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Ébola faz mais de 3,7 mil crianças órfãs na África Ocidental, diz Unicef

Agência da ONU afirma que algumas crianças na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa estão sendo rejeitadas por parentes; muitos têm medo de contaminação.

Centro de tratamento em Serra Leoa. Foto: Unicef/Jo Dunlop

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou que pelo menos 3,7 mil crianças perderam um dos pais ou ambos desde o início do surto de ebola na África Ocidental.

Segundo o diretor regional da agência da ONU, Manuel Fontaine, “milhares de crianças precisam urgentemente de apoio e atenção especial, mas muitas delas estão se sentindo rejeitadas ou abandonadas”.

Laços de Família

Fontaine disse que “cada vez mais crianças estão sendo deixadas em casa sozinhas por causa de um caso da doença”.

Ele afirmou que “os órfãos na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa geralmente são adotados por membros da família, mas em algumas comunidades, o medo do ebola superou os laços de parentesco”.

A doença já matou mais de 3 mil pessoas na região; mais de 6,5 mil casos de contaminação já foram registrados desde o início do ano.

Como as taxas de morte continuam subindo, dados preliminares dos três países mais atingidos indicam que o número de órfãos pode dobrar até meados de outubro.

Treinamento

O Unicef está ajudando os governos da região com o treinamento de assistentes sociais e psicólogos para dar apoio às crianças que perderam os pais.

Segundo Fontaine, “o ebola está transformando uma simples reação humana básica, como por exemplo cuidar de uma criança doente, numa possibilidade de morte” por causa do risco de infecção.

Ele explicou que a maioria das crianças doentes com ebola não recebe tratamento adequado.

Doações

O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, informou que até agora recebeu apenas 25% do apelo feito de quase US$ 1 bilhão para combater o surto, o equivalente a mais de R$ 2,3 bilhões.

PARCERIA / Téla Nón – Rádio das Nações Unidas

 

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