosso São Tomé e Príncipe.

  6. gilberto

    21 de Junho de 2013 at 12:07

    Claro está.Misturam política com tudo.
    Preferem ver população do SUL morrendo de fome por falta de emprego.
    Má fé.

    • Deolindo Aguiar

      21 de Junho de 2013 at 13:36

      Mas qual emprego, minha gente?! Esta gente é paga num sistema de autêntica exploração. Não ganham mais dom que 40 Euros por mês enquanto os corruptos que estão associados ao projecto em causa ganham milhares de dólares. Ainda por cima vivem na cidade, não estarão cá presente para ver com os seus olhos o impacto negativo deste projecto e os seus filhos continuarão a viver na cidade ou na europa enquanto os filhos destes trabalhadores hão-de de arcar com todas as consequências da implementação deste projecto cá na zona Sul. Isto é uma autêntica má-fé, corrupção, destruição de recursos de toda a sociedade e sobretudo um CRIME. Estas pessoas deveriam estar todas presas. Desde os ministros que assinaram e comprometeram com este projecto até os primeiros-ministros, senhores Rafael Branco e Patrice Trovoada. Deveriam ser sumariamente julgados. Desde quando eles fizeram uma consulta pública para as populações darem a sua opinião sobre a implementação deste projecto arruinoso para o país? Isto é um crime. Só de ver o abate indiscriminado de árvores sem qualquer piedade naquela zona eu chorei e tive muita pena. Isto não se faz. Isto é um crime grave para todos nós. Por isso não admito que me venham falar em trabalhos para pessoas da zona Sul como argumento. Se este fosse um bom argumento, neste caso, também abatíamos todas as árvores de outras zonas do país para plantar outras culturas, em regime de monocultura, para dar trabalho às pessoas que não têm emprego. Portanto, este não pode ser um argumento. É triste aquilo que os meus olhos viram na semana passada. Aquilo é um crim feito por criminosos.
      Atenciosamente
      Deolindo

    • Espirito Santo

      21 de Junho de 2013 at 15:19

      Na vossa petição ao P.G.R voçes defenderam a questão do salário praticado pela empresa?

    • Gente burra de mais pa

      22 de Junho de 2013 at 8:10

      Antes de postares este comentário deverias mas é pensar!pelo menos nós agora temos um sala rio de 1500 mil p/mês,o que nos ajuda em muito ,embora reconhecendo que esta baixo,mas são vcs mesmo os dirigentes que nos tem nesta situação.
      Ora pergunto a quanto tempo ficaram ai desempregados?????
      Quem tem que pronunciar somos nós da zona sul e não vcs.Cambardas de ignorantes lacaios .Ai de vcs se criarem agripalma problema ai .estamos empregados mesmo se for pra ganhar 500 mil não interessa ,o mais importante é que temos um patrão,e vc pode me dizer o que significa isso?????

    • José Vila Nova

      21 de Junho de 2013 at 14:34

      Não é misturar política com tudo. É respeito pela património público que é de todos nós. A floresta da zona Sul não é do governo que assinou este projecto. É nossa. Desde quando os senhores Rafael Branco e Patrice Trovoada disseram em campanha eleitoral, antes de irem para os referidos governos como primeiro-ministros, que uma das coisas que eles iriam fazer é destruir toda a floresta da zona Sul do país? Desde quando eles disseram isto? Isto é uma decisão que precisa de escrutínio público, que precisa da participação popular em esclarecimento, debates e outras iniciativas para que o povo possa se exprimir e eventualmente concordar com a iniciativa em causa. Quem deu autorização aos senhores Rafael Branco e Patrice Trovoada, para fazerem sem qualquer escrutínio público, um crime desses? Por acaso aquele terreno é deles? É do pai deles? Mesmo se fosse, está é atitude mais correta para se dar a um bem que é de todos nós?
      Tomar uma decisão desta não é a mesma coisa que mandar abrir um supermercado. É preciso intervenção popular em sessões de esclarecimento, debate público, estudos técnicos de natureza ambiental, etc. Porquê que não fizeram nada disto e tiveram uma atitude predadora e criminosa sobre um bem que é de todos? É esta a imagem que vai passar na opinião pública internacional com todas as consequências para o turismo nacional. É assim que se faz com o objectivo de criar alguns postos de trabalho e empobrecer definitivamente o país? Palavra de honra, nunca pensei que chegássemos a tanto. Sempre soube que estes governantes nunca gostaram do povo mas também nunca pensei que também nunca importariam com a sua destruição acelerada só para enriquecimento de meia dúzia de pessoas.

    • Lagaia

      22 de Junho de 2013 at 15:06

      Mesmo desempregado, quem passa fome em STP não merece o ar que respira e muito menos o chão que pisa.
      Conheço trabalhadores que ganham mais de 40€/mês só para capinar.
      Isso é uma forma de escravatura.

  7. Mestre do costume juridico

    21 de Junho de 2013 at 15:40

    Num Pais que funciona, o abate idiota de árvores num parque natural,considerado como o pulmão de um País,cujas consequências que vão desde as mudanças climáticas, alterações na biodiversidade, e alterações dramáticas no ecossistema, daria pelo menos para apreensão da Licença sine die.

    • Papafigo

      21 de Junho de 2013 at 16:57

      Isto está a ganhar contornos muito complexos e o povo tem que começar a agir. Andamos a perdoar tudo a estes políticos e eles estão a abusar. O senhor Rfael Branco mais o seu cunhado Xavier Mendes que assinaram este documento juntamente com o governo do senhor Patrice Trovoada devem responder judicialmente pelos seus actos criminosos. Nenhum povo do mundo pode ficar impávido e sereno a ver estes brutamontes a delapidarem os recursos do país sem fazer nada e ainda por cima a gozarem com a nossa cara. Isto j´s está a atingir proporções inadissíveis. Onde já se viu que esta gente possa mandar derrubar grandes extensões de floresta para mandar plantar dendém em sistema de monocultura contribuindo com isto para a nossa destruição coletiva? Isto é um grande abuso de poder.

  8. terra a mão

    21 de Junho de 2013 at 16:44

    Caros compatriota!
    E com muita tristeza,desilusão enfim,que vejo, até que ponto as pessoas nesta terra, são más,para com os seus próximos, por causa da paixão politica.Por isso peço a todos os santomenses, sem ex cessão que tratemos os assuntos do pais com mais seriedades,de uma forma desapaixonada, e sobretudo pensando naqueles que pela ironia do destino, não poderam ter um berço,como é o caso dos nossos irmãos da zona sul,neste caso concreto,não só,e como forma de credibilizarmos o pais a atrair investimentos estrangeiros .Digo isto por quanto, não consigo entender porque razão o dito movimento da sociedade civil ,não teve este comportamento, que no meu entender devia ser condenado por todos nós ,enquanto santomenses,a quando da governação do senhor Patrice Trovada ,e o ADI?
    Sera que o movimento em causa esta mesmo interessado no desenvolvimento deste pais?
    Como é possível por em causa todo um esforço feito pelo governo e uma empresa que teve a coragem de investir tanto dinheiro ,dando emprego a aquelas pessoas que tanto precisavam , dando sustento a cerca de 800 famílias,reconstruindo aquilo que ja contribuiu para o nosso (OGE), até bem pouco tempo,e que só terá retorno do capital dai a 8 anos?
    Quero aqui condenar viamentemente o comportamento e a atitude destas gentinhas formadas em associação, e dizê-los ,que há de facto coisas que merecem a intervenção da sociedade civil organizada,mas não este .
    Na altura da governação do ADI ,a Agripalma não estava ai?Mas estava tudo bem, não é?
    Sinceramente não entendo!!!!!!!!
    Ao Governo quero ai deixar um alerta,estar sempre vigiantes,atentos ,porque enquanto o ADI estiver fora do poder,ira surgindo sempre gentes como estas, fazendo, chantagens ,criando distúrbios,de forma a imperar o desenvolvimento do pais.Por isso o governo terá que adoptar mecanismo para desmantelar e sancionar gentes como estas.
    Podem dizer-me a quanto tempo os nossos irmão da zona sul,não conheciam um salário?Então sejamos patriotas e solidários com os nossos próximos.
    U bem haja a todos ,em particular os da zona sul.

    • Angolar Desde Pequeno

      21 de Junho de 2013 at 17:04

      O problema não é O ADI, o MLSTP ou outro partido qualquer. O problema, em concreto, é a destruição da floresta nacional de forma criminosa. Não se pode admitir uma coisa desta. Nenhum povo do mundo pode ver para isto e ficar sem fazer nada nem reagir. Isto é um problema político só na medida que os autores materiais deste acto criminoso são pessoas que estavam a exercer funções governativas naquele momento. Mas quer fosse o ADI, o MLSTP, o PCD ou outro partido qualquer este problema seria grave na mesma. Isto é um crime muito grave. As pessoas envolvidas neste esquema têm de ser presas e responderem nos tribunia pelos seus actos. Em nenhum país do mundo isto aconteceria com tamanha facilidade e má-fé.
      Não podem invocar investimentos estrangeiros e defesa de postos de trabalho porque, se fosse assim poderíamos abater todas as florestas do país para plantar palmeiras e arranjar emprego para as pessoas. Isto não é argumento válido. Ainda por cima pagam a estas pessoas menos de 20 Euros por mês. Isto não é admissível.

    • Veneno

      21 de Junho de 2013 at 19:30

      Obrigado meu(minha) senhor(ª). Sinceramente. Eu li o seu comentário lagrimando de emoção porque realmente há gente que pensa no povo de sul. Eu sou de sul e vivo no sul. Conheço as dificuldades da minha região. Por favor nos ajuda porque querem nos cortar o caminho da paz em beneficio de interesse pessoais e políticos .

  9. sofredor

    21 de Junho de 2013 at 17:45

    Quero recordar que foi o Sr Chavier Mendes ministro do PCD, ao mando do Sr Rafael Branco que derão luz verde para a assinatura deste projeto. … Só isto já diz tudo…
    Fui

    • Lena de Pantufo

      21 de Junho de 2013 at 19:54

      E já agora convinha também lembrar que o senhor Patrice Trovoada quando chegou ao governo não fez nada para que este processo parasse. Pelo contrário! Fez tudo para que este projecto avançasse, mesmo na ilha do Príncipe, onde a população manifestou contra este projecto. O senhor Patrice Trovoada em vez de ficar ao lado do governo Regional do Príncipe e da população do Príncipe, eu lembro-me perfeitamente, ficou ao lado da Agripalma e contra a população do Príncipe. Portanto ele também tem muitas culpas neste processo assim como o seu ministro Américo que assinou o contrato. Todos têm de responder na Justiça interna e Internacional perante este crime ambiental. Malandros.

  10. justino couto

    22 de Junho de 2013 at 11:06

    sr José Vila Nova e a sra Lena de Pantufo, estamos em S. Tome e todos temos memorias fresquinhas de quem foram os responsaveis desse projecto: MLSTP/PSD e o PCD, respectivamente sr Rafael Branco como 1o Ministro e sr Xavier Mendes ministro de Agricultura. Nao podemos estar a espalhar o mal pelas aldeias. Tragam os responsaveis para dar a sua versao dos factos. Nao vale a pena esconder o sol com a peneira. Hao de reparar que 90% dos casos de contratos duvidosos, corrupcao, gestao danosa e outros actos indignos deste pais tem a MAO do MLSTP e do PCD. Vao a lista agora dos 20 maiores casos que estao no MP apresentado pelo sr Liberato Moniz e diz-me com toda a franqueza quem sao os responsaveis. Bom Fim de Semana a todos. Um bem haja ao Tela-Non.

    • Carlitos

      22 de Junho de 2013 at 15:20

      Na longa lista do senhor Liberato Moniz, se não me engano, eu vi lá também “Branqueamento de Capitais” ou não? Parece-me que está lá também.

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