Sociedade

Escola Piloto São-tomense no Gabão fechou as portas por falta de apoio financeiro do Governo

Após 12 anos de existência a escola são-tomense no Gabão, com mais de 176 alunos fechou as portas. Falta de financiamento da parte são-tomense, está segundo, Gonçalo Monteiro Director da Escola, na origem da paralisação. O Ministro da Educação disse ao Téla Nón que o assunto vai ser analisado na reunião do conselho de ministros desta sexta – feira.

A Escola Piloto Santomense de Libreville-Gabão, é um projecto educativo que já tem 12 anos. Uma iniciativa da comunidade são-tomense radicada no Gabão, mais concretamente na capital Libreville, que teve o apoio dos sucessivos governos são-tomenses, a partir do ano 2006.

Em entrevista o Téla Nón a partir do Gabão, Gonçalo Monteiro, Director das 3 escolas são-tomenses em Libreville, explicou que os 3 estabelecimentos de ensino funcionavam com a colaboração do Governo são-tomense em termos de apoio técnico, material e financeiro.

A ajuda financeira do Estado são-tomense avaliada em 450 milhões de dobras por ano, o mesmo que 18.367 mil euros, permitia pagar algumas despesas como a renda dos 3 edifícios onde funcionam as escolas. «Terminado o ano lectivo 2012-2013 desde o mês de Junho à  Julho, que os compromissos não foram honrados  junto de alguns parceiros em termos de aluguer dos 3 espaços, nomeadamente em Libreville, Pediatrie e Vinda Barrat e outras despesas, aguardando a participação do Estado e do Governo são-tomenses», declarou o professor Gonçalo Monteiro, na entrevista dada ao Téla Nón.

O Governo são-tomense não enviou os 450 milhões de dobras, o ano lectivo nas 3 escolas não arrancou, e o Director da escola está sob forte pressão dos proprietários dos edifícios alugados. « Na qualidade de director-fundador do referido projecto tenho sido alvo de ameaças graves e de insultos por parte dos proprietários das escolas alugadas. Triste situação!», reclamou Gonçalo Monteiro.

Mais de 176 crianças são-tomenses que vivem no Gabão estão excluídas do sistema de ensino. « Venho pedir a intervenção urgente das autoridades santomenses, para que uma solução seja encontrada e que as crianças santomenses do Gabão, retomem o caminho da escola como todas outras crianças, como tem vindo a acontecer de 2001 a esta parte, graças a nossa iniciativa, esforços e determinação», desbafou o diretor da escola piloto são-tomense no Gabão.

O director da escola disse que está proibido de entrar no seu gabinete, enquanto não for regularizado o problema de arrendamento.   Segundo Gonçalo Monteiro, a sua integridade física está em causa. « A pressao é tão grande, levando-me a afugentar mesmo da minha casa e o início do ano lectivo 2013-2014, continua adiado enquanto perdurar esta triste situação», reforçou.

O Téla nón confrontou o ministro da educação e cultura Jorge Bom Jesus com esta situação alarmanete que vive a escola de São Tomé e Príncipe no Gabão. «Estou ao corente da situação, e agendei este assunto para a reunião do Conselho de Ministros desta sexta – feira. Vamos ter que tomar uma decisão urgente, para garantir o arranque do ano lectivo na escola piloto no Gabão», assegurou o Ministro da Educação e Cultura.

Jorge Bom Jesus  reconheceu que o governo não enviou os 450 milhões de dobras, que suportam o funcionamento da escola piloto de São Tomé e Príncipe no Gabão. Pode ser que o conselho de ministro de hoje, dê luz verde para que a verba equivalente a 18.367 mil euros, chegue a tempo para que as crianças que frequentam a escola são-tomense da primeira à sexta classes, possam inciar o novo ano lectivo.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Disciplinador

    4 de Outubro de 2013 at 13:30

    Jorge Bom Jesus esta a dormir!

  2. nós

    4 de Outubro de 2013 at 15:49

    Meus caros.
    A situação é deveras preocupante. É inquestionável o valioso contributo que ess escola tem dado aos filhos dos nossos imigrantes, pois sem ela a nossa pobre comunidade em Libreville estaria relagada a produzir cidadãos iletrados como acontecia antes do incício desta valiosa ideia do Professor Gonsalo Monteiro. Gostaria aproveitar a ocasião para alertar as autoridades do MEC para evitarem de estarem a fazer transferencias para este senhor, porque segundo informações colhidas na comunidade, quando se trata de dinheiro deve se ter um pouco de prudencia com o senhor. Por isso, acho que o MEC deveria enviar para livreville um inspector para junto as instituições confirmar se ele realmente saudou as dividas anteriores com as transferencias do ano passado e que doravente as rendas para a escola sejam pagar directamete pelo inspector envido ou pela embaixada mediante o envio da transferencia e contra o respectivo recibo.
    Bem haja a todos

  3. silvestre

    4 de Outubro de 2013 at 15:57

    Jorge bom jesus está mesmo arrogante e se tornou arrogante nesta sua 2ª vez como Ministro da Educação. pensava que experiencia o tornava mais dialogante, etc, etc. O governo tem que decidir se a dita escola é ou não importante para nossos compatriotas no Gabão. Suas despesas não devem ser inscritas como se projeto se trata-se. É mais fácil falar com o PAPA do que o Ministro da Educação,e este não apreendeu que dar volta as pessoas, não auscultar, dialogar á nefasto para um dirigente de um Pais pequeno, pobre e que todos nos conhecemos. Gonçalo, foi bom parar eles que busquem solucionar o problema. Ministro lateiro.

  4. maka

    4 de Outubro de 2013 at 17:35

    ]e o que diz n]os verdade.
    os professores reclamam muito.

    seriam bom a vinda de um inspector. o MEC da dinheiro e nao inspecciona/audita.

    tem-se q ter a certeza do que foi feito com o dinheiro.

    na verdade o projecto escola piloto ]e muito importante para os filhos de emigrantes santomenses, sobretudo num pais onde o sistema so beneficia filhos de mae e pai gabones.

    isso tem levado a outro problema, que igualmente ouvi, ha um bom numero de criancas santomeneses com 2 nomes, tudo para conseguirem algum beneficio.

  5. luisó

    4 de Outubro de 2013 at 20:47

    Bom,
    se o Estado não tem dinheiro então a escola deve fechar.
    Estes meninos com certeza podem ir noutra escola ou não há mais escola pública no Gabão?
    Com tanta escola em São Tomé a precisar de tanta coisa e não havendo dinheiro então qual é a dúvida?
    Ponham as crianças no ensino oficial e contratem professores de português para leccionar nessas escolas para aprenderem ou para não esquecerem a língua materna.

  6. Vane

    7 de Outubro de 2013 at 1:41

    Uma grande vergonha! esperava que a notícia fosse “A escola de pilotos é sucesso e terá sua sede em STP”…é lamentável, mais uma prova q as autoridades estäo pouco aí para a educaçäo e capacitaçäo do povo santomense! Jovens santomenses acordem, pois a esperança está em vcs!

  7. kwatela

    8 de Outubro de 2013 at 21:11

    deixem o estado de lado
    aonde está a sociedade civil santomense?
    busquem apoios de parceiros privados da CPLP.
    mas não parem por causa de uns míseros 18mil euros.
    batam a porta aqui e acolá. se cada um de nós fizer a sua parte deixaremos de ser pedintes do estado e passaremos a parceiros do mesmo estado. se tiverem alguma conta bancaria em Gabão publiquem o numero da conta e cada cidadão consciente contribuirá . VIVA STP
    ao tela non eu solicito que liderem esta iniciativa de ajuda as nossas escolas em Libreville.

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