Sociedade

BENDIOCARD reforça o combate para erradicação do paludismo

Bendiocard é o nome do novo insecticida que está a ser implementado no combate para a erradicação do paludismo em São Tomé e Príncipe. Após significativo crescimento da doença nos anos 2011 e 2012, começou a sétima campanha de pulverização das casas, com o bendiocard.

O paludismo não representa problema grave de saúde pública em São Tomé e Príncipe, graças a uma intensa campanha de luta contra a doença que começou no ano 2004. O país que registava mais de 70 mil casos de paludismo por ano e até 2004,  numa população que não ultrapassava 150 mil pessoas, viu a incidência baixar para 3500 caos no ano 2010, cerca de 2,2% da população.

Segundo o programa de luta contra  doença, a apartir d ano 2011 «houve um certo recrudescimento com mais de 6 mil casos registados», anunciou Herodes Rompão, Director do Programa de Luta Contra o Paludismo.

No ano seguinte, 2012, a situação agudizou-se com o registo de 12 mil casos de paludismo, e com a mortalidade a se manifestar. De 2011 a 2012, pelo menos 7 pessoas, morreram vítimas do paludismo, situação que tinha deixado de ocorrer a partir do ano 2005 até 2010.

Segundo Herodes Rompão, a esistência que o mosquito causador do paludismo, começou a adquerir em relação ao insecticida que estava a ser aplicado nas casas, o alfacipermitrim, é uma das causas do importante aumento da doença nos últimos 2 anos.

Por isso a decisão da equipa técnica de saúde em optar por um novo insectida, o  BENDIOCARD, isso após a realização de estudos e a sua confirmação por instituições internacionais, como sendo produto adequado para combater o mosquito causador do paludismo. «Acreditamos que com o novo produto vamos conseguir reduzir a prevalência de forma muito significativa», precisou Herodes Rompão.

A sétima campanha de pulverização das casas já começou nos dois distritos mais populosos, Água Grande e Mé-Zochi. A campanha de pulveização conheceu no passado, alguma resistência de parte da população. Situação que contribui para ajudar o mosquito a ganhar resistência em relação ao anterior insecticida. «A população já começa a reconhecer que o paludismo tem consequências imprevisíveis, aproveito para agradecer o empenhamento da população, depois de alguma resistência manifestada no passado», sublinou o Director da Campanha de luta contra o paludismo.

.Com o novo insecticida, as autoridades sanitárias acreditam que o combate contra o paludismo, vai entrar na fase conclusiva. Segundo Herodes Rompão, o arquipélago vive duas situações distintas. Na ilha de São Tomé, o cenário é de controlo da doença a perspectivas a fase de pré-eliminação, enquanto que na ilha do Príncipe, a situação é de pré-eliminação do paludismo.

Desde o ano 2005, que não se registou um único óbtido na ilha do Príncipe por causa do paludismo.

O suceso de São Tomé e Príncipe na redução drástica do paludismo, já mereceu reconhecimento da OMS. A doença deixou de ser uma ameaça grave a saúde pública no arquipélago, mas nos principais mercados turísticos do mundo, o estigma ainda persiste. Alguns postos de informação turística continuam a indicar São Tomé e Príncipe, como país dominado pelo paludismo, por isso mesmo ser um risco. A realidade é completamente diferente, isso desde o ano 2005.

Abel Veiga

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4 Comments

4 Comments

  1. homem honesto

    26 de Setembro de 2013 at 8:39

    Recomendo ao Centro Nacional de Endemias para recrutar pessoas (agentes )que não têm maus hábitos (ladrão).
    Peço aos partidos políticos para sensibilizar as populações para aceitarem de braços abertos esta tarefa.

    Como os partidos fazem para angariar votos é o mesmo que devem fazer.
    Quero ver qual deles têm a mesma ideia que eu.
    Tchau.

  2. edu

    26 de Setembro de 2013 at 15:37

    Pergunto eu, sera que esta escrito nalguma parte o país que quando há pulverização o funcionario deve ficar em casa para abrir as portas? Se esse funcionario não for ao trabalho ou chegar um pouco tarde e apanhar uma falta qual será a posição do estado?

  3. alexandre Pinto

    27 de Setembro de 2013 at 17:12

    outro exemplo de imcompetencia do governo e desinformacao das opcoes de tratamento.
    Comprar inseticida …e o mesmo que comprar veneno e distribuir por ai , poluindo e envenenando a agua e o meio ambiente. Existe uma arvora na India, chamada NEEM, ela e tao utilizada por la que a chamam de arvore da farmacia… bem se usarmos 30G de folhas num cha caseiro , em cerca de 10 dias o paludismo esta curado…. ninguem sabia ne?
    esta arvore demora 6 anos para poder ser cortada, a madeira e igual ao mogno, tem um grande valor no mercado internacional, mas se podem utilizar as folhas e frutos . Das folhas podem fazer inseticida natural e acabar com os mesmos mosquitos da malaria/paludismo, se der para comer ou tomar acaba com os vermos nos animais e nos humanos, tem centenas de usos, que eu nao vou enumerar aqui… o importante e saber que se podia ter evitado comprar /inseticida se o governo plantasse /importasse esta arvore…

    • Jose Silva

      28 de Setembro de 2013 at 12:45

      Muito boa ideia Alexandre Printo. Procure saber mais informacoes sobre aquela arvore e escreve ou manda informacao para o governo ou o pais e a gente resista isso com toda atencao. Essas iniciativas sao as melhores para S.Tome e Prinripe. O uso de plantas medicinais resolve o problema de forma natural, muito embora precisemos da quimica medica. Se india um pais com 1.4 bilioes de gentes conseguem sobreviver o paludismo, ja e’ hora dos nossos dirigentes pensarem um pouco mais alem e tentar copiar o metodo doutros paises como India, China, USA (florida tambem tinha paludismo), etc…..Gostei da tua sugestao. E’ disse tipo de comportamento e sugestao que o pais precisa. Obrigado, mano

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