Sociedade

Greve na educação continua sem fim a vista

Gastão Ferreira líder sindical, disse ao Téla Nón, que a ronda negocial de segunda – feira com o Director Administrativo e Financeiro do Ministério da Educação e Cultura não surtiu efeito. Há 4 dias que os professores e educadores fecharam as escolas numa greve para exigir aumento salarial.

Segundo Gastão Ferreira o sindicato, aceitou a contraproposta de aumento proposto pelo governo na ordem dos 10%.  O SIMPRESTEP abriu assim as mãos dos 25% que exigia. No entanto as duas partes não conseguiram entendimento sobre a forma de aplicação do aumento.

O líder sindical disse ao Téla Nón, que o Governo não concorda com a modalidade de pagamento do aumento do salário de base, ou seja, os 10% de aumento devem reflectir apenas no subsídio de docência, segundo o Governo. «Queremos que seja sobre o salário de base, e não como subsídio de docência, porque o subsídio de docência não é vinculativo, não é uma garantia duradoura», afirmou Gastão Ferreira.

As negociações de segunda feira com a direcção administrativa e financeira do Ministério da Educação e Cultura abortaram neste ponto. Governo não aceita que o aumento se reflicta no salário de base dos cerca de 2000 professores, e o sindicato só admite tal aumento se for aplicado ao salário de base. «A negociação de segunda – feira foi por isso infrutífera», declarou o líder sindical, tendo manifestado total abertura do SIMPRESTEP para continuar a dialogar com o Governo.

O Governo considera que os compromissos assumidos com o banco mundial e o FMI, não permitem alterar o salário de base porque pode violar os limites fixados para a massa salarial em 2013. O Sindicato dos Professores e Educadores de São Tomé e Príncipe, sustenta a sua posição, com base no entendimento alcançado no ano passado com o anterior governo, que permitiu disponibilizar 7% da massa salarial prevista para 2013,  a favor dos sectores da Educação, Saúde e Defesa.

Gastão Ferreira, explicou que os sectores da Saúde e da Defesa e Ordem Interna, foram beneficiados com aumentos do salário de base de acordo ao compromisso assumido no ano 2012, e  a educação ficou sem receber a fasquia do bolo. «As forças armadas já têm, o sector da saúde tem um acordo, e para nós é que não há», reclamou.

O líder sindical reconheceu que os professores e educadores representam mais de dobro do pessoal da saúde. Mesmo assim considera que a reivindicação é justa.

Cerca de 2000 professores e educadores, paralisaram as suas actividades há 4 dias, exigindo o aumento do salário de base. Propuseram uma subida de 35%, que foi rejeitada pelo Governo, baixaram para 25%, mas não teve aval das finanças públicas.

O Governo diz que só pode aumentar em 10%, e sobre o subsídio de docência, não como salário de base.

A greve continua.

Abel Veiga

21 Comments

21 Comments

  1. CEITA

    8 de Outubro de 2013 at 11:07

    retira-se dos 55 deputados e parte que deram pra comprar arroz nos Camarões,Ministros,os que trabalham na autoridade conjunta não sabemos de concreto o que andam a fazer na Nigéria, tenta fazer esse jogo vai dar certo, algumas viagens sem fins benéfico para o país…sabe-se que despesas corrente sem produção é impossível, apertar de cinto tem que começar de políticos desonesto.

  2. emigrado

    8 de Outubro de 2013 at 11:27

    Sejamos razoáveis, minha gente.
    O salario de base é o mesmo para toda a administração pública. Não pode haver salaries de base diferentes, para setores diferentes. A diferença só pode estar nos tais subsídios. Os alunos do povo trabalhador é que estão a ser penalizado.

  3. Mixídají

    8 de Outubro de 2013 at 11:29

    O Gastão Ferreira é ADIsta! Ele andava a pegar dinheiro na mão do Patrice. Durante dois anos não fizeram a greve e agora estão a fazer campanha em prejuízo das crianças quando sabem que o País não tem dinheiro.

    • homem honesto

      8 de Outubro de 2013 at 15:08

      Sr.(a) Mixídají o que falta o XV Governo é
      inteligência, saber falar e negociar.
      O Governo sabe da miséria do salário dos professores, porquê que não concordam com os 10% sobre o salário base.
      Refugiando no FMI e a inflação é cobardia.
      Se fosse os militares a exigirem esse aumento viçês já daríam.
      O Governo deve fazer coisa para ter razão.

    • Sensa

      8 de Outubro de 2013 at 21:17

      homem honesto, não tou cá pra te contrariar, mas uma coisa é certa e é bom esclarecer
      se sabes bem os cálculos, vou te dizer que o problema dos professores não é tão fácil assim,
      se aumentas o salário de base dos professores, isso aumentaria o subsidio, porque são proporcionais, a única forma é manter fixada o subsidio em um valor… outro
      não vais comparar o numero de professores com os militares, porque não há como, há uma diferença imensa.
      Outra, se o Ministério tem problemas em pagar o salário, ainda vai aumentar em 35%, acho que é tolice demais para não entender certas coisas.
      E eu aconselho que aceitassem uma metade agora e a outra depois, sabendo conversar.
      É verdade que muitos dos professores não possuem uma vida digna, e acho que merecem ver principalmente o estatuto a vigorar, e lutar sempre para a melhoria, porque só com o estatuto já se tem boas vantagens.
      Bem haja STP

  4. Malebobo

    8 de Outubro de 2013 at 11:39

    concordo, plenamente com a decisão de SIMPRESTEP, qualquer aumento salarial, tinha que incidir, sempre no salário base

  5. Disciplinador

    8 de Outubro de 2013 at 12:09

    Esta situação é de uma grande complexidade. Espero que cheguem definitivamente a um acordo. Os alunos precisam de ter aulas.

  6. verdade amarga

    8 de Outubro de 2013 at 12:25

    No meu ponto de vista concordo que seja pago os professores as suas exigências porque são eles que dão formações de base as pessoas que hoje temos a nível dos formados que temos no nosso país, as vezes os formados nem valorizam os professores que lhes deram este nível a onde atingiram por isso sou de opinião que valorize-os

  7. ze miranda

    8 de Outubro de 2013 at 12:31

    Ou vai ou racha, haver vamos

    • C.F

      8 de Outubro de 2013 at 14:45

      Estes professores só estam interessados no seu salário. Como pai estou muito chateado com esta porcaria. Um bando de interesseiros, ladrões e incompetentes. Eu gostaria de ver professores reinvindicado melhores condições de salário, salas de aulas, material didático, formação para aprenderem mais e transformarem-se em melhores professores e seres humanos. Não! Só estão interessados em dinheiro e preferem continuar como incompetentes e burros que transmitem burrice aos alunos em vez de conhecimentos. Isto é muito triste. Estou revoltado como pai com este bando de larápios. Ainda por cima pedem um aumento de salário de 25% por cento num país que vive de ajuda internacional. Isto não é razoável nem compreensível. Eu se estivesse no governo não dava um tostão de aumento a esta gente. Isto é um abuso. A não ser que exista interesses políticos com esta greve. Onde já se viu um aumento de 25% de salário num país nas condições que o nosso se encontra. Bandidos! Só querem prejudicar os nossos filhos. Estou muito chateado com tudo isto. Se eu souber mais tarde que esta greve tem motivações políticas eu sei muito bem o que vou fazer. O ADI se estiver por detrás desta greve eles podem vir pedir meu voto que eu sei o que lhes direi. Bandidos! Estão a viver bem e sacrificar os filhos dos pobres. Há necessidade para estarem a pedir um aumento de 25% deixando as crianças sem aulas? Uma falta de respeito. Deus vai vos castigar por isto.

    • arroz podre

      8 de Outubro de 2013 at 15:17

      Senhor C.F já tens o teu tacho, a barriga está cheia e estás a gozar com os professores.
      Tens condições para colocar os teus filhos na escola privada e marimbando para os outros.
      Toma cuidado com a língua.
      Todos os directores das escolas são vossos, falam com eles para ver se o ADI está por detrás.
      Foram enganados e agora estão fartos. Quando não se tem condições não assaltam o poder.
      Cúâ scâ bí

    • Mário

      9 de Outubro de 2013 at 7:33

      E também como pai estou muito chateado com esta brincadeira toda. Os professores estão a brincar com fogo e vão queimar. Porquê pedirem um aumento desta natureza? Querem provocar instabilidade nas escolas? Se quizessem verdadeira paz e estabilidade pediriam um aumento muito menor de acordo com a realidade do país. Querem mas é prejudicar filhos dos pobres. O senhor fala assim porque o senhor é rico e tem condições de meter o seu filho nAa escola portuguesa e ainda goza com os outros que não têm esta oportunidade.
      Eu não acredito que o ADI esteja por detrás disto. Senão… Eu nem digo o que farei…

    • PARABENS

      8 de Outubro de 2013 at 21:07

      C.F é do MLSTP ou de PCD? Porque acha que tudo é politica? O Sr. fez o mesmo quando estava na oposisao? Porque é que so em STP é que não se pode reveindicar? A ditadura é melhor?
      Convenhamos C.F

  8. Educabruto

    8 de Outubro de 2013 at 13:23

    Professores precisam ser respeitados seja ele de Primária(os desprezíveis)e ou da secundária.

  9. Védé ça Libô

    8 de Outubro de 2013 at 15:42

    O governo está a caminho de ser advertido com o 2º cartão amarelo! Não tem sabido negociar! Muita arrogância! Professores não fazem parte duma classe qualquer!!!

    • Pereira

      9 de Outubro de 2013 at 7:35

      Estas pessoas são professores? Desde quando? Um professor responsável faz isto aos filhos dos pobres? São bandidos e passam a vida a enganar filhas de cada um. Quando acontecer comigo eu mato-vos. Podem crer.

    • C.C

      9 de Outubro de 2013 at 8:33

      Estes professores são maldosos. Como são filhos dos pobres que frequentam a escola pública eles estão a castigar-nos com greves e mais greves pedindo aumento de 35%. Vocês podem fazer. O mundo é vosso e vocês têm poder. Eu sei que a minha filha vai ser muito prejudicada com esta greve. Mas vocês hão-de pagar por aquilo que estão a fazer. Se não houvesse má-fé vocês não fariam isto. Para quê estarem a exigir 35% de aumento de salário para um país que não tem condições para pagar esta quantia aos trabalhadores? Deus é grande e poderoso. Se eu tiver forças e saúde a minha filha vai triunfar independentemente da vossa vontade.
      Malditos!!!!

  10. Mn

    9 de Outubro de 2013 at 5:13

    … greve dos professores, é justa… Mas chegará o tempo em q os alunos farão greve pela incompetência dos professores. Os professores deveriam investigar mais… Há muitos que vão as salas expor a sua completa ignorância com arrogância… GREVE SIM! MAS QUEREMOS PROFESSORES COMPETENTES!

  11. matutui

    9 de Outubro de 2013 at 9:48

    País de loucos e tolos!
    A greve não é solução. O aumento salarial não é resolução.
    Também fui professor! Nos primeiros anos ganhava 4000 dobras. Depois fizemos greve e passei a ganhar 7000. Depois com greves e mais greves aquilo foi crescendo até hoje os professores já falam em milhões. Mas eu pergunto, para que servem esses milhões se as condições de vida dos mesmos continuam cada vez mais difíceis?
    Outra coisa! Não pensam que se aumentarem os professores outros sectores irão reivindicar. Os professores fazem parte da função pública. Qualquer aumento feito aos mesmos teria que afectar toda a função pública! E sabiam se houver aumento os primeiros a ser contemplados serão os de cima? É o Ministros, são os directores, os chefes de serviço, outros e outros. O pobre e triste professor permanecerá sempre no fundo da tabela!
    Podem achar de ridículo mas não sejamos hipócritas!
    Essas querelas não nos vai levar a lugar nenhum!
    Nós temos milhares de economistas, engenheiros, juristas e doutores de raios que o parta e está na hora de pensarmos num São Tomé e Príncipe melhor. Num São Tomé e Príncipe real, produtivo, equilibrado, onde o salário mínimo dê pelo menos para pagar pão, água e luz! Um país onde o salário mínimo nacional não dê para cobrir nem se quer a factura da EMAE, esse estado é um estado falhado!
    Consequências do aumento salarial aos professores na ordem de 25%:
    a) Aumento áspero de preço dos produtos nacionais no mercado e dos transportes.
    b) Aumento de Inflação
    c) Agravamento da situação de vida
    d) Greves e mais greves
    e) Caos, caos e caos.
    Solução- Repensar Tomé e Príncipe criando uma estratégia de desenvolvimento nacional resumido na nossa insígnia.
    Unidade na produção, disciplina, Justiça na divisão e seriedade no trabalho.
    A criação do STJ já é um caminho. Mas “ ninguém está acima da lei” deve prevalecer. A Justiça deve ser igual para todos independentemente da sua condição económica, política ou social. Magistrados corruptos devem trocar a breca por trás das grades. Isso servirá de exemplo para todos. E todos os nossos valores perdidos serão recuperados e com algum acréscimo.
    CMC

  12. água viva

    9 de Outubro de 2013 at 10:08

    aproveiro este espaço para deixar a minha modesta ideia.

    1º congratulo-me com a greve dos professores, mas o aumento de 10% sob salario de base, hummmm,….. ?????
    * vejamos: no estatuto da carreira docente (ECD)contempla que os profes vão pra reforma com o seu salário de base, certo? si o governo aumenter o salario dos prefes agora (2013) em 10% e si “talves” o Governo tencionar fazer um ajuste de salario em 2014, 21015…., na função Pública, os profes serão novamente benefiados, certos? com qt irão pra reforma, há muitos profes com idade de reforma em breve! certo?

    2º a implementação da carreira docente exige formação pedagógica, certo?, sei que “65%” dos profes não são formados. E como serão igressados na carreira docente? sem formação adequada?

    3ª Retrocedendo um pouco o tempo, em 2011 o XIV governo propos ao sindicato o aumento de horas extras, de 60.000 para 100.000, e o sindicato subiu a parada, certo? no ano lectivo 2012/ 2013, o XIV governo reduziu o nº. de profes extras, certo? e o sindicato nada pronunciou.
    MAS AGORA, COM A IMPLEMENTAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE NÃO QUEREM AUMENTO DO SUBSIDIO DE DOCENCIA, hummmmm, força e sucesso …..

  13. Reiza Silva

    9 de Outubro de 2013 at 10:18

    E normal os Professores reivindicarem um aumento salarial, é normal os Professores efetuarem greves nas escolas a Lei mãe assim permite mas chegou a hora de dizer basta meus senhores, uma paralisação desta natureza é muito grave, educação é coisa seria é a base do desenvolvimento de qualquer nação não podemos prejudicar os nossos alunos desta maneira, até quando vamos continuar assistir está novela? Sejamos consciente um Pais em que o orçamento geral depende 90% de ajudas externas não pode haver um aumento salarial de 25%,reivindiquem sim mas de acordo com a realidade do País. Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis mas existe diálogo e está palavra não está só no dicionário também está na mente e na boca dos Homens, e se a greve em causa tiver a sua derivação nas questões partidárias? Meus senhores está na altura de refletimos na mudança do lema: Unidade, Disciplina e Trabalho este já não é compatível com a nossa realidade. Aguardo com ansiedade o fim desta novela que só tem prejudicado a minha televisão. Um bem haja a todos os Santomenses.

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